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sábado, 17 de abril de 2010

Natação X Treinamento Infantil

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Estudos recentes têm evidenciado que a sofisticação dos treinamentos esportivos possibilita a obtenção de altos níveis de resultados e exige dos atletas, cada vez mais, determinação, tempo e esforços, que podem contribuir para a ocorrência de estresse físico e mental.

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O estresse, entendido como resposta inespecífica do organismo a diferentes agentes estressores (HANS SELYE apud GONÇALVES, 1998), pode gerar respostas psicofisiológicas adaptativas ou não.
Como exemplo destas respostas não adaptativas, podemos citar o “Burnout”1 , que é um dos fatores que interfere no processo de treinamento.
As respostas do organismo ao estresse provocado pelo treinamento esportivo são individualizadas e dependem de como o indivíduo interpreta o agente agressor.

Tal interpretação definirá se o treinamento esportivo é percebido como ameaçador ou revelará ao sujeito estratégias para lidar com o mesmo
(RIBEIRO, 1993).
Estudos mencionados por GONÇALVES (1998) indicam que crianças e adolescentes estressados apresentam sintomas tão graves ou mais que os adultos, por encontrarem-se em plena formação de suas personalidades,
o que os torna mais vulneráveis aos agentes agressores. Tornam-se ansiosos, desanimados, introvertidos, agressivos e deprimidos, além de apresentarem respostas fisiológicas, como perda de peso, falta de energia, diminuição do glicogênio muscular e da potência aeróbia máxima.

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Na pesquisa realizada por DE ROSE Jr. (1997) com 546 sujeitos (406 crianças e jovens na faixa etária de 7 a 16 anos, 171 pais e 68 técnicos), foram identificados 111 diferentes sintomas de estresse précompetitivo, tanto de ordem física quanto mental, em atletas infanto-juvenis de diferentes modalidades esportivas.

Tais sintomas provocam, com freqüência, o fenômeno do Burnout e o abandono precoce do esporte por jovens atletas.
Estudos desenvolvidos em psicofisiologia revelam uma consistente relação entre os níveis de estresse e as alterações nas respostas fisiológicas durante o treinamento, tais como:
  • o aumento das freqüências cardíaca
  • e respiratória,
  • da taxa de hormônios sangüíneos
  • e da concentração do lactato sangüíneo (BARA FILHO, 1999; TOLEDO, 2000).
Esta última merece mais atenção de nossa parte e será o objeto deste estudo, devido aos possíveis prejuízos causados no desenvolvimento global das crianças, como distúrbios do crescimento, da atenção e labilidade emocional, em especial a agressividade,
em virtude da criança possuir uma menor capacidade de obtenção de energia anaeróbia láctica em relação ao adulto (WEINECK, 1991).

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A deficiência na produção de energia em esforços máximos pelo sistema anaeróbio láctico da criança, se dá, entre outros fatores, pela baixa produção no organismo infantil da enzima fosforofrutokinase, que é responsável pela depleção do glicogênio por via anaeróbia, o que leva, após um esforço intenso, a uma pequena produção de lactato (HOLLMANN & HETTINGER, 1989).
Porém, a baixa concentração de lactato sangüíneo no organismo infantil, segundo WEINECK (1991), não deve levar à conclusão de que as crianças são aptas para cargas anaeróbias, pois valores médios de 10 mmol já representam, em relação às suas massas corpóreas, uma carga tão alta quanto representam valores de 20 mmol para os adultos (valores encontrados em treinamentos de tolerância ao lactato).

Quando as crianças são submetidas a cargas de treinamento e competições exaustivas podem apresentar valores bem próximos aos encontrados em adultos, o que é prejudicial.
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Estudos realizados por WILLIAM et al (1990) com jovens de 13 anos, demonstraram que valores de 2,5 mmol/l e 4 mmol/l de concentração de lactato sangüíneo referem-se a uma média de 84% e 93% do VO2 max., respectivamente.

Diferentemente do que ocorre em adultos, o valor referente a 93% do VO2 max exprime características de esforço anaeróbio glicolítico por parte do organismo infantil, pois esses valores de lactato representam para adultos somente trabalhos aeróbios de baixa a média intensidade
(ZAKHAROV, 1992).

O desconhecimento de que a produção de lactato em torno de 4 mmol/l pela Saturação Física e Psicológica provocada por estresse de treinamento administrados acima da capacidade individual do atleta.
Segundo SILVA & RIBEIRO criança corresponde a 93% do VO2 max, acaba levando o treinador ao equívoco de intensificar a carga do treinamento.

O aumento do lactato no organismo infantil, provocado por exigências máximas em treinamentos ou competições, eleva, segundo pesquisas de LEHMANN et al apud BARA (1999), em mais de 10 vezes as taxas de catecolaminas (Adrenalina e
Noradrenalina), hormônios típicos do estresse, que já nessa idade podem levar o atleta a limites máximos de exigências psicofísicas.
Levando em consideração que a baixa capacidade anaeróbia de jovens atletas representa, segundo HOLLMANN (1989), uma forma de proteção do organismo
infantil contra a superacidez e o catabolismo muito alto dos limitados depósitos de glicogênio, poupando-os para órgãos que dependem de glicose, como o cérebro, acredita-se que treinamentos excessivos com características anaeróbias não correspondem à realidade específica dessa faixa etária.
A partir desses pressupostos teóricos acredita se que, em resposta às cargas de treinamento excessivas, o organismo infantil tende a sofrer adaptações negativas que levam a distúrbios do gênero falta de recuperação, queda da performance e labilidade emocional.
Segundo SMITH (1986), a saturação física e mental (“Burnout”), como resposta ao estresse crônico, acabam por contribuir significativamente, e em última instância, para o “Dropout” - processo de abandono do treinamento e da prática de uma modalidade esportiva.
O “Burnout”, segundo SMITH (1986), ocorre com mais freqüência em esportes individuais, como a natação, por serem mais competitivos, de alta exigência
física e psicológica, pela natureza repetitiva e monótona dos treinamentos, além do menor suporte social dos companheiros de treinamento.

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A natação, por ser uma modalidade esportiva na qual as crianças são iniciadas muito cedo, e cujo processo de treinamento é intenso e estressante na busca do alto rendimento, vem sendo recordista em abandono precoce2 entre as diversas modalidades esportivas.
Na busca de aprofundamento no tema, e visando obter elucidações para os problemas acima citados, procuramos investigar na literatura atual possíveis respostas para tais inquietações.
Desta forma, objetivamos contribuir com o processo de treinamento das diversas modalidades esportivas, em especial
a natação, que trabalham com atletas infantis, cujos treinadores freqüentemente deparam-se com problemas de falta de adaptação ao treinamento.
METABOLISMO ANAERÓBIO E A RESPOSTA DO LACTATO SANGÜÍNEO AO EXERCÍCIO

Em função dos pesquisadores estarem altamente interessados no benefício da atividade aeróbia de longa duração para a saúde cardiovascular e pulmonar
e para a segurança no treinamento desportivo de alta intensidade, a atenção das pesquisas em Fisiologia do Exercício tem centrado seu olhar principalmente sobre a resistência aeróbia.
Utilizando-se tradicionalmente o percentual de VO2max. para estimar a capacidade de performance de resistência, a maioria dos programas de treinamento físico é desenvolvida com o intuito de aperfeiçoar tal capacidade.
Inúmeras pesquisas têm demonstrado que a resposta do lactato sangüíneo ao exercício parece estar muito mais relacionada ao resultado da performance de resistência do que ao VO2max, sendo, portanto, mais seguro na predição de programas de treinamento (WELTMAN, 1995).
Dentre as pesquisas citadas por WELTMAN, que respaldam a referida conclusão, destacamos as realizadas por COYLE et al, (1988; 1991), onde estudos com ciclistas com valores similares de VO2max. demonstraram :
1que os atletas com maior Limiar de Lactato (LL) atingiram a fadiga em tempos duas vezes mais longos e puderam trabalhar com percentagens muito mais altas de VO2max. antes de atingirem o LL.

2 Entende-se por precoce o abandono antes do atleta completar o seu estágio de maturidade física e psicológica, quando estaria em tese pronto para uma exigência máxima esportiva.

3 Aqui o LL é considerado o maior VO2 que pode ser alcançado durante exercícios máximos, antes de ser observado a elevação do Lactato Sangüíneo.

Corroborando estes resultados encontramos vários estudos que tem demonstrado um efeito superior da atividade física sobre as respostas do lactato sangüíneo e sobre as alterações musculares locais, quando comparados as alterações cardiovasculares e melhoria do VO2max. (ASTRAND, 1987), o que indica que estas adaptações dependem de mecanismos
diferenciados.
O lactato produzido durante um exercício é removido para o sangue para que seja levado a músculos inativos, ao fígado e ao coração para ser ressintetizado.
Por este motivo a concentração de lactato no sangue tem sido utilizada para determinar a sua produção durante o exercício.
Entretanto, devemos ter claro que a CLS não é unicamente resultado de sua produção no músculo, mas também o intestino, o fígado e a pele, parecem
ser capazes de liberar lactato, sendo a CLS considerada resultado do equilíbrio entre a adição no sangue do lactato produzido e sua remoção do sangue
para os órgãos que o ressintetizam (BROOKS, 1991; ROWLAND, 1996).
Com base nessas novas tendências, os treinadores de diversas modalidades esportivas, em especial a natação, passaram a utilizar a determinação do LL e a Concentração de Lactato Sangüíneo (CLS)4 para determinação da performance e do programa de treinamento de seus atletas, onde um valor de 4 mmol/l de lactato sangüíneo tem sido utilizado para determinar uma razoável aproximação da média de LA.
Quando o indivíduo é submetido a treinamentos de resistência, sabemos que o acúmulo de lactato sangüíneo diminui durante exercícios de mesma intensidade.
Apesar dos mecanismos básicos desta adaptação ainda não estarem completamente definidos, acredita-se que esta resposta do organismo ao treinamento deva-se a uma menor produção de lactato e/ou a uma melhora da eficiência na remoção e ressíntese do mesmo, devido a adaptação enzimática ao exercício, o que leva a uma menor utilização do glicogênio durante sua execução (WELTMAN, 1995).
Paralelamente, quando submetido a treinamentos intensivos o indivíduo desenvolve uma maior suportabilidade a níveis cada vez mais altos de lactato em exercícios máximos (FOX, 1983; McARDLE, 1986).
Corroborando com FOX (1983) e McARDLE (1986), WELTMAN (1995) cita vários estudos que relatam adaptações das respostas do lactato sangüíneo ao treinamento de resistência, onde todos os parâmetros, como o LL, IALS (Início do Acúmulo do Lactato), LAI (Limiar Anaeróbio Individual)5, sofrem modificações para um degrau muito maior em relação à fase pré-treinamento, inclusive para degraus sempre superiores ao ganho sofrido, em função do mesmo treinamento, pelo VO2 max.
Isto reforça ainda mais a tese de que a utilização das respostas do lactato sangüíneo ao exercício é mais adequada para avaliação da performance e prescrição do treinamento do que o VO2 max.

PRODUÇÃO DE LACTATO E TREINABILIDADE DO METABOLISMO ANAERÓBIO EM CRIANÇAS:
Aparentemente, se pouca atenção foi dada pelos estudiosos da área ao metabolismo anaeróbio, em relação à grande produção de conhecimento sobre da resistência aeróbia, pior torna-se a análise quando nos referimos às pesquisas sobre o desenvolvimento da resistência anaeróbia em crianças.
Talvez a escassez de estudos com crianças deva-se à dificuldade para
avaliar esta capacidade sem procedimentos invasivos, dada a inviabilidade de predizer a aptidão anaeróbia por meio da investigação do VO2 max.
No entanto, ao acompanhar uma criança na realização de suas tarefas diárias, é possível perceber que grande parte dos seus movimentos são de curta explosão, como saltos e curtas corridas, e sem que estas atividades intensas sejam mantidas por um longo período, capacidade que melhorará com o passar
dos anos.
Esta observação nos leva a questionar sobre o porque deste fenômeno.
Na busca de explicações, encontramos WEINECK (1991) que afirma que a criança possui uma menor capacidade para obtenção de energia anaeróbia que adulto, chegando próximo ao seu nível somente na puberdade.
Reforçando o pensamento de WEINECK, ROWLAND (1996) cita diversas pesquisas que contribuem para respondermos tal pergunta.
Grande parte de seus estudos apontam uma deficiência na capacidade e Nível de Lactato acumulado no sangue após um esforço físico.
O maior VO2 que pode ser mantido acima do tempo sem um crescimento contínuo no acúmulo do lactato, que é determinado pela capacidade individual.
SILVA & RIBEIRO
A capacidade de gerar energia anaeróbia durante os exercícios intensos por parte da criança. Entretanto, concluem que a capacidade anaeróbia aperfeiçoa-se, progressivamente, com o passar da idade. Dentre as pesquisas apontadas por ROWLAND, destacamos as realizadas por BAR-OR e FALGAIRETTE et al. (1986) que encontraram, em relação à capacidade anaeróbia, valores absolutos dobrados entre as idades de 8 e 14 anos e um aumento progressivo nas medidas relacionadas ao peso corporal e idade, respectivamente.
Corroborando com os estudos apontados por ROWLAND (1996), ASTRAND (1987) confirmou, através de estudo realizado já em 1952, um aumento constante com a idade nos valores máximos de lactato durante exercícios em bicicletas, sem diferenças significativas na CLS em meninas e meninos antes da puberdade.
Estes e outros estudos sugerem que a maturidade sexual possa influenciar na produção de lactato.
Caminhando neste sentido, PRADO (1999) vem apontando alguns estudos que aumentam a evidência entre a relação da produção hormonal que ocorre durante a puberdade e o desenvolvimento do metabolismo anaeróbio, sugerindo que somente a partir desta faixa etária é que o atleta estaria pronto para suportar tais exigências de treinamento.
Uma das grandes e significativas diferenças entre o metabolismo anaeróbio de crianças e adultos que reforçam a nossa preocupação com o problema ora apresentado, encontra-se no fato de que um valor de 4,0 mmol/l de lactato sangüíneo tem sido utilizado para determinar uma razoável aproximação da média de LA, sendo indicado para exercícios submáximos.
Entretanto, os níveis de lactato sangüíneo são mais baixos em crianças na mesma intensidade de exercícios.
Portanto, um valor de 4,0 mmol/l em crianças representa intensidades de trabalhos anaeróbios glicolíticos.

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Dados coletados por WILLIAMS, ARMSTRONG & KIRBY (1990) em um estudo desenvolvido com 103 jovens de 13 anos, demonstraram que concentrações
de lactato sangüíneo a níveis de 2,5 mmol/l e 4 mmol/l correspondem a uma média de 84% e 93% do VO2 max., respectivamente. Estes resultados são
bastante preocupantes quando analisados a luz do que aponta ZAKHAROV (1992), que nos indica que percentuais próximos e/ou superiores a 90% do VO2 max exprimem características de esforço anaeróbio glicolítico, diferente do que ocorre em adultos, pois, para estes, os valores de lactato em torno de 2 a 4 - mmol representam somente trabalhos aeróbios de baixa a média intensidade.
Em um estudo similar, TOLFREY & ARMSTRONG (1995) compararam crianças, adolescentes e adultos, quanto à relação entre o VO2 correspondente às concentrações de 2,5 e 4,0 mmol.l (-1), onde não foi encontrado diferença significativa entre os grupos para a concentração de 2,5 mmol.l (-1), que correspondeu a uma média de 85% do VO2max, para ambos os grupos.
Entretanto, para o valor de 4,0 mmol.l (-1) foi encontrado uma significativa diferença, o qual correspondeu, respectivamente para crianças, adolescentes e adultos, a 94, 92 e 87% do VO2mx.
Estes resultados reafirmam a influência da maturidade sexual na resposta do lactato ao exercício e a inadequação da utilização do valor de 4,0 mmol.l(-1) como parâmetro para o treinamento de jovens atletas.

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Essa incapacidade da criança em produzir energia por via anaeróbia láctica, segundo HOLLMANN & HETTINGER (1989), se dá, entre outros fatores, pela baixa produção da enzima Fosforofrutokinase durante a infância até a adolescência, ocorrendo um aumento gradativo com o avançar da idade, o que acarreta uma baixa produção de Lactato após um esforço intenso.
Paralelamente ao aumento progressivo nos níveis de lactato produzidos com a idade, o ph sangüíneo no exercício máximo também diminui enquanto as crianças crescem (ROWLAND, 1996).
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As mudanças relacionadas ao débito de O2 durante a recuperação de exercícios máximos e a velocidade do restabelecimento da força anaeróbia após os mesmos, que se elevam consideravelmente com a idade, são considerados um outro dado que evidencia ainda mais a limitação das crianças para a resistência anaeróbia. ROWLAND (1996) cita que o valor total de VO2 durante a recuperação de exercícios máximos é considerado um forte indicador de contribuição de energia anaeróbia.
Sintetizando, encontram-se os seguintes dados que reforçam evidências de que o organismo infantil não é capacitado para trabalhos anaeróbios glicolíticos, podendo-se citar que:
• nível de lactato sangüíneo em exercícios submáximos e máximos é menor em crianças do que em adultos e aumenta progressivamente com a idade, chegando próximo aos do adulto somente na puberdade, em virtude da maturidade sexual;
• a produção da enzima Fosforofrutokinase é menor em crianças do que em adultos; o início da manifestação anaeróbia expressa como percentagem de
VO2 max. é maior em crianças do que em adultos;
• o restabelecimento do débito de VO2 ou O2, aumenta com a idade e o ph sangüíneo é inicialmente muito mais alto em crianças do que em adultos, diminuindo seus valores com o passar da idade.
Apesar dos estudos referentes à treinabilidade desta capacidade em crianças serem em pequeno número e, por vezes, contraditórios, evidências tem sido apontadas no sentido de que todos os parâmetros aqui discutidos melhoram ao longo do tempo através de um treinamento sistematizado (PRADO, 1999).
Entretanto, WEINECK nos alerta que: A menor capacidade anaeróbia deve ser levada em consideração durante a execução de cargas de resistência na idade infantil e jovem: a escolha dos métodos e conteúdos de treinamento, assim como a dosagem da intensidade e duração das cargas de treinamento, devem ser adaptadas à realidade fisiológica da idade.

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Deste modo, o treinamento quando administrado em crianças e adolescentes, sem respeitar as características destas faixas etárias, pode tornar-se um fator desencadeador de um alto nível de estresse tanto físico quanto psicológico, provocando adaptações negativas tanto de ordem biológica quanto mental, levando a uma possível saturação (“Burnout”) por parte do atleta, podendo, em uma última análise, contribuir para o processo de abandono da modalidade (“Dropout”), fenômeno muito comum na natação.
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Apesar das transformações tecnológicas e sofisticações do treinamento esportivo, percebe-se que ainda existe muita controvérsia na literatura, no que diz respeito aos benefícios e malefícios do treinamento de rendimento administrado precocemente.
Ainda que exista uma grande necessidade de pesquisas na área, muitas evidências já foram apontadas, por estudos tanto em Fisiologia quanto em Psicologia, no sentido de que as crianças não estão preparadas, seja em função dos seus processos de crescimento e desenvolvimento ou de sua maturidade biológica e psicológica, para a assimilação positiva das altas cargas de treinamento, necessárias para se adquirir a performance esportiva.
Mesmo diante destas evidências, só tem crescido o número de crianças submetidas precocemente a processos sistematizados de treinamento em busca de vitórias e recordes nas mais variadas modalidades esportivas, principalmente na natação.
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Acredita-se que ao se submeter um sujeito a níveis máximos de treinamento, independente do nível e importância da competição, pode-se levar este jovem a acumular lactato sangüíneo acarretando no organismo disfunções psicofisiológicas.
Vale ressaltar que considera-se treinamento de alto nível toda e qualquer situação de competição e treinamento que possa levar o atleta a auto superação física e mental, e não necessariamente os que preparam exclusivamente para as competições de nível internacional.
Outros, com base no estudo realizado por GONÇALVES (1998) com alunos de primeiro grau, onde foi encontrada uma negativa, consistente e significativa correlação dos indicadores dos níveis de estresse com o rendimento escolar, suspeita-se que os altos níveis hormonais, bem como o acúmulo de lactado, considerados agentes agressores ao organismo infantil, podem contribuir para o aumento da agressividade, diminuição dos níveis de atenção e conseqüente redução dos níveis de rendimento do atleta.
Na tentativa de contribuir para solucionar o problema apontado neste breve ensaio, encontramos na psicofisiologia um caminho possível para analisar os efeitos negativos provocados por treinamentos intensivos, administrados a crianças.
Em especial, este trabalho refere-se ao controle da concentração e remoção do lactato sangüíneo.
Segundo RIBEIRO & BENDA (1995), a Psicofisiologia consiste na integração da Psicologia e da Fisiologia, viabilizando meios para a compreensão das respostas psicomotoras e desenvolvendo estudos que demostram uma consistente relação entre os níveis de estresse e as respostas fisiológicas provocadas pelo treinamento, como o aumento das freqüências cardíaca e respiratória, de hormônios sangüíneos liberados durante o estresse e da produção de lactato pelo músculo.
TOLEDO (2000) concluiu em seu estudo desenvolvido com atletas de Futsal da categoria juvenil (16-19 anos), que a Técnica de Relaxamento Progressivo de Jacobson provoca uma significativa redução no acúmulo de lactato em esforços subsequentes à aplicação da técnica, bem como contribui na redução de seus níveis após esforço.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASTRAND, P. O. & RODHAL, K. Tratado de Fisiologia do Exercício. 1987.
BARA FILHO, M. G. (1999). Efeitos Psicofisiológicos do Fenômeno do “Burnout” em nadadores. (Dissertação de Mestrado). Rio de Janeiro: PPGEF/UGF. BROOKS, G. A. Lactate Metabolism, Current Concepts.
Exercise Physiology Laboratory, Department of Human Biodynamics, University of California (mimeo), 1991. DE ROSE JR. D. Sintomas de Stress no Esporte Infanto-Juvenil. Revista Treinamento Desportivo, 3, 2, p.12-20, 1997.
FOX, E. L., MATHEWS, D. K. Bases Fisiológicas da Educação
Física e dos Desportos. Rio de Janeiro: Interamericana, 1983.
GONÇALVES, M. G. (1998). Estresse Infantil: um aspecto do rendimento escolar. (Tese de Livre Docência). Rio de Janeiro: PPGEF/UGF.
HOLLMANN, W. & HETTINGER, Th. Medicina de esporte.
São Paulo: Manole, 1989.
McARDLE, W. D., KATCH, F. I., KATCH, V. L. Fisiologia do
Exercício: energia, nutrição e desempenho humano.
Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.
PRADO, S. L. Fisiologia Aplicada ao Treinamento de Crianças:
capacidade anaeróbia. In: Novos Conceitos
em Treinamento Esportivo. Brasília: INDESP, 1999.
RIBEIRO, L., BENDA, R.
ROWLAND, T. W. Developmental Exercise Physiology
Human Kinetics Publishers. Champaign, IL, 1996.
SMITH, R. S. (1986). Toward a cognitive-affective model
of athletic burnout. Journal of Sport Psychology. 8,
36-50.
TOLEDO, H. G. Efeitos da Aplicação da Técnica de Relaxamento
Progressivo de Jacobson na Redução dos
Níveis de Lactato. Dissertação de Mestrado apresentada
ao PPGEF. Rio de Janeiro: UGF, 2000.
TOLFREY, K., ARMSTRONG, N. Child-adult differences in
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treadmill exercise. Br. J. Sports Med., Vol 29, No. 3,
pp. 196-199, 1995.
WEINECK, J. Biologia do esporte. São Paulo: Manole,
1991.
WELTMAN, A. The Blood Lactate to Exercise. Champaign
IL: Human Kinetics, 1995.
WILLIAMS, JR, ARMSTRONG, N., KIRBY, B.J. The 4 mM
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Sci, Vol 8, No. 2, pp. 139-47, 1990.
ZAKHAROV, A. Ciência do treinamento desportivo. 1ª.
ed. Rio de Janeiro: Grupo Palestra Sport, 1992.
dos à Execução do Movimento: proposição da teoria
do eixo de respostas psicifisiológicas.
Nádia Souza Lima da Silva
S. J. & COSTA, V. L. M. Cultura Atividade Física e Esporte. Rio de Janeiro: Gama Filho, 1995.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Natação em Águas Abertas é Òtima!!! Mas todo Cuidado é pouco...

O tenente-coronel do Exército, Sérgio Correia Portela, de 48 anos, morreu após sofrer um mal súbito durante a prova de maratona aquática Travessia dos Fortes, na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio.
De acordo com o Grupamento Marítimo do Corpo de Bombeiros (Copacabana), ele chegou a se afogar no mar, entre as boias 5 e 6, a 700 m de distância de chegada, no Leme.

Ele foi socorrido pelos salva-vidas, que o colocaram numa lancha de emergência e levaram para o posto médico.

Os médicos e bombeiros tentaram reanimá-lo durante 45 minutos, mas o militar não resistiu e teve uma parada cardiorrespiratória.

A organização da Travessia informou que o atleta apresentou todos os documentos necessários para participar da prova, tais como atestado médico com CRM, declaração do técnico com número do CREF e termo de responsabilidade assinado.

Segundo amigos do tenente-coronel, e

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le veio de Curitiba com a esposa e a filha para participar da travessia. A família estava hospedada em um hotel na orla de Copacabana.

O tenente-coronel da Arma de Infantaria era do Colégio Militar de Curitiba, estava aposentado e participava de competições de natações em todo o país, representando pelo Círculo Militar do Paraná.

Uma de suas últimas provas foi a 4.ª Volta a Ilha de Porto Belo 2010, realizada no dia 28 de fevereiro.Portela concluiu a travessia em oitavo lugar, entre os competidores de sua faixa etária (45 a 49 anos).Sem dúvida uma fatalidade.

Como qualquer atividade física é preciso haver acompanhamento médico, nosso corpo em várias fases da vida tem suas adaptações e necessidades, o fato de praticar esporte não torna um indivíduo um super herói de histórias em quadrinhos, mas sim um atleta.
Não importa se você nada 2 vezes por semana ou se tem treino todos dias, você é um atleta assuma isto e comece a se cuidar como tal.
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Os 12 Mandamentos Àguas Abertas
SEJA AUTO-SUFICIENTE
Você deve estar preparado para lidar com surpresas e ser auto-suficiente (ou não depender de outras pessoas para salvá-lo caso alguma coisa aconteça). É importante sentir-se confortável na natação em águas abertas, para que seja possível curtir a atividade.
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MANTER A COMPOSTURA
Em águas abertas, normalmente não temos nada em que nos apoiar. Antes de encarar essa atividade, portanto, responda ás seguintes perguntas:
- Você se sentiria confortável ao nadar longas distâncias sem nenhum apoio?
- Você conseguiria flutuar enquanto tosse porque engoliu água?
- Você conseguiria nadar com cãibras?
- Você conseguiria nadar embaixo da água por alguns segundos sem sentir claustrofobia?
Pense bem sobre estas questões, pois as respostas são muito importantes. É imprescindível que o nadador evite o pânico em situações adversas. O maior desafio ao nadar em águas abertas é manter a compostura, não importa o que aconteça.
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NADE SEMPRE ACOMPANHADO
Mesmo que você tenha tentado se preparar para qualquer problema, é possível que algo inesperado aconteça e que você precise de ajuda. Essa não é a hora de estar sozinho. Avise os salva-vidas que acompanham o local sobre seus planos antes de cair na água. Se não houver nenhum salva-vidas por perto, nade com alguém.

ESTEJA SEMPRE VISíVEL
Isso ajudará as pessoas a lhe acharem caso você precise de ajuda.
Toucas, Maiôs e sungas coloridas servem exatamente para esse fim.
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APRIMORE A NAVEGAÇÂO
Você é capaz de nadar na mesma direção quando não existe uma linha no fundo que lhe sirva de guia?
A maior parte dos técnicos aconselha a lidar com esse dilema treinando sua capacidade de navegação em uma piscina.
Tente levantar a cabeça e olhar para o fim da raia.
Levante a cabeça em momentos diferentes durante o nado e sinta o que é mais confortável. Conseguindo fazer isso, você já terá solucionado a mais importante parte da navegaço em águas abertas.
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EVITE TUMULTOS
Em águas abertas, sempre existem muitos competidores ao seu redor.
Você se sentiria confortável nadando no meio de 400 braços e pernas?
Caso a confusão de nadadores seja muito grande durante algum momento da prova, mova-se para a parte de fora do curso.
Essa estratégia pode ser especialmente útil na hora de fazer uma curva, quando todos os competidores chegam o mais perto possível da bóia.
Se você estiver na parte de dentro da curva, acabará tendo de lutar com uma multidão.
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ENCONTRE SEU ESPAÇO
Imagine uma multidão de nadadores ou triatletas alinhados, só esperando o início da prova.
Ao ser dada a largada, todos passam da vertical para a horizontal e ficam assim uns sobre os outros. Resultado: pernadas e cotoveladas são inevitáveis.
Para escapar desse inconveniente, o jeito é planejar uma rota de fuga antes do início da prova. Comece na parte de trás, onde ninguém mais brigará por seu espaço na água.
O problema é que algumas pessoas ficam cansadas depois do sprint inicial e você terá que navegar entre elas.
Outra opção é começar de um lado ou de outro.
Caso sua estratégia seja se misturar com outros nadadores, prepare-se para lutar um pouco para manter seu espaço.
Uma pernada maior e mais forte é um método de garantir mais espaço - ela desencoraja outros competidores que estejam perto de você.
Outro truque é manter sua braçada um pouco mais larga e segurar seu antebraço perto da vertical.
Assim, você utiliza o antebraço para manter outros nadadores distantes do seu corpo.
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APRENDA A LIDAR COM ONDAS
As ondas fazem você ir para cima e para baixo. Se você mantiver seus dedos acima do nível da água, uma onda inesperada pode lhe atingir, fazendo sua mão entrar na água abaixo do ombro. Isso não é o ideal. Para manter um estilo correto, é preciso ter a recuperação de sua mão bem mais alta quando estiver nadando em águas abertas. Quanto menos tempo sua mão passar na superfície da água, menos ela será afetada pelas ondas. Outra providência a ser tomada aaprender a respiração bilateral. As ondas geralmente se deslocam na mesma direção. Imagine se elas estiverem chegando pelo seu lado direito e você só puder respirar pela direita!
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SUPERE A ARREBENTAÇÃO
Para alguns nadadores, passar do ponto de arrebentação é bastante divertido.
Para outros é o mais absoluto terror.
Se você está no segundo grupo, melhor pensar duas vezes antes de nadar no mar.
Observe por alguns minutos o tamanho das ondas e onde elas estão quebrando.
Quanto mais longe da arrebentação, mais fácil fica a natação.
Portanto, o truque é chegar além da arrebentação o mais rápido possível.
Quando você passar da arrebentação ou estiver nadando de volta para a praia, lembre-se de que não se deve lutar contra a água.
Ela vai ganhar sempre!
Não tenha medo de deixar a água o levar por algum tempo.
Afinal o mar é bem mais forte do que você.
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ENFRENTE A CORRENTEZA
Não existe técnica especial para enfrentar correntes.
Nadar contra uma corrente fraca pode significar atraso substancial no cumprimento de seu percurso (e você não chegará a lugar algum nadando contra uma correnteza forte).
Por outro lado, você percorrerá a distância muito mais rápido se puder nadar a favor da corrente. No caso de uma correnteza contínua, como em um rio, é preciso mirar acima do seu objetivo.
Um pouco do esforço será direcionado par chegar ao fim da prova, enquanto outra parte dele será destinada a lutar contra a corrente.
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PROTEJA-SE DA ÁGUA FRIA
Ao nadar em agua fria, sua reação natural será não respirar quando a face estiver dentro dágua. Portanto, force a exalação enquanto sua face ainda estiver dentro dágua.
Com esse procedimento, você poderá entrar em ritmo de nado mais rapidamente.
Caso sua resistência a água fria seja muito baixa, use um wetsuit e 2 ou 3 toucas de silicone.
Faça o que for necessário para evitar a hipotermia.

DIVIRTA-SE ENQUANTO NADA
Uma das melhores maneiras de sentir-se confortável na água e divertir-se.
Que tal pegar uns bons jacarés enquanto nada?
Ou subir nas ondas e ver a praia lá de cima?
Brincadeiras como essas podem até parecer infantis, mas são capazes de ajuda-lo a se familiarizar com a água e sentir-se parte dela.
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Antes da Prova

1ª Dica : Não coma nada de diferente no dia que antecede a prova e muito menos no dia da prova! Este não é o momento de provar pratos novos e não consuma frutos do mar pelo risco de contaminação.

2ª Dica: Coma bastante carboidrato no dia que antecede a prova. Faça um lanche da tarde com sanduíche integral e uma vitamina de fruta (sem açúcar) e tente jantar um prato de massa com molho leve, como o de tomate.

3ª Dica: No café da manhã antes da prova, nada de carboidratos integrais como granola, aveia, frutas e pães integrais. É importante também evitar as proteínas e gorduras como o leite, presunto magro e queijos. Prefira pães brancos com mel ou geléia, combinado com suco de frutas.

4ª Dica: Durante os percursos NUNCA recuse água. Não precisa tomar todo o copinho, mas ao menos molhe a boca.

5ª Dica: Para os grandes percursos utilize o gel de carboidrato a cada 35-40 minutos de prova.

6ª Dica: Para quem for a largar a tarde ou fazer relargada, não coma muito durante o almoço e tente ao máximo evitar as frutas que tenham mais fibras, como a banana, maçã, etc. Prefira a melancia caso esteja disponível.
Por Fim...
Divirtam-se!!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

7 de Abril dia Mundial da Saúde- Vinte Lições Para um Melhor Viver

Vinte Lições Para um Melhor Viver
1 - No máximo a cada duas horas de trabalho, faça pausas de dez minutos.
Repita essas pausas na vida diária e pense em você, analisando suas atitudes.

2 - Aprenda a dizer "não" sem sentir culpa ou achar que magoou alguém. Querer agradar a todos é um desgaste enorme.
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3 - Planeje seu dia, mas deixe sempre um bom espaço para improviso, consciente de que nem tudo depende de você.

4 - Concentre-se em apenas uma tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam os seus quadros mentais, você se exaure.
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5 - Esqueça, de uma vez por todas, que você é imprescindível.
No trabalho, em casa, no grupo habitual. Por mais que isso lhe desagrade, tudo anda sem a sua atuação, a não ser você mesmo.

6 - Abra mão de ser o responsável pelo prazer de todos. Não é você a fonte dos desejos, o eterno mestre de cerimônias.

7 - Peça ajuda sempre que necessário, tendo o bom senso de pedir às pessoas certas.

8 - Diferencie problemas reais de problemas imaginários e elimine-os, porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.

9 - Tente descobrir o prazer de fatos cotidianos como dormir, comer e tomar banho, sem também achar que é o máximo a se conseguir na vida.

10 - Evite se envolver na ansiedade e tensão alheias. Espere um pouco e depois retome o diálogo, a ação.
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11 - Família não é você: ela está junto de você, compõe o seu mundo, mas não é a sua própria identidade.

12 - Entenda que princípios e convicões fechadas podem ser um grande peso, a trava do movimento e da busca.
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13 - É preciso ter sempre alguém em que se possa confiar e com quem falar abertamente, próxima de você ou, no máximo, num raio de cem quilometros. Não adianta estar mais longe.

14 - Saiba a hora certa de sair de cena, de retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o sentido da importância sutil de uma saída discreta.
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15 - Não queira saber se falaram mal de você e nem se atormente com esse lixo mental; escute o que falaram bem, com reserva analática, sem qualquer convencimento.

16 - Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois, é ótimo... para quem quer ficar esgotado e perder o melhor.
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17 - A rigidez é boa na pedra, não no homem.
A ele cabe firmeza, o que é muito diferente.

18 - Uma hora de intenso prazer substitui, com folga, trás horas de sono perdido.
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O prazer recompõe mais que o sono. Logo, não perca uma oportunidade de divertir-se.

19 - Não abandone suas tres grandes e inabaláveis amigas: a intuição, a inocência e a fã.
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20 - Entenda de uma vez por todas, definitiva e conclusivamente: você é aquilo que fizer de você mesmo.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Poliana Okimoto e Luiz Rogério Arapiraca vencem Travessia dos Fortes

Teve surpresa na Travessia dos Fortes Embratel 2010, realizada no dia 04/04/10 na Praia de Copacabana, Rio de Janeiro.
Divulgação
Arapiraca e Poliana Okimoto venceram em Copacabana
O nadador Luiz Rogério Arapiraca, sargento do Exército, venceu a prova masculina com o tempo de 38min10seg superando o favorito Allan do Carmo (38min11seg), segundo colocado. Samuel de Bona, do Rio Grande do Sul, ficou com o terceiro lugar (38min15seg).
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No feminino, Poliana Okimoto confirmou o favoritismo e tornou-se tricampeã da travessia, vencendo com o tempo de 39min25seg, seguida da baiana Ana Marcela Cunha (39min38seg) e da gaúcha Betina Martins (42min24seg).

O atleta usou a prova para aprimorar a forma de olho nas provas de 1.500 e 800 metros do Troféu Maria Lenk.

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Poliana Okimoto - que pela primeira vez representou o Corinthians e o Exército em uma competição oficial - comentou sobre as dificuldades da prova.

– Mais uma vez a Travessia dos Fortes foi muito dura. A Ana Marcela fez uma ótima prova e valorizou muito a minha vitória. Consegui me manter próxima dela no início e a partir da metade do percurso, apertei o ritmo e passei à frente. A partir de então, mantive uma distância segura e venci. Agora é comemorar – disse ela.

Outro destaque na Travessia dos Fortes 2010 foi a participação do atleta paraolímpico Marcelo Rollet, que venceu na categoria Portador de Deficiência. O nadador, que está se preparando para fazer a Travessia do Canal da Mancha, em setembro, na Europa, falou da importância do envolvimento de deficientes com o esporte.

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– É um grande prazer cair na água representando o Brasil e milhares de portadores de deficiência. Provas como esta mostram que podemos fazer muito em nossas vidas, através do esporte. Eu já fiz diversas travessias, a última foi no mar de Salvador, quando fiz o desafio dos três faróis – conclui o Rollet, referindo-se ao percurso de 32km entre os faróis de Itapuã, Humaitá e Barra, em Salvador, Bahia.

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A Travessia dos Fortes Embratel 2010 reuniu 2.519 atletas nas águas de Copacabana em um percurso de 3,350km a nado entre os Fortes de Copacabana (largada) e do Leme (chegada). A organização da prova distribuiu R$ 50 mil em prêmios.