Troféu Maria Lenk esquenta disputa entre clubes na natação em 2010
Em um ano sem competições importantes na natação, como Mundial ou Olimpíada, o Troféu Maria Lenk - considerado o Campeonato Brasileiro de Clubes - volta à sua função inicial, ou seja, mostrar qual o melhor time do Brasil.
Sem a pressão da busca por índices (a seleção que disputará o Pan-Pacífico, em agosto, já está praticamente formada), o foco principal da disputa será a rivalidade entre equipes, algo que sempre ocorreu, mas como pano de fundo.
César Cielo é mais uma vez protagonista.
Depois de sete anos defendendo o Pinheiros, clube pelo qual se tornou campeão olímpico, mundial e dono dos melhores tempos do mundo nos 50 e 100 metros livre, ele vai estrear com a camisa do Flamengo, depois de uma conturbada e fracassada negociação com o Corinthians.
Ao seu lado, outros dois nadadores vestiram o uniforme flamenguista: Nicholas Santos e Henrique Barbosa.
O Pinheiros, principal celeiro da natação brasileira, ainda perdeu Poliana Okimoto, campeã do Copa do Mundo de maratonas aquáticas, para o Corinthians, time que também contratou Thiago Pereira.
Mas o nadador, maior medalhista dos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007, fará no Troféu Maria Lenk a sua despedida do Minas, clube que defendeu por nove anos.
César Cielo admite que essa movimentação, que mistura a disputa de clubes "de sócios" com clubes que tem o futebol como carro-chefe, pode impulsionar a natação no Brasil. "É uma novidade, que está trazendo mais atenção ao nosso esporte. Acho que ficará mais interessante de assistir, porque não haverá só disputa entre atletas, mas também entre equipes. É bom tirar o monopólio", afirmou.
Mesmo assim, o maior nadador brasileiro da história acredita que a disputa pelos primeiros lugares nesta edição ainda ficará entre Pinheiros (que busca o oitavo título seguido do Troféu Maria Lenk) e o Minas. "Acredito que Flamengo, Corinthians e Unisanta vão se enfrentar pelo terceiro lugar", avisou César Cielo. (AE)
César Cielo O Recordista mundial, César Cielo confirmou o favoritismo e venceu a final dos 50m livre em 21s80, faturou a primeira medalha individual como atleta do Flamengo, mas não conseguiu bater o tempo de Alexander Popov. Antes da era dos "supermaiôs", trajes de alta tecnologia que ajudavam os nadadores a flutuar na água, Popov era o homem mais rápido das piscinas. Cielo estabeleceu a segunda melhor marca do ano, o primeiro sem os trajes tecnológicos, atrás apenas de Frederick Bousquet, que fez 21s71 no Campeonato Francês. Esse tempo está dentro das expectativas que o nadador tinha antes do torneio. Ele ressaltou que ainda não está em seu auge. O nadador afirma que estará em forma no Pan-Pacific, em agosto deste ano, e lá baterá a marca de Popov. "Até lá é descansar porque estou nadando pesado aqui", falou. César Cielo ainda disputou os 100m livre e os 50m borboleta no Troféu Maria Lenk. Outro destaque da prova foi Bruno Fratus. Outros resultados, porém não menos importantes... Tatiana Lemos levou o ouro nos 200m livre, com o tempo de 2m61s63. Nos 200m livre masculino, o ouro foi para o austríaco Markus Rogan, que era apontado como favorito e nadou a prova em 1m50s42. Colocado nele chegou o melhor brasileiro da disputa, André Schutz, com o tempo de 1m50s66. O terceiro lugar ficou com Vinícius Waked. Flávia Delaroli liderou os 50m livre e venceu com vantagem, fechando a prova em 25s27.
Com 21s80, nadador estabeleceu a 2ª melhor marca do ano sem os "supermaiôs"
Em junho de 2000, ele nadou os 50m em 21s64, estabelecendo o recorde mundial que durou até 2008.
Com as novas roupas, diversos recordes foram quebrados, inclusive a marca russa.
César Cielo estabeleceu o novo mundial nos 50m livre, ao fazer 20s91 no Campeonato Brasileiro Sênior, em dezembro de 2009.
Os 21s80 é o melhor tempo do nadador sem o maiô.
Ele superou Cielo nas semifinais e chegou à decisão com o melhor tempo (22s29).
Nadando na raia quatro, o atleta do Pinheiros fez a prova em 22s30 e conquistou a medalha de prata.
O bronze ficou com Nicholas Santos, companheiro de Cielo no Flamengo, com o tempo de 22s77.
A prata foi para Manuella Lyrio. O pódio foi completado por Poliana Okimoto. A nadadora do Corinthians se destaca pela versatilidade na água. Poliana é a campeã mundial de maratona no mar, venceu os 800m livre na competição em Santos e, agora, leva mais uma medalha.
Joanna Maranhão venceu os 400m medley para mulheres, depois de abrir vantagem logo nas primeiras voltas e marcar o tempo de 4m44s31.
No masculino, o ouro foi para Thiago Pereira, que compete o seu último torneio pelo Minas.
O nadador, que já tem contrato assinado com o Corinthians, venceu a prova com folga, em 4m17s59, quase 10 segundos à frente do medalha de prata Renato Barufi (4m27s81).
Thiago Pereira conquistou medalha de bronze, nos 200m peito ,completou a prova em 2min14s32.
A vitória nos 200m peito foi de Tales Cerdeira, do Pinheiros, com 2min10s91.
A medalha de prata ficou com Henrique Barbosa, do Flamengo, com 2min14s13.
Thiago Pereira também participou do revezamento 4x50m, em que a equipe do Minas terminou na quarta colocação.
O primeiro recorde quebrado no Troféu Maria Lenk 2010 foi batido por um austríaco, apenas no segundo dia da competição.
Markus Rogan, que nada pelo Minas Tênis, venceu a final dos 200m costas com 1min58s21.
Com o tempo, superou o recorde do campeonato (1min58s82), que era de Lucas Salatta desde 2008.
O tempo de Rogan é o quinto do mundo em 2010 o melhor é o japonês Ryosuke Irie, com 1min55s11.
O feito impressiona porque a maioria dos tempos de finais em Santos, até agora, são bem piores do que os do ano passado, na mesma competição e no mesmo período.
Nenhum comentário:
Postar um comentário