A técnica de nado em natação é algo que varia (e muito) de um atleta para o outro.
Varia de um programa para o outro, e muito mais ainda de um técnico para o outro.
Determinadas posições de entrada da mão na água, padrão de respiração, ritmo de batimento de pernas, até mesmo posição na saída de bloco, são todas variáveis que se alternam em diferentes opções com várias formas de bons resultados.
Entretanto, existem algumas VERDADES ABSOLUTAS nas técnicas de natação.
São técnicas que se enquadram em qualquer nadador, programa ou treinador.
São questões que mesmo sofrendo adaptações, são aceites e aplicadas nos atletas de alto nível e padrão técnico.
Confira as VERDADES ABSOLUTAS nas técnicas de natação:
1) FLEXIBILIDADE DO TORNOZELO: Nadadores com maior índice de flexibilidade nos tornozelos têm melhores aproveitamentos nos trabalhos de pernas.
2) COTOVELO ELEVADO DURANTE TRAJETO SUBAQUÁTICO: Talvez a mais absoluta e incontestável de todas elas.
Fazer a braçada de qualquer estilo com o cotovelo mais alto do que a mão é uma necessidade.
3) ALINHAMENTO HORIZONTAL: Esta Verdade Absoluta não era tão absoluta alguns anos atrás.
O objetivo de minimizar a resistência sempre existiu, mas nesta última década passaram a intensificar o treino de controlo e balanço corporal, equilíbrio, postura e alinhamento.
4) POSIÇÃO DA CABEÇA RELATIVAMENTE AO CORPO: Com muita freqüência nadadores fazem movimentos desnecessários com a cabeça.
O fator mais importante nesta Verdade Absoluta é entender que movimentos desnecessários só aumentam a resistência e não acrescentam na ação propulsiva.
Para uma análise biomecânica sobre a flutuação tem que se considerar dois pontos estratégicos:
- o centro de empuxo
- centro de gravidade.
Quando o centro de gravidade do nadador e o centro de empuxo coincidem, ou estão verticalmente um acima do outro, o corpo manterá a sua posição horizontal.
Quando o centro de empuxo não coincide com o centro de gravidade ou não está juntamente com ele sobre a mesma linha vertical, quase invariavelmente o centro de empuxo situa-se mais próximo da cabeça do que o centro de gravidade.
Quando isso acontece significa que o peso e a força de empuxo agem como um binário que tende a forçar as pernas e pés em direção para baixo.
Nestes casos os pés caem regularmente até que seja alcançado um ponto em que o centro de gravidade e o centro de empuxo estejam ao longo da mesma linha vertical, de seguida o corpo flutua nesta posição.
A título de curiosidade é provado cientificamente no âmbito da mecânica dos fluidos que o volume máximo de água que uma nadadora pode deslocar é igual ao volume do seu próprio corpo.
Fonte: www.bestswimming.com.br
Colwin, C. M. (1998). The Crawl Stroke. Swimming Technique,
Colwin, C. M. (1999). Swimming Dynamics. Winning Techniques and Strategies. Masters Press. Lincolnwood, Illinois.
Costill, D.L.; Maglischo, B.W. e Richardson, A.B. (1992). Swimming. Blackwell Scientific Publications, London.
Vilas-Boas, J.P.; Soares, S. (2003). O ensino-aprendizagem das técnicas de nado. Mariposa, Costas, Bruços e Crol. Textos de apoio da II Acção de Formação do Viana Natação Clube - "O Ensino da Natação no Sistema Educativo". VianaNC, Viana do Castelo.
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