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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Troféu José Finkel´- 2010



José Finkel termina com 60 recordes e 25 atletas no Mundial Rio de Janeiro (RJ)
O Troféu José Finkel terminou neste domingo, 26/09, no Parque Aquático Maria Lenk, com um total de 60 recordes batidos (11 sul-americanos, 10 brasileiros e 39 de campeonato).


A competição colocou 25 atletas classificados para o 10º Campeonato Mundial em Piscina Curta, de 15 a 19 de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes.
Dobradinha rubro-negra - No último dia de provas, Nicholas Santos (22s69) e Cesar Cielo (22s71), ambos do Flamengo, ganharam ouro e prata nos 50m borboleta e fizeram uma dobradinha no anunciado confronto com Kaio Márcio Almeida (23s30), do Fluminense.


Nicholas, que estava fora da prova no Mundial, colocou seu nome definitivamente e com o melhor tempo.
Gabriella Silva (26s12), do Pinheiros, venceu os 50m borboleta e manteve o recorde sul-americano que bateu na semifinal (25s72).


A atleta, que passou por cirurgia no ombro esquerdo no final de 2009, passou o ano em recuperação e agora volta a sua boa forma.
"Esse ano foi bem difícil. Foi um ano de uma luta psicológica e física muito grande.


Estou completamente recuperada e agora quero chegar ao Mundial de Dubai disputando medalha e quero ir às Olimpíadas de 2012 pra ganhar!", disse Gabi.
Fabíola Molina (58s71), da Esportiva São José, venceu os 100m costas com recorde de campeonato.


Etiene Medeiros (1m00s18), do Nikita/SESI, que venceu os 50m do estilo, ficou com a prata. A húngara Zsuzsanna Jakabos (1m01s76), do Fluminense, levou o bronze.
No masculino, Guilherme Guido (50s46), do Pinheiros, bateu o recorde de campeonato, com o americano Randall Bal (51s19), do Botafogo, em segundo e Gabriel Mangabeira (51s93), também do Pinheiros, ficou com o terceiro posto. Guido, classificado para nadar três provas no Mundial (50m e 100m costas e 4x100m medley), se disse feliz com o resultado.
"Estou bem feliz com o tempo. Agora é treinar bastante porque vai ser muito legal em Dubai", disse.
Na prova mais longa - os 1500m livre - a chilena Kristel Kobrich (15m51s44) e Poliana Okimoto (16m09s04), ambas do Corinthians, ficaram com ouro e prata mesmo nadando na série mais fraca, na noite anterior. A primeira bateu o próprio recorde de campeonato e a segunda, a marca brasileira. O bronze foi para Sarah Correia (16m45s71), do Minas Tênis, que competiu hoje (dom) de manhã.
Na última prova da competição - 4x100m medley - a equipe do Pinheiros (4m00s07) bateu o recorde de campeonato. O tempo supera em muito a marca sul-americana (4m09s26) de 2004, mas não pode ser homologado porque a sueca Joline Hostman fez parte da equipe que também contou com Natalia Diniz, Gabriella Silva e Tatiana Lemos Barbosa.
No revezamento masculino, o time do Pinheiros (3m31s22) de Guilherme Guido, Felipe França Silva, Gabriel Mangabeira e Nicolas Oliveira também venceu com recorde de campeonato. A prata foi para a Unisanta (3m31s56) e o bronze para o Flamengo (3m33s10), que nadou na série fraca à tarde.
Pinheiros Campeão - Com 3087,50 pontos, o Pinheiros ganhou seu oitavo José Finkel consecutivo e passa a ser o maior vencedor da história da competição com 13 títulos. Antes do Campeonato de 2010, Pinheiros e Flamengo, com 12 títulos cada, estavam empatados como os maiores ganhadores da história da competição que teve início em 1972.
O Flamengo teve o seu maior número de vitórias na década de 80 (1980 a 87). O Esporte Clube Pinheiros revezou títulos com o Minas Tênis nos anos 90 e a partir de 2003 não saiu mais do topo.
Em 2010, o Minas Tênis (1700,50), sempre entre os maiores das principais competições nacionais, se firmou na segunda posição e o Flamengo (1474) conseguiu voltar ao grupo dos ‘top 3' nesta edição, numa reação aos últimos anos em que esteve bem distante. A última participação do clube no Troféu Finkel foi em 2008, quando a equipe terminou na 11ª posição. No Maria Lenk 2009, o clube carioca ficou em 18º lugar.
O Corinthians (1230) e a Unisanta (1009) ocuparam a quarta e quinta posição geral. No feminino, os primeiros foram Pinheiros (1557,50), Corinthians (894,50) e Flamengo (767). Entre os homens a ordem foi Pinheiros (1530), Minas Tênis (982,50) e Flamengo (707). Kristel Kobrich, do Corinthians, foi a atleta mais técnica da competição pela prova de 1500m livre (15m41s44). Entre os homens, o melhor foi Felipe França Silva, do Pinheiros, pelo desempenho nos 100m peito (56s79).
Os atletas que mais marcaram para o seu clube foram Cesar Cielo e a americana Jessica Hardy, que marcaram respectivamente 192 e 424 pontos para o Flamengo. Na soma de homens e mulheres, Jessica também foi a que mais marcou pontos na competição. Depois dela Kristel Kobrich (254), a húngara Evelyn Verraszto (233). Cielo foi o quarto maior pontuador do evento.
O Brasil nos Mundiais em 25 metros - Este é o time mais forte que o Brasil já teve em Mundiais em Piscina Curta. São 25 atletas classificados formando uma seleção que conta com quatro atletas com recordes mundiais no currículo (Cesar Cielo, Felipe França Silva, Kaio Márcio Almeida e Thiago Pereira). O grupo apresenta também uma boa renovação com atletas novos, como Fabio Santi, Leonardo de Deus, Henrique Rodrigues e Etienne Medeiros.
No último Mundial - Manchester 2008 - em função dos Jogos Olímpicos no mesmo ano, a equipe foi com apenas oito atletas e não ganhou medalhas.
O Brasil foi a todas as nove edições do Mundial em Piscina Curta, que começaram em 1993, e ganhou medalhas em seis. As exceções foram os campeonatos de 1999, em Hong Kong, e 2000, na Grécia, e 2008 em Manchester.
Excetuando o Mundial de 1995, realizado em casa, os maiores times até o momento foram os de Indianápolis 2004, quando a equipe contou com 25 nadadores e o país ganhou uma medalha de ouro, uma de prata, três de bronze e foi a 20 finais; e o de Xangai 2006, com 20 atletas (um ouro, um bronze e 12 finais).
A seleção brasileira fará aclimatação na capital do Kuwait - Cidade do Kuwait - de 9 a 13 de dezembro, de onde sai em menos de uma hora de vôo para Dubai no próprio dia 13/12.



Após marcar o melhor tempo da temporada nos 50 metros livres durante o Troféu José Finkel, Cesar Cielo obteve um novo feito expressivo na competição nesta sexta-feira. O nadador mais rápido do mundo avançou à final dos 100 metros livre com o tempo de 46s13, novo recorde sul-americano. Com o seu excelente desempenho, ele não deu chances aos adversários na semifinal disputada no complexo aquático Maria Lenk, no Rio.
Cielo quer baixar tempo na prova da manhã deste sábado
Na última quinta-feira, Cielo já havia batido o recorde do Troféu José Finkel nos 100 metros, ao estabelecer o tempo de 46s62, superando o até então recordista Gustavo Borges, que ostentava a melhor marca da competição na prova há 12 anos.
Na semifinal desta sexta, Nicolas Oliveira terminou como segundo colocado (47s59) e Nicholas Santos (47s82) foi o terceiro. A final dos 100 metros livre será realizada na manhã deste sábado.
Depois de brilhar em mais uma prova no José Finkel, Cielo destacou que se esforçou ao máximo para quebrar o recorde sul-americano. E avisou que tentará baixar ainda mais o tempo na final deste sábado. "Pensei que tivesse nadado em 43 segundos, porque doeu bastante. Vou fazer o máximo para baixar de 46 segundos na final. Mas só de conseguir o (recorde) sul-americano já é importante. O atleta que foi campeão olímpico e mundial estava preso aqui dentro", ressaltou o brasileiro, em entrevista ao canal SporTV, logo depois da semifinal. 

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O Brasil foi campeão isolado da Copa do Mundo de Natação de Piscina Curta-Etapa Rio de Janeiro

Como dizem em algumas publicações no exterior "O Brasil do futebol faz bonito na água"

O Brasil foi campeão isolado da Copa do Mundo de Natação de Piscina Curta com 59 medalhas, sendo 33 no masculino (11 de ouro, 12 de prata e 10 de bronze) e 26 no feminino (cinco de ouro, 10 de prata e 11 de bronze).

O Japão ficou em segundo com 12 medalhas no total e Suécia em terceiro com nove.

Foto: Satiro Sodré/CBDA

Os destaques foram Cesar Cielo que superou o alemão Steffen Deibler por apenas dois centésimos de segundo nos 100 metros livre e Thiago Pereira que ganhou os 400 e os 100 metros quatro estilos. Nesta última prova, ele quebrou o próprio recorde sulamericano.
A marca anterior tinha sido obtida com o supermaiô.

http://www.clickpb.com.br/artigos/sendtmp/2010/20100912010752/cielo_grande.jpg

O nadador do Flamengo Cesar Cielo iniciou bem a Copa do Mundo de piscina curta disputada no Maria Lenk, no Rio, na noite desta sexta-feira, com a classificação para a final dos 100m livre. Recordista mundial da distância, Cielo fez o tempo de 47s29, o melhor da série.

O campeão olímpico sentiu um incômodo na coxa e abriu mão de disputar os 50m borboleta. A final dos 100m livre é na manhã deste sábado.

"Acho que ainda posso fazer uma virada melhor e uma saída um pouco mais rápida. Mas foi uma primeira boa prova", acredita Cielo.

Nicholas Santos que fez o segundo melhor tempo da série se mostrou satisfeito com seu desempenho.

"Foi um tempo bom para uma eliminatória, mas decidi optar por não nadar a final. Fiz o tempo apenas para o revezamento. Meu foco nesta competição é os 50m borboleta", completou o outro atleta do Flamengo.

Nas eliminatórias dos 50m peito Henrique Barbosa venceu sua série e terminou em segundo na classificação com o tempo de 27s07. Ele também fez bonito nos 200 metros peito marcando 2m07s90, terceiro melhor tempo na eliminatória.

Encerrando sua participação na Copa do Mundo de Natação de Piscina Curta, o brasileiro Thiago Pereira conquistou mais duas medalhas de ouro na competição disputada no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro. As vitórias vieram nos 200m medley (1min52s72), com direito a recorde sul-americano, e nos 200m livre (1min45s28).

Thiano Pereira, natação
Thiago Pereira nos 200m livre: mais uma medalha
(Foto: Satiro Sodré / CBDA)

Thiago Pereira chegou ao Rio de Janeiro dizendo que não estava em sua melhor forma física.

Mas a semana de folga após o Pan-Pacífico, realizado no fim do mês passado, não o prejudicou dentro d’água.

Pelo contrário. Com 100% de aproveitamento, o nadador brasileiro conquistou quatro ouros e dois recordes sul-americanos na etapa carioca da Copa do Mundo em piscina curta, que se encerrou neste domingo.

No segundo e último dia de finais, neste domingo, Thiago venceu com facilidade os 200m livre (1m45s28) e os 200m medley (1m52s72).

- Dois recordes sul-americanos, quatro medalhas de ouro... Eu fiquei impressionado principalmente com esses 200m medley. Antes de eu cair na água, ainda estava bem desgastado dos 200m livre.
O nadador que treina em Los Angeles, nos Estados Unidos, já havia vencido as finais dos 100m e 400m medley. Em todas as quatro provas, Thiago conseguiu índice para o Mundial de Dubai, que será realizado em dezembro. Para completar, garantiu dois recordes sul-americanos nos 100m medley (52s35) e 200m medley (1m52s72).

- Eu realmente tirei uma semana para descansar, não fiz nada. Então, eu não esperava que iria estar bem assim, fazendo os meus melhores resultados. Mas natação é isso. Eu brinco que a natação não tem muita explicação. Às vezes, a gente espera um bom resultado e não vem. Mas, às vezes, a gente acha que não vai dar em nada e acaba se surpreendendo.

"Estou me sentindo muito melhor que no Pan-Pacífico. Não esperava esses tempos e os recordes porque estou me readaptando a nadar sem o traje e estou recomeçando depois de uma semana de folga. Essa melhora é resultado do período que estou treinando nos Estados Unidos. Consegui nadar bem, mesmo após disputar a final dos 200m livre", comemorou o especialista na modalidade, que treina desde agosto do ano passado com o técnico David Salo, no Trojan Swim Club, em Los Angeles (EUA).

Além de bater o recorde sul-americano, que era dele próprio, Pereira também conquistou índice para o Mundial de Piscina Curta em Dubai. O pódio inteiro foi verde e amarelo, com Henrique Rodrigues em segundo (1min54s07) e Diogo Yabe em terceiro (1min58s68).

Nos 200m livre, que Pereira disputa para aprimorar o nado crawl no medley, a vitória veio com o tempo de 1min45s28 e outro índice para o Mundial. "Foi um resultado expressivo", limitou-se a dizer. No mesmo estilo, Rodrigo Castro foi prata com 1min46s55 e o chinês Yuhui Jian o bronze, com 1min47s08.

http://globoesporte.globo.com/Esportes/foto/0,,14634346-EX,00.jpg

Gabriella Silva também bateu o recorde continental com 25s93 nos 50m borboleta. O anterior pertencia a Daynara de Paula (25s94). Apesar da marca expressiva, a medalha de ouro da modalidade ficou com a sueca Therese Alshammar (25s35).

http://e.i.uol.com.br/album/100812europeu_f_015.jpg

Completando o pódio, aparece a brasileira Daniele de Jesus (26s47).

Tatiana Lemos, natação
Tatiana Lemos levou mais uma medalha na Copa
do Mundo (Foto: Satiro Sodré / CBDA)

Na primeira prova feminina do dia, os 100m livre, Tatiana Lemos conquistou sua segunda medalha de ouro na disputa. Com o tempo de 54s20, ele superou Flávia Delaroli (54s52) e a sueca Magdalena Kuras (54s88). A lamentar, só o fato de não ter alcançado o índice para o Mundial de Dubai.

- Consegui fazer exatamente o msm tempo. Estava esperando nadar melhor hoje, mas o índice vai ficar para o Finkel mesmo. Mas estou satisfeita, duas medalhas de ouro. Estava nadando só piscina longa. Até me acostumar, demora um pouco.

Pouco depois, Joanna Maranhão também conseguiu sua segunda medalha de ouro na competição. A nadadora venceu a prova de 400m medley com o tempo de 4m40s20, à frente de Larissa Cieslak (4m50s56) e Julia Siqueira (4m58s12).

Ela ainda voltou à piscina para a prova dos 200m borboleta. E, mais uma vez, ficou com o ouro. Joanna marcou 2m09s72 e superou a japonesa Nao Kobayashi (2m11s26) e a também brasileira Yana Medeiros (2m18s55).

- De uma forma geral, foi muito legal. Eu não fiz nenhum polimento, não raspei e não descansei nada desde que voltei do Mundial Militar. Então, é como se isso aqui fosse um treino para o Finkel. Agora, eu espero conseguir os índices para o Mundial daqui a dez dias.

Joanna Maranhão, natação

Felipe França, por sua vez, venceu os 50m peito em 57s64, à frente dos compatriotas Henrique Barbosa (58s40) e Tales Cerdeira (58s52).

Os três obtiveram índice de Mundial, mas, por enquanto, apenas França e Cerdeira estão classificados. "Está bom para a primeira etapa. Pretendo melhorar para o Troféu José Finkel e para as próximas etapas da Copa do Mundo", projetou.

Entre os outros brasileiros vencedores estão Lucas Kanieski, nos 1500m livre, com o tempo de 14mins53s19, e Joanna Maranhão, primeira nos 400m medley (4min40s20) e nos 200m borboleta (2min09s72). "Gostei. A competição foi ótima. Só me surpreendi com meu tempo no medley porque pensei que a prova de borboleta seria melhor", confessou.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Deslocamento no meio líquido: fim do Mistério.

Existem detalhes técnicos em cada um dos quatro nados que podem ser classificados como críticos.
Tratando de movimentações tecnicamente corretas e hidrodinamicamente eficazes, todo detalhe é relevante e merecem atenção de nadadores, alunos e professores.

Podemos destacar alguns com maior grau de importância que requerem atenção redobrada pois combinam duas características:
  • forte influência na eficácia final no nado
  • ao mesmo tempo, difícil assimilação

Mesmo sendo um assunto polêmico entre os profissionais da área vale a pena analisa-los. Pois os princípios físicos do meio líquido não se alteram.
1. Nado CRAWL: não finalizar a fase submersa da braçada junto às coxas.

Há evidências científicas que essa fase final é a mais propulsiva de todo o ciclo de braço e no Crawl, cerca de 80% da propulsão total do nadador é obtido com a ação de braços.

Ainda assim, é impressionante como tem aluno que não completa a ação submersa e inicia a recuperação de forma prematura. Este erro costuma aparecer também no Borboleta com efeitos quase tão desastrosos como os vistos no Crawl.
2. Nado COSTAS: falta de "rolamento" de ombros.



O rolamento de ombros no Costas é uma ação que ao mesmo tempo diminui o atrito frontal do nadador contra a água, reduzindo significativamente o arrasto total do nado, e funciona como elemento posicionador dos braços, propiciando tanto uma boa recuperação do braço cujo ombro está emerso, como uma boa tração e empurre do braço oposto (submerso).



Apesar disso, pouquíssimos nadadores fazem este rolamento com a amplitude necessária sem muita correção e exercícios específicos.
3. Nado PEITO: redução ou completa ausência da fase de deslize logo após a ação de pernas. Talvez influenciados pelos demais nados, cuja propulsão provém majoritariamente da ação dos membros superiores, a grande maioria dos nadadores de peito tende a ser muito ansiosa para reiniciar uma nova puxada de braços após cada ação de pernas, não deixando que ocorra a famosa “pausa de deslizamento”.
O atual recordista olímpico dos 100m e 200m Peito, o japonês Kosuke Kitajima (na foto ao lado), tem um nado que é pedagógico neste detalhe.
Em todas as provas , ele é o que mais desliza e obtém sempre os melhores tempos.
4. Nado Borboleta: executar o nado sem a contribuição efetiva da golfinhada.
Seja devido a uma golfinhada com pouca amplitude e (por isso mesmo) pouco eficaz, seja por executá-la de forma descoordenada com a ação de braços, é enorme o número de nadadores que executa um nado Borboleta praticamente só ás custas dos braços.

Não deixa de ser uma maneira viável de nadar, mas extremamente cansativa e pouquíssimo eficiente.

Exercícios em separado (visando amplitude e freqüência corretas da golfinhada) e de coordenação geral devem ser feitos exclusivamente com este foco: nadar o Borboleta utilizando-se corretamente seus dois elementos propulsivos: braçada + golfinhada.


Bons Treinos!!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Melhorando o nado crawl

Todos queremos nadar mais rápido...Aumentar a velocidade na natação é muito mais difícil do que aumentar a velocidade em outros esportes, como o ciclismo, no qual o atleta muda uma marcha e mantém as rotações por minuto ou, simplesmente, aproveita um declive e já esta mais veloz, ou na corrida, atividade mais natural do ser humano, em que qualquer atleta de final de semana pode dar um pique em uma velocidade elevada por vários metros, por exemplo.
A Natação é diferente por uma série de motivos, o principal é o meio líquido, onde se locomover tem um custo energético 4 vezes maior do que na terra.
Outro motivo importante é o quadrado da velocidade: esse princípio diz que para dobrar a velocidade do deslocamento quadruplica-se a resistência da água.
Por esse motivo, alguns atletas durante os treinos baixam poucos segundos em uma determinada distância e sua sensação de esforço é tão grande.
Uma das soluções é treinar cada vez mais, e aprimorar a técnica, para isso você deve se concentrar nos movimentos que já são “automáticos” e tentar conscientizar-se de cada gesto, desenvolvendo a propriocepção, habilidade de fazer o movimento correto sem estar se vendo. Seguindo as orientações dos seus treinadores, professores ou técnicos.
Algumas dicas para aumentar a sua velocidade no nado crawl:
1. evite movimentos desnecessários
2. busque uma ótima combinação de contração e relaxamento muscular
3. Garanta a harmonia da respiração com os movimentos dos braços
4. produza forças propulsivas
5. reduza a ação de forças resistivas
6. Mantenha a continuidade (fluência do nado)
A melhora da técnica deve ser trabalhada em todos os treinos com exercícios educativos no inicio de cada sessão pois é nesse momento que o nadador descansado pode executar melhor os movimentos.
Outra alternativa é o treinamento de velocidade pura que muitas vezes é negligenciado por atletas de provas longas.
Esse treinamento consiste em executar tiros curtos de 10 a 15 metros com o estimulo maximo de velocidade.
As séries devem ser de poucos tiros para se ter uma qualidade boa.
Ex: 4x12.5mts velocidade com intervalos de 12.5mts solto mais 1 (um) minuto parado.
A natação exige dos atletas varias qualidades físicas, entre as mais importantes para aumentar a velocidade do nado eu destaco a flexibilidade e a força.
Bons treinos!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

TREINAMENTO DE BORBOLETA PARA NADADORES INICIANTES

Começou a nadar borboleta agora, não é muito familiarizado com o nado?
OK, vamos treinar um pouco, com um pouco de dedicação seu nado pode melhorar muito.
RESPIRAÇÃO
A primeira parte do estilo que eu trabalho com nadadores mais jovens é a respiração.
A posição da cabeça é muito importante não só no borboleta, mas como em todos os estilos tornando-os mais econômicos e eficientes.
A posição da cabeça precisa ser neutra durante toda a ação do nado.
Quando a inspiração é feita, o levantamento da cabeça deve ser o mínimo possível.
Denomino como a pressão do corpo para frente e para baixo.
O termo pressão do T, é exatamente a forma que descreve a posição dos ombros e peito na hora da entrada.
Uma linha desenhada desde o ombro do lado direito até o esquerdo e do pescoço até a coluna descreve o T.
Quanto mais a frente o nadador coloca o T, menos para baixo, mais alinhado será o corpo. Quando a inspiração é feita, a mesma amplitude deve ser alcançada, com os olhos visualizando a frente num ângulo de 45 graus ou menos.
Um educativo para desenvolver esta posição do corpo é realizar treinamento com pés de pato e snorkels.



O nadador deve se movimentar pela água em movimentos de ondulação aumentando a sua velocidade e sentindo o T se movimentando para a frente e levemente para baixo.
Quando os nadadores atingirem a posição ideal do corpo, o snorkel deve ser colocado de lado e a prática deve ser feita com a respiração sendo executada na posição mais baixa possível.
A respiração deve ser feita a cada 4 pernadas e o movimento de levantamento da cabeça deve ser feito procurando não afetar a postura do corpo na água.
Com a progressão do nadador nestes educativos, os braços podem ser incorporados no movimento a cada 4 pernadas.

Gradualmente trabalhando até se chegar ao estilo normal e completo.
O passo final para o nado será borboleta com pés de pato e concentrando na execução do T repirando a cada dois ciclos de braçada.
RITMO DO NADO
A segunda área que concentramos nossos esforços será no trabalho de ritmo do nado.
Duas coisas são bem fáceis de serem encontradas neste aspecto.
A primeira delas é quando o quadril do nadador sobe e desce enquanto os braços estão extendidos a frente, e outra vez sobe e desce quanto os braços são recuperados.
Este problema acaba fazendo com que a recuperação dos braços seja feita de forma desconfortável.
Os quadris precisam estar para baixo quando os braços estão no lado. Este problema acaba tirando a naturalidade do nado.
Mesmo que seja legal, não é a execução adequada do nado.
Os quadris precisam estar para cima quando os braços entram a frente, e precisam estar para baixo quando os braços são recuperados.
Para atingir este padrão de nado, um dos favoritos é o educativo de 4 pernadas + 1 braçada.
O nadador começa com uma volta na posição de streamline contando o número de pernadas.
Na 4a execução da pernada, quando o quadril estiver na posição mais alta, os braços deverão estar numa posição de Y, para a execução da puxada sob o corpo.
Neste momento, eu digo para meus nadadores, quando eles estiverem executando esta puxada eles devem estar pressionando o umbigo deles para baixo e para frente.
Isso traz o quadril para a posição correta com a recuperação dos braços.
A posição do Y é também usada no peito.
O Y é porque é a forma que nosso corpo parece quando estamos com os braços afastados num ângulo de 45 graus. Quando os nadadores alcançam o sucesso com o educativo 4 pernadas + 1 braçada, reduzimos a relação de pernadas por 1 braçada até que consigamos chegar a execução do nado completo sem problemas.
A segunda parte do trabalho de ritmo é a misteriosa segunda pernada. Muitos nadadores sofrem disto principalmente por deficiência na execução da pernada. Para cada movimento, devem existir duas pernadas.
Uma pernada quando os quadris estão para cima e os braços a frente, e a segunda pernada quando os quadris estão para baixo e os braços no lado. O educativo para este trabalho também pode ser o 4 pernadas + 1 braçada.
Desta vez, o nadador deve começar o trabalho com os braços ao lado do corpo, contando as pernadas, usando a posição mais alta do quadril.
Na 4a execução da pernada, o nadador deve tentar recuperar os braços e executar a segunda pernada. Ao repetir este educativo, o nadador deve se sentir mais seguro ao executar a segunda pernada para ter mais potência na recuperação dos braços.
O educativo também pode ser feito com a relação de 3 pernadas + 1 braçada, qualquer que seja a fórmula usada não permitir que o nadador deixe o seu corpo subir na água para a execução do educativo.
ACELERAÇÃO
A fase final da correção técnica é a aceleração do nado. A aceleração varia com as diferentes fases do nado.
Ao examinarmos o completo ciclo da braçada desde o streamline, vemos que quando os braços estão em frente o nadador começa o estilo fazendo o palmateio dos braços para fora na posição de Y. É muito importante que os braços estejam na posição de Y exatamente antes do início do nadador executar a puxada sob o seu corpo porque esta posição maximiza a capacidade da puxada do nadador.
Após os braços estarem na posição Y, eles começam a puxar sob o corpo, os cotovelos devem ser flexionados a aproximadamente 90 graus e as mãos devem fazer uma forma natural uma trajetória ondulada próximo ao abdomen empurrando para fora passando pelos quadris.

É aí que acontece o início da aceleração do nado.
Desde a posição Y, os braços aceleram na condição de desenvolver potência. A posição do nado precisa ser completada com potência para que seja gerada energia para respirar e recuperar os braços ao mesmo tempo. É nesta hora que entra a segunda pernada com a função que já discutimos antes.
Com os braços acelerando passando os quadris, as perrnas completando a ação, o corpo do nador eventualmente pode ter a forma de streamline. O corpo basicamente é como se fosse um submarino de superfície. A aceleração dos braços sob o corpo combinadas com a segunda pernada permite ao nadador que respire e recupere os braços.
Assim que os braços iniciam a recuperação o nadador precisa continuar acelerando os braços até a frente.
Quanto mais longa for a recuperação sobre a água, maior será a gravidade a ser puxada do corpo para baixo na água.
Afim de manter o trabalho de puxada e a gravidade sobre o corpo, o nadador deve recuperar as mãos de forma rápida, os braços extendidos e os dedos relaxados apontados para a frente.
Ao final desta recuperação, os braços agem como se fossem pesos, puxando o corpo para frente e colocando o quadril na posição.
Agora o nadador deve desacelerar os braços para a posição até o Y.
Educativos para a prática da aceleração do nado são bastante simples. Nadar com os punhos cerrados é uma forma de desenvolver a sensibilidade da aceleração da puxada a cada ação dos braços.
Outro educativo é fazer o nado de borboleta com a pernada de crawl. Este educativo dá grande motivação para melhores resultados. O nadador precisa acelerar os braços afim de manter o padrão do nado , ou ele acaba afundando. Sem a pernada de borboleta e a ondulação natural, a recuperação é muito mais difícil forçando o nadador a recupera de forma mais rápida até a frente.
Artigo para desenvolvimento do nado borboleta para nadadores das categorias inferiores em interessante interpretação de um excelente nadador do estilo e que foi publicado na Revista Swimming Technique edição Outubro-Dezembro de 2003.

Musa da natação perde patrocínio e carro por frase homofóbica no Twitter

Existem atletas que em silêncio são maravilhosos, como já foi provado com outros nadadores como Phelps por exemplo, atletas não são apenas índices e performances mas um todo que como todo ser humano precisa de patrocínio seja de um trabalho remunerado ou de empresas dispostas a associar sua imagem a ele.
A nadadora australiana Stephanie Rice, dona de três medalhas de ouro nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, causou mais uma polêmica, desta vez via Twitter.
Acusada de fazer declaração homofóbica, ela perdeu um de seus patrocinadores.
Enquanto causa polêmica, Stephanie Rice mostra sua beleza em anúncio de TV.
Ao lado de Eamon Sullivan, ela promove marca de roupas íntimas
A campeã de 22 anos foi infeliz ao comentar vitória de seu país contra a África do Sul no rúgbi, postando no microblog a frase, em tradução livre, “chupem essa, seus gays!”.
Apesar de se desculpar pelo exagero e deletar o comentário, a Jaguar, luxuosa empresa de carros, resolveu encerrar o contrato com a nadadora, para não ter sua imagem ligada à polêmica. “Tomamos a decisão e decidimos romper o contrato com ela”, disse Mark Eedle, da Jaguar, segundo o jornal Morning Herald. Um carro dado a ela em fevereiro será tomado de volta.
Campeã nas provas de medley (200 m e 400 m) e no revezamento em Pequim-2008, ela lamentou o ocorrido.
“Eu fiz um comentário no sábado à noite empolgada pelo momento. Não queria ofender ninguém, então me desculpo”, afirmou em seu blog.
Rice recentemente decidiu não integrar a delegação da Austrália para os Commonwealth Games. Ela sentiu dores no ombro e antecipou uma cirurgia que seria realizada apenas em novembro.

fonte: agências internacionaisEm Melbourne (AUS)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Desmotivação para Nadar - Síndrome de Burnout

http://www.correiodeuberlandia.com.br/foto.php?f=10036275278afed0112c8d254fe34128_2009_10.jpg
Por incrível que possa parecer, mesmo com todas as provas, travessias e circuitos mais famosos no mundo inteiro recebem cada vez mais nadadores de todos os níveis e idades ainda de vez em quando somos surpreendidos pela falta de motivação para treinar.
Isso pode acontecer com qualquer um e quando acontece jogamos a culpa em tudo, em todos ou arranjamos um bela desculpa para nos livrarmos da culpa que na maioria das vezes é nossa e só nossa.
Muito trabalho, filho doente, muitos compromissos, o cônjuge enche o saco e vai por aí.
Há Nadadores que chegam a ser criativos na elaboração de novas desculpas, sempre colocando a culpa nos outros.
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Motivação vem de motivos e por isso é pessoal porque cada um tem os seus.
Para o nadador nada é mais contagiante e motivante do que simpesmente nadar, mas quando ela começa a cair na mesmice pode ser o começo de um desastre.
Ou seja, as mesmas provas levam o nadador a fazer sempre o mesmo plano de treinamento, a mesma planilha e nos lugares de sempre.
Alguns fazem há anos a mesma coisa e nada é mais desmotivante do que isso.

Motivação está interligada com meta e por isso, se queremos sair da desmotivação é preciso antes de tudo rever as metas.
Ou seja, escolher quais as corridas que desejamos participar durante o ano e especificamente treinar para cada uma delas passo a passo.
É um erro pensar que o treinamento de natação que fizemos no mês passado serve para o próximo.
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Cada nova etapa ou prova exige um estudo detalhado
Tais como:
  • percurso
  • planimetria
  • dificuldades da prova
  • que horário será a largada
  • que época do ano
  • se costuma fazer frio ou calor e se costuma chover para não ficar da mesma forma arranjando “desculpites” para insucessos do tipo está muito calor
  • acesso ao local
  • tudo o mais como se essas dificuldades não existissem para ou outros.
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Depois é hora de rever com o treinador qual o plano de treinamento mais adequado à prova e o tempo pretendido.
No dia anterior o que vai comer, a que horas, que maiô vai usar, qual o o óculo, se as unhas estão cortadas, que hora vai dormir e acordar.
Tudo isso faz com que o nadador se mantenha motivado, ocupado e disciplinado com a prova o tempo todo.
A disciplina é um forte aliado contra a desmotivação.
O estudo detalhado da natação não termina no fim do treino ou da prova.
É preciso analisar os erros e acertos aprimorando os acertos e corrigindo os erros para as próximas investidas.

Mesmo o nadador sabendo o que quer, diariamente pode ser influenciado tanto de forma negativa como positiva pelo meio externo tais como pessoas ou mesmo acontecimentos inesperados que poderão diminuir ou aumentar a motivação.
De qualquer forma a motivação é algo que acontece em função de uma combinação de fatos que mexe com o nosso interior influenciado pela personalidade, percepção individual ao meio ambiente, interações humanas e as emoções de cada um e de maneira nenhuma é uma receita de bolo que dá certo ou não para todo mundo.
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Oque é A Síndrome de Burnout
É um tipo de desmotivação desencadeada por um estresse diferente do comum. Ou seja, uma resposta crônica ao estresse com relação direta a determinadas profissões que lidam com o público, mas pode atingir o nadador.
Burnout vem de: “burn” = queima + out = exterior.
O sujeito se mostra emocionalmente exausto justamente por tanto lidar com as mesmas pessoas, mesmas conversas, mesmas dificuldades, vitórias e derrotas.

Alguns autores diferenciam a Síndrome de Burnout do estresse genérico por estar especificamente relacionado ao relacionamento interpessoal, seja profissional ou não.
O sujeito afetado se apresenta constantemente irritado com tudo e com todos, de “saco cheio” justamente com a classe que mais se relaciona, no caso com os próprios nadadores que ele gosta tanto.
Nesse caso o tratamento mais lógico é se afastar e fazer outras atividades tais como natação, ciclismo, caminhada, musculação com o objetivo de descansar e conhecer outras pessoas.
Em pouco tempo o corredor sente saudades da corrida e até daqueles “papos” que tanto irritava e volta porque essa é a sua “tribo” e não tem jeito de se afastar por muito tempo.

A Natação tem uma energia diferente que no bom sentido vicia.


Emagrecer, aumentar resistência, melhorar seu tempo , participar de alguma grande prova, curtir a água ou simplesmente se refrescar...
Seja qual for sua motivação ela será sempre muito válida e importante
para você e todos que estejam ao seu lado ela pode mudar ou evoluir mas ela é única e pessoal...

Aproveite-a!!