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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Tamanho é documento?



Atletas altos aliam força e habilidade para exercer seu domínio nas piscinas

Todos com estatura acima de 1,90 metro e habilidades mais modestas que seus resultados.

Eles se valem das vantagens que sua estatura elevada proporcionam, como maior alavanca e área de apoio maior durante o nado.


Afirma Meyer. "Alguns atletas com mais de 2 metros acabam sendo prejudicados pela falta de agilidade."

Hoje em dia não é apenas o basquete que vive à procura de gigantes para transformá-los em campeões.Mesmo em esportes em que aparentemente a altura parece ter pouca influência, como o tênis e a natação, a tendência é valorizar os mais crescidos.

"Com o desenvolvimento da ciência, o biotipo ganhou importância no momento de detectar novos talentos para o esporte", diz o médico paulista Turibio Leite de Barros, especialista em medicina esportiva.

Biotipo no caso de um grande número d

e modalidades significa altura.

"O vôlei e o basquete são esportes verticais e leva vantagem

quem é mais alto", declara o mineiro Marcos Lerbach, técnico da seleção juvenil de vôlei.

Até pouco tempo atrás, a descoberta de um atleta de bom tamanho era comemorada com festa pelos times de basquete ou de vôlei.

Agora isso virou método de trabalho.

Lerbach, por exemplo, comanda uma equipe de técnicos da confederação de vôlei encarregados de descobrir jovens pelo país com potencial para crescer e desenvolver seu talento esportivo nas quadras.

O resultado tem sido animador.

Desde 1980, quando o Brasil passou a integrar a elite do vôlei mundial, a média de estatura dos jogadores só tem aumentado.

E a próxima geração deverá ser ainda mais alta.

"Na seleção juvenil, que ainda está em fase de crescimento, temos vários jogadores com quase 2 metros", salienta Lerbach.

Tendência

— O aumento da estatura da população é uma tendência universal estimulada pela melhoria das condições de vida em geral.

Uma pesquisa da Universidade de São Paulo revelou que a média de altura do brasileiro aumentou 4 centímetros nos últimos quinze anos.

O esporte vem se beneficiando disso, e com a aplicação da ciência esportiva tem-se empenhado em adotar o biotipo adequado para cada modalidade de forma sistemática.

A China emprega ainda hoje os métodos de recrutamento e treinamento de atletas desenvolvidos pelos antigos países do bloco socialista.

Crianças com aptidão física específica para cada modalidade são selecionadas nas escolas públicas e encaminhadas a centros de treinamento do Estado onde recebem atenção especial.

Essa prática, que transformou a União Soviética e a Alemanha Oriental em potências olímpicas, fez da China uma campeã de natação e de atletismo.

"A herança genética parece ter muito mais importância na formação dos atletas atualmente", afirma Leite de Barros.

Ricardo Prado foi um dos maiores campeões de natação que o Brasil já teve.

Em 1982 ele registrou o recorde mundial dos 400 metros meddley, uma prova complexa e exigente que combina os quatro estilos de nado.

Prado tinha apenas 1,65 metro.

"Ele possuía um talento imenso para a natação e seria um campeão em qualquer época", diz Ricardo de Moura, diretor técnico da Confederação Brasileira de Natação. Mas diante de um concorrente com igual talento e com 2 metros de altura, como a maioria dos nadadores atuais, Prado ficaria em desvantagem insuperável.

Foi o que aconteceu em 1984, quando perdeu a medalha de ouro na Olimpíada de Los Angeles para o canadense Alex Baumann, que media 30 centímetros a mais do que ele.

Na natação o que se busca é a máxima eficiência dos movimentos do atleta.

A velocidade do nadador depende da rapidez e da amplitude de suas braçadas.

Com braços mais compridos ele terá uma braçada mais eficiente.

Por isso são cada vez mais raros os Ricardo Prado.

As piscinas pertenceram a super-homens como Gustavo Borges, com 2,03 metros de altura e uma envergadura espetacular de 2,33 metros.

"Em estilos como o nado de peito e o de costas a estatura hoje em dia é fundamental", assegura Moura. "Já nas grandes distâncias sua influência é menor."

Foto: Antonio Milena

Nas quadras de tênis, jogador com menos de 1,80 metro é exceção.

Entre os dez primeiros do ranking mundial, apenas o chileno Marcelo Ríos está abaixo da linha média.

"Ríos só é um dos melhores do mundo porque tem um talento extraordinário", alega Marcelo Meyer, técnico de tênis em São Paulo.

A vantagem dos gigantes nas quadras acabou criando uma categoria especial de jogadores: a dos sacadores mais velozes do mundo.

Nos anos 60, quando RodLaver, 1,72 metro, era o rei das quadras, o saque mais violento atingia 120 quilômetros por hora.

Hoje são vários os jogadores que despacham a bolinha a mais de 200 quilômetros por hora.

São nomes conhecidos como Greg Rusedski, Goran Ivanisevic ou Mark Philippoussis.

No basquete de vinte anos atrás, o gigante padrão era o jogador tipo Vladimir Tkachenko, um brutamontes de 2,20 metros que se limitava a colocar a bola dentro da cesta.

Para atletas desse tipo não têm muita utilidade.

Shaquille O'Neal, o monstro do Los Angeles Lakers, que mede 2,16 metros e pesa 136 quilos, é capaz de conduzir a bola e se movimentar por toda a quadra.

Isso para não falar de Michael Jordan, um bailarino que flutua no ar com seu 1,98 m.

E as explicações para a mudança.

De um lado, o aumento na estatura média da população fez com que os gigantes, que antes eram aberraç
ões, se tornassem produtos naturais da raça.

Por outro, o recrutamento e o treinamento precoce dos atletas fazem com que eles possam desenvolver normalmente suas habilidades motoras específicas para a prática esportiva.




Brasil supera trauma de tampinha e se iguala ao biótipo da natação mundial
Há quem diga que o Brasil não é terra de gente alta. Quem olha para a seleção brasileira de natação, porém, não tem como concordar com a afirmação.
Com vários gigantes de mais de 1,90 m, os brasileiros estão no mesmo nível, pelo menos verticalmente, dos principais atletas da modalidade no planeta.
Sergio Moraes/Reuters
Thiago Pereira é um dos brasileiros que venceu a tradição do país de "tampinhas"




Nada mal para o país que já teve Ricardo Prado, medalhista olímpico com 1,68m de altura.

"A natação brasileira já deixou a época em que todos os nadadores não passavam de 1,80.

Hoje, nossos velocistas têm mais de 1,90.

Claro que ninguém tem a envergadura do Michael Gross, que de braços abertos tinha 2,06 m, mas têm as características que os principais velocistas hoje apresentam", diz Rômulo Noronha, chefe da delegação de natação brasileira.

Muito mais do que o tamanho, porém, outras características biológicas se destacam no time.

Thiago Pereira, por exemplo, é praticamente uma garça fora da água, com o quadril projetado para a frente, os joelhos dobrados para trás, em uma curva improvável para quem não pratica esportes.


As outras duas esperanças da natação brasileira em Pequim, César Cielo e Kaio Márcio, são outros que se encaixam no biótipo ideal para suas provas.

César, de 1,95 m, é alto e magro, como um bom velocista.


Segundo seu treinador, Fernando Vanzella, essa flexibilidade faz do corpo do nadador um instrumento perfeito para os quatro estilos do medley.



"O pé do Thiago tem uma mobilidade muito grande no tornozelo.

O joelho também tem um ângulo de flexão maior.
Essas características permitem que ele
tenha pernada forte nos quatro estilos", explica o treinador.

E Kaio, apesar de mais baixo (1,75 m), tem o tórax mais redondo, como o dos bons nadadores de borboleta.

Alguns casos, porém, acabam indo contra essas regras.

"Acho que o biótipo ajuda, mas não é determinante.


Veja o Rodriguinho, por exemplo.

Ele é um dos melhores velocistas do país, mesmo não tendo braços tão compridos quanto os dos outros velocistas", justifica Thiago Pereira.

Rodrigo Castro, de 1,84 m, inclusive, é o único do time convocado para o 4x100 m livre que tem menos de 1,90 m.

Entre as mulheres, o caso é um pouco diferente.
Se os homens têm média de altura de 1,89 m, o time feminino tem 1,71.



















Segundo Flávia Delaroli, uma das mais famosas da equipe, o problema é a falta de incentivo para as mulheres no esporte.
"O funil da natação é muito estreito e o da natação feminina, ainda menor", explica.

Mesmo assim, o time ainda tem exemplos de corpos adequados para suas provas.

"A Fabíola Molina tem o corpo perfeito para o nado de costas. É alta e, falando em tom de brincadeira, faz menos sombra do que outros atletas", diz Noronha.

Existem três grupos de pessoas com muitas características físicas em comum que são:
  • Os gordinhos (endomorfos),

  • os fortinhos (mesomorfos)

  • e os magrinhos (ectomorfos).
Para saber qual o biótipo físico que uma pessoa pertence, normalmente basta olhar para ela, mas alguns fatores são determinantes como o peso, a altura, doze circunferências do corpo e dez dobras cutâneas que são as regiões onde o corpo acumula mais gordura.


Com estas medidas faz-se um cálculo para saber qual dos três tipos físicos é dominante na pessoa.

Mesomorfo: tipo mais comum, onde na maioria das vezes as pessoas têm ossos grandes e músculos bem definidos ou grande facilidade de adquiri-los.


Os homens possuem peitorais e ombros mais largos e quadris mais estreitos, até parecem um triângulo em posição contrária.

Já as mulheres apresentam um formato mais parecido com um retângulo quando vistas de frente, pois apresentam o quadril mais largo em relação aos homens.

Pessoas com biótipo mesomorfo tendem a se superar em esportes de força e resistência como o rugby e corridas curtas.

Dica
s para os mesomorfos:

- devem mesclar musculação com atividades aeróbicas para manter um bom condicionamento físico;
- para definição muscular, devem levantar pouco peso já para aqueles que pretendem aumentar os músculos fazer menos repetições com carga elevada.

Atividades físicas recomendadas: musculação associada a caminhadas, spinning ou corrida, moutain bike, ginástica localizada, atletismo, natação e futebol.

Endomorfos: são pessoas que apresentam corpo torneado com membros relativamente curtos, mãos e pés pequenos e cintura alta. Engordam com facilidade e apresentam quadris largos e coxas bastante volumosas.

As pessoas do tipo endomorfo costumam ter facilidade e se dar bem em exercícios de "endurance", como por exemplo, cruzar um canal a nado.
Dicas para os endomorfos:
- devem dar bastante ênfase e caprichar nos exercícios aeróbicos como natação, caminhadas e corridas;
- exercite mais os músculos inferiores fazendo natação, andando de bicicleta, mini trampolim e exercícios com carga reduzida;

Atividades físicas recomendadas: natação, boxe, caminhadas, corridas, spinning, entre outras.

Ectomorfos: tem como marca o corpo longilíneo e físico pequeno com baixa concentração de gordura corporal, quadris e ombros de mesma largura, anca estreita, cintura, tornozelo e pulsos finos. Como exemplo tem os maratonistas e as modelos. Uma das características das pessoas deste biótipo físico são a agilidade e a leveza, superando-se em corridas de longa distância.

Normalmente causam inveja nas pessoas que vivem lutando contra a balança porque podem comer de tudo que não engordam, mas por outro lado apresentam dificuldade em ganhar músculos. Estas pessoas precisam treinar muito pesado nas aulas de musculação para ganhar massa muscular.

Dicas para os ectomorfos:

- devem fazer no máximo 30 minutos de atividades aeróbicas diárias, sendo o suficiente para fortalecer o sistema cardiorrespiratório e não perder massa muscular;
- é necessário consumir grande quantidade de calorias para adquirir massa muscular, então a ordem é comer mas com qualidade;
- devem levantar muito peso para poder ganhar massa muscular.

Atividades físicas recomendadas: musculação, ginástica localizada, boxe, body pump, spinning, moutain bike.

sábado, 4 de dezembro de 2010

César Cielo vence 50 metros borboleta no Torneio Open de Natação

Depois de faturar o ouro nos 50 metros borboleta no Campeonato Brasileiro Sênior, César Cielo repetiu a dose neste sábado 04/12/10 , na mesma prova e acumulou mais uma conquista, desta vez no Torneio Open de natação, disputado simultaneamente com o Sênior em Guaratinguetá, no interior de São Paulo.
César Cielo queria apenas somar pontos para o Flamengo .
Especialista no estilo livre, Cielo venceu os 50m borboleta, em piscina curta, com o tempo de 23s06, abaixo dos 23s10 registrados na final da mesma prova no Sênior, na sexta-feira, 03/12.
No sábado, ele ficou à frente do companheiro de equipe, Nicholas dos Santos, com 23s11.
A medalha de bronze ficou com Gabriel Mangabeira, que registrou 23s25.
Cielo, que não costuma disputar provas de borboleta, entrou na piscina apenas com o objetivo de somar pontos para o Flamengo.
"Acho que foi uma prova bem razoável. O Nicholas também está um pouco pesado. E aí aproveitei para ganhar a prova. Nós temos treinado e evoluído juntos. É uma brincadeira. Estou tentando marcar pontos. Não tenho nenhuma pretensão de nadar no Mundial em piscina curta. Já desisti da prova", afirmou o recordista mundial nas provas de 50 e 100 metros livre, em entrevista ao SporTV.
Com a vitória deste sábado, Cielo acumulou sua quarta medalha no Torneio Open.
Antes ele vencera os 50 m e 100 m livre.
No revezamento 4x100 metros, participou da conquista da prata com a equipe do Flamengo.
O brasileiro também acumula duas medalhas de ouro nos 50 m e 100 livre no Brasileiro Sênior.
As duas competições em Guaratinguetá estão servindo como preparação para César Cielo disputar o Mundial de natação em piscina curta (25 metros), que acontece entre os dias 15 e 19 de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
O Natal 2010 para Cielo parece que será Feliz...Boa Sorte!!