Com certeza seu técnico estará com ar frustrado e indignado.
E você apesar de todo esforço foi vítima de uma péssima chegada.
No mar, na piscina ou na represa, não importa onde esteja a chegada é muito importante, com apenas um erro você perderá todo seu trabalho desenvolvido.
Quem esquece Poliana Okimoto na chegada dos 5km no Pan Americano do Rio?
Ficou com prata na batida da mão, isso nas águas abertas.
ERROS MAIS COMUNS DE UMA PÉSSIMA CHEGADA
A DIFERENÇA DAS CHEGADAS APERTADAS EM ROMA 2009
Analisando o último Mundial de Roma, um total de 16 provas entre individuais e de revezamento foram decididas com menos de três décimos de diferença entre o primeiro e o segundo colocado.
O famoso final de prova entre Phelps e Cavic em Beijing 2008 |
Feitos registrados pela incapacidade de fechar bem a prova resultando em derrotas inesperadas.
Na final, ele utilizou a mesma tática das suas provas anteriores, passou forte na frente quase um segundo a frente de Phelps que passou em sétimo lugar mas atacou violentamente no final.
Experts dizem que Cavic não teria pressionado com força a placa da chegada permitindo a Phelps com um final melhor levar a medalha de ouro.
O russo vinha disputando entre o segundo e o terceiro lugar e, sendo o então recordista mundial, se esperava muito mais dele afinal o recorde havia sido batido há poucos meses antes das Olimpíadas.
Popov não fez uma boa prova, nem uma boa competição mas a sua chegada nos 50 livre foi ainda pior.
Ele fez uma pernada de borboleta no final e levantou a cabeça para chegar.
Um movimento totalmente diferente do que fazia antes e que acabou lhe colocando em sexto lugar.
3) César Cielo 100 livre no Mundial de Melbourne 2007
Mesmo estreando, Cielo foi para cima dos maiores velocistas do mundo disposto a conseguir alguma coisa.
Na prova dos 100 livre, Cielo saiu forte na frente de todo mundo e liderou a prova em grande parte dela.
Os últimos metros de seus 100 livre, entretanto, foram dolorosos de se assistir.
Não só pelo cansaço, a perda da técnica mas acima de tudo a chegada desesperada, não preparada e que lhe custou um lugar no pódium.
Cielo com uma chegada melhor poderia ter levado pelo menos uma prata e com certeza um bronze.
Seu plano deu errado com uma chegada muito mal feita e que acabou propiciando uma vitória histórica para Anthony Nesty do Suriname, a primeira medalha de ouro da natação negra em Olimpíadas. Nesty venceu com 53:00 contra 53:01.
Biondi estava na frente e chegou de forma displicente.
A polonesa Jedrejzack, então campeã olímpica e mundial, nadou quase toda a prova atrás da australiana.
Mesmo avançando no final, Otylia sentia a força da australiana.
Desesperada e na busca da vitória a nadadora polonesa jogou um braço na parede chegando com uma mão, coisa que foi muito bem vista na imagem da TV mas passou despercebida pela arbitragem.
Otylia Jedrejzack nunca reconheceu que chegou com uma só mão.
Alain Bernard não só fracassou na técnica e estratégia da prova mas uma chegada infantil e chegou até a olhar para Jason Lezak antes de bater na parede.
Além de errar a chegada, Bernard ainda deu uma olhadinha submersa coisa jamais vista em competições deste nível e para um nadador de seu quilate.
Os americanos venceram com oito centésimos de vantagem e Lezak fez o melhor parcial da história dos 100 livre em revezamentos.
Passou atrás e atacou na hora certa.
Até os primeiros 100 metros estava na quarta posição e só avançou para segundo na altura dos 150 metros.
Ele caminhava para a vitória e não se deu conta do ataque do húngaro Daniel Gyurta. Este, passou a prova toda em oitavo e virou os 150 metros em sexto lugar.
Mas o tal final do Gyurta foi desprezado pelo Shanteau bobeando na chegada acabou perdendo o título mundial por um centésimo: 2:07:64 X 2:07:65.
Hábitos durante o treino que prejudicam chegada:
1) Chegada incorreta nas séries. Atletas têm de parar antes da borda pela grande quantidade de nadadores que se acumula na chegada.
2) Chegada incorreta nas séries por atletas que querem escutar o tempo dado pelo técnico e acabam levantando a cabeça antes de tocar a parede.
3) Chegada incorreta nas séries por atletas que querem visualizar o tempo no relógio ao invés de se concentrarem numa chegada perfeita.
4)Chegada incorreta de nados diferentes ( ex: virada olímpica no nado peito, bater com apenas uma das mãos no borboleta)
A diferença entre vencer e perder muitas vezes está em um pequeno detalhe.
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