Esse é um acontecimento que traz várias mudanças na vida de um casal.
E então bate a dúvida: o que posso ou não fazer, quais são as atividades indicadas, o que pode prejudicar meu bebê?
Antes de engravidar, praticava natação. Posso continuar? Até quando?
De maneira geral, existem algumas boas dicas para a mulher que pretende se exercitar mas não tem possibilidade de participar de algum programa específico:
.Em qualquer programa que inicie, não realize sem orientação de um professor e orientação médica..Atente as recomendações:
1-Procure sempre se manter durante o exercício numa intensidade de leve a moderada, ou seja, de maneira que você possa manter uma conversa sem se sentir ofegante, por exemplo.
2-Use roupas adequadas, maiôs confortáveis que pressionem em excesso o abdomen. Toucas que não incomodem prejudicando a circulação.
3-Durante a gestação sua flexibilidade altera, em condições normais a água propicia maior amplitude articular, articulares, por isso muita atenção também ao alongamento pré e pós atividade.
4-Mantenha sempre uma garrafa de água por perto para que você possa se hidratar sempre que sentir necessidade.
5-Se nadar ao ar livre observe o melhor horário, pela manhã cedo ou no final da tarde, horários em que o sol é mais brandos e com umidade do ar mais agradável, mas ainda assim use filtro solar para evitar aparecimento de manchas, muito comum na gravidez.
6-De maneira geral, é indicado nadar de duas a três vezes por semana durante aproximadamente trinta minutos. (pode ser 45min. mas o aproveitamento maior ocorre nos 30min.)
7-Existem também algumas sensações que sinalizam a hora de interromper a atividade e consultar seu obstetra como dor no baixo ventre, sangramento vaginal ou líquido escorrendo, forte dor de cabeça repentina ou tontura, contração uterina, náusea e ânsia de vômito, visão borrada ou manchas na frente de seus olhos, palpitação ou falta de ar.
Desde que bem executado, o exercício traz inúmeros benefícios.
Pesquisas comprovam que a atividade física auxilia na manutenção do peso e portanto, na prevenção de doenças associadas ao sobrepeso como diabetes e hipertensão arterial, diminui complicações obstétricas, o risco de parto prematuro, a fase ativa do parto, ou seja, a mulher fica mais forte para ajudar seu bebê a nascer e diminui também a incidência de cesárea, além de melhorar a capacidade física para o parto e para cuidar do recém nascido.
A natação além de propiciar benefícios físicos, pode ser também mais um momento de muito prazer em que a mulher percebe as transformações trazidas pela gravidez, vivencia as mínimas sensações de seu corpo e do seu bebê e assim se prepara para a maternidade.
Portanto, consulte seu médico e aproveite!"
Outra atividade bastante indicada é a hidroginástica para Gestante.
Pesquisas, quando realizadas, nunca concluem exatamente o que ocorre durante o período gestacional, pois nem médicos, nem pesquisadores, nem as próprias gestantes querem correr qualquer tipo de risco.
Infelizmente, nenhum padrão de exercícios foi propriamente desenvolvido para gestantes, e alguns trabalhos domésticos são extremamente mais árduos do que uma atividades físicas bem orientadas.
Se, por um lado, a comunidade médica falha em pesquisas concretas e estabelece programas pré-natais com base puramente científicas, por outro lado os defensores ferrenhos do esporte promovem programas específicos desprovidos de bases científicas, de avaliações clínicas e supervisão médica.
Há varias discussões, em torno da conveniência, ou não, da prática de atividades físicas durante a gravidez e várias restrições.
Temos que ter em mente todo o processo que acontece durante a gestação e que provoca profundas alterações metabólicas e hormonais, modificando respostas às atividades físicas.
Mudanças no Organismo, quais ?
São várias as modificações anatômicas que ocorrem durante o período gestacional, modificações estas que devemos levar em conta para efetuarmos qualquer atividade física na gestante.
A estabilidade acontece através de um trabalho maior da musculatura e ligamentos da coluna vertebral.
Á medida que o volume da barriga aumenta, mais a postura da gestante se modifica.
Com a barriga aumentada, para não cair para a frente, ela força o glúteo para trás – “arrebitando o bumbum” - , o que ocasiona dores e desconfortos nas costas e na região lombar. Em algumas gestantes, existe uma separação nos músculos do abdômen, indo metade para cada lado, formando um “vergão” ou linha no meio do abdômen. Esses “vergões” podem ter coloração que varia do vermelho ao azulado, dependendo de cada tipo de pele.
A cintura pélvica (o quadril) tem sua mobilidade articular aumentada em aproximadamente 60%, pois seus ossos, unidos por fibrocartilagens, sofrem diretamente a ação da relaxina (hormônio produzido para afrouxar os ligamentos pélvicos).
O quadril aumenta seu tamanho para ampliar o espaço e abrigar o bebê e a gestante para andar tem que voltar os pés para fora – Marcha Anserina (andar de pata).
A parede abdominal é a primeira a sentir as modificações : o útero tem seu eixo vertical e exige dela uma sustentação total, deslocando o centro de gravidade da mulher, o que resulta em uma rotação pélvica e uma progressiva lordose lombar.
O diafragma (músculo responsável pela atividade respiratória) fica pressionado pelo aumento uterino, dificultando a respiração da gestante. O aumento da barriga dificulta a respiração e a própria Natureza se encarrega de acertar isso, passando a gestante a respirar mais no peito do que no abdômen, no final da gestação.
A respiração abdominal deve ser treinada para se ter os músculos do abdômen fortalecidos, oxigenando também o bebê e realizando o trabalho de relaxamento.
O estômago tem eixo alterado de vertical para horizontal, tornando o processo digestivo alterado e mantendo por mais tempo a presença de enzimas digestivas. Durante a gravidez, o estômago desloca-se para cima e para trás, para poder dar espaço para o bebê; isso ocasiona bastante mal-estar às gestantes, e para que sintam algum alívio devem comer pouco e várias vezes ao dia, além de evitar alimentos ácidos, fortes e condimentados, que possam dificultar ou tornar a digestão mais demorada.
As glândulas mamárias têm seu volume aumentado, ocasionando uma maior solicitação dos músculos dorsais e peitorais, além de uma flexão anterior da coluna cervical aumentada. Com os seios aumentados pela presença do leite, além de mudanças na postura, existe um desconforto em manter posições por muito tempo. Por exemplo, ficar muito tempo em pé ou sentada causa grande desconforto algumas vezes. Para que isso seja aliviado, deve-se alternar posturas e sempre que possível alongar-se ou simplesmente espreguiçar-se.
Alterações metabólicas mais apresentadas no período gestacional
- Aumento no metabolismo basal (uma pessoa não grávida te em repouso, descansada, seus batimentos cardíacos estabelecidos entre 70 e 80 por minuto; já a gestante, os tem, em repouso, por volta de 80 e 90 em média. Isso já mostra que ela está em freqüente estado de “exercício”, tendo todo o seu metabolismo alterado. Por isso, o cuidado deve ser intenso com relação à freqüência cardíaca durante a atividade física, seja ela qual for, não deixando exceder nunca os 140 bpm).
- Retenção hídrica e de sais mineraiS (os rins, devido a sua localização próximo ao diafragma, curvam-se para a frente durante a inspiração – pegar o ar – e voltam ao normal durante a expiração – soltar o ar. Esses movimentos estimulam a eliminação da urina. Esses órgãos sofrem profundas modificações, de modo que essa eliminação fica alterada. Se a urina não for totalmente eliminada, podem ocorrer os edemas – inchaços – que tanto incomodam a mulher).
- Aumento do consumo de oxigênio (com a gravidez, o consumo de ar é aumentado em função de ele estar sendo também absorvido pelo bebê, por isso e também pela respiração, a gestante está sempre muito cansada).
- Aquisição de gorduras (o ganho de gordura é um fator diferenciado para cada mulher, dependendo da tendência anterior, da dieta seguida, dos alimentos ingeridos, mas sempre vai existir. O ideal, segundo os médicos, é adquirir no máximo 10 quilos durante os nove meses, se possível, menos de um quilo por mês.
- Aumento do débito cardíaco, pois uma parte está dirigida a tecidos não musculares. Com isso, as taquicardias e a mudança nos batimentos cardíacos são uma constante.
- Declínio da atividade do trato gastrointestinal (é muito comum nas gestantes as queixas sobre dificuldade no evacuar, presença de gases e regurgitamento após as refeições; isso acontece pela alteração na posição dos intestinos, que ficam muito “apertados” com o aumento do volume da barriga).
- Resistência periférica diminuída (a circulação também é profundamente alterada pelo aumento do volume uterino, além da circulação estar sendo mais solicitada para alimentação e necessidades básicas do bebê).
- Alterações no sistema endócrino (aumento na produção de resíduos, intolerância ao calor, instabilidade emocional). A disfunção nos hormônios faz com que a gestante seja uma “bomba” de mudanças hormonais, alterando não só sai emoções, como também a maioria dos seus hábitos anteriores.
- Aumento da capacidade inspiratória e queda na reserva expiratória, cerca de 15%. Por isso, durante os exercícios respiratórios, deve-se sempre pedir para que a gestante solte o ar por mais tempo do que respire, para eliminar incômodos como tonturas e dores de cabeça.
- Aumento do volume sangüíneo (em torno de 30%) e do volume plasmático (cerca de 40%). As gestantes costumam ter as mãos e rosto com coloração modificada em função dessa mudança circulatória.
Modificações Gerais no Organismo Feminino Durante a Gravidez
No período gestacional, o aumento de cada célula acontece em função do acúmulo de líquidos, sais minerais e muitas outras substâncias.
Aumento líquido ocorre no tecido e os vasos sangüíneos e linfáticos também tem uma considerável alteração de volume (inchaços constantes).
Os tecido cutâneo e subcutâneo (a pele) distendem-se alterando consideravelmente a silhueta feminina.
A musculatura, impregnada de líquido, tem seus ligamentos e tendões afrouxados, os quais se tornam incapazes de funcionar como sustentadores. Todos os movimentos devem ser cuidadosos, pois existe um risco maior de lesões nas articulações.
Os tecidos cartilaginosos e ósseos sofrem também modificações, mais acentuadas, na cartilagem da sínfise púbica, nas articulações sacro-ilíacas e nos discos intervertebrais, que recebem carga aumentada durante todo o processo gravídico.
Os ossos estão bem mais frágeis e com seus ligamentos mais frouxos, por isso, não se deve trabalhar com carga exagerada nos exercícios, para não aumentar os riscos de lesões.
O aparelho locomotor apresenta dificuldades devido à diminuição da rigidez do aparelho ligamentoso, o andar da gestante é modificado – passa a andar com os pés para fora, marcha anserina – e ao ficar parada passa a empurrar a barriga para a frente ( “arrebitando o bumbum” ), alterando assim sua postura e fazendo com que sinta dores e desconfortos.
- Prescrição médica. Para qualquer atividade física com gestantes são necessárias sempre as prescrições e avaliações médicas, sem isso o profissional estará sujeito a correr risco desnecessários.
- Não objetivar o condicionamento físico, não aumentar a atividade física de antes da gravidez. Não se deve ter como objetivo o aumento do condicionamento físico, pois com a gestante ocorre exatamente o inverso: sua resistência inicial tende a diminuir. O ideal é não aumentar a atividade física ou mantê-la desenvolvida como antes de engravidar (não deixar para começar a fazer exercícios somente ao ficar grávida).
- Realizar exercícios que não levem à fadiga, com duração de no máximo 30 minutos de atividade vigorosa, sempre entre 50% e 70% da capacidade máxima da gestante. Durante a atividade física com as gestantes, o cuidado para não cansá-las é essencial e deve ser uma preocupação constante do profissional; a parte mais “forte” da aula (parte aeróbia) deve ser de no máximo meia hora e a freqüência cardíaca não deve exceder a capacidade média individual de cada aluna.
- Manter a freqüência cardíaca até no máximo 140 bpm; cada gestante tem seu limite de batimentos cardíacos prescritos pelo médico, de acordo com seu histórico médico. Algumas devem trabalhar até máximo110 a 120 bpm (as que têm gravidez consideradas de risco: hipertensas, idade avançada, placenta prévia.)
- Evitar o aumento na temperatura corporal (evitando lugares muito quentes e água no máximo a 32 graus no inverno). Durante a atividade física, a temperatura do corpo tende a subir; se o ambiente ou a água estiverem muito quentes poderá ocorrer na gestante uma hipertermia (excesso de calor). Além disso, deve-se evitar roupas muito pesadas ou quentes. Ressalta-se que as diferenças ambientais e climáticas também devem ser levadas em consideração, bem como a época do ano: inverno ou verão. Em São Paulo, por exemplo, a temperatura da água pode ser mais elevada, por volta dos 31 graus no inverno e 29 no verão; já no Nordeste, deve ser mantida em no máximo 28 graus no inverno e 26 no verão.
- Evitar exercícios em gestante que tenham riscos comprovados pelo obstetra responsável. Por isso, a necessidade da prescrição médica já mencionada.
Recomendações importantes no trabalho com gestantes
- Evitar alto impacto, mudanças bruscas de direção e exercícios de duração muito longa.
- Trabalhar o alongamento sem chegar ao limite máximo da resistência.
- Trabalhar o equilíbrio na água de forma lenta e gradativa.
- Evitar elevações da perna à frente e ao lado muito repetitivamente (em função do encurtamento da musculatura do quadríceps).
- Evitar flexões e extensões articulares (frouxidão ligamentar).
- Checar o pulso da gestante a cada 5 minutos, durante atividade cardiovascular.
- Ensinar a forma correta de entrar e sair da água (sempre utilizando a escada).
- Evitar exercícios com muita amplitude articular (respeitar o limite individual).
- Parar as atividades assim que a gestante apresentar algum sintoma fora do comum. A gestante deve ser orientada a respeitar seu próprio corpo e acatar a posição do médico com relação às atividades liberadas. Qualquer sintoma incomum ou fora dos padrões normais deve ser imediatamente comunicado pela gestante ao profissional que, se possível, comunicará ao médico dela, senão deve aconselhá-la a fazer essa comunicação imediatamente.
Síndromes mais comuns
- Síndrome do ligamento redondo (sensação de peso e repuxamento nas laterais da pélvis, aparecendo por alguns dias até que os ligamentos se adaptem ao aumento do volume uterino).
-Síndrome do túnel do carpo (edema que ocasiona o inchaço nos pulsos, provocando formigamento e adormecimento nos membros superiores quando flexionados).
- Diástase do reto abdominal (relaxamento do tecido fibroso que une os dois retos abdominais no centro do abdômen).
- Síndrome de hipotensão na posição supina (compressão da veia cava inferior, diminuindo o retorno venoso, causando náuseas, tonturas e dores de cabeça).
- Hipercifolordose (causada pelo deslocamento do centro de gravidade para a frente e pelo aumento do volume mamário).
- Cãimbras (causadas pela diminuição de sais minerais, potássio e cálcio, além de vitaminas A e E, absorvidas pelo bebê).
- Náuseas e refluxo (causados pelo aumento da pressão gastroesofágica e diminuição da resistência do esfíncter).
Contra-indicações segundo o A.C.O.G
Relativas
· Anemia ou outros distúrbios sanguíneos
· Disfunção tireoidial
· Disritmia cardíaca
· Diabetes
· Obesidade excessiva
· Histórico anterior de vida excessivamente sedentária
· Falta de peso excessiva
· Apresentação pélvica durante o terceiro trimestre
· Placenta prévia
· Infecções generalizadas (garganta, ouvido, gastrointestinais)
Absolutas
· Diagnósticos de placenta prévia sem acompanhamento médico
· Doenças cardíacas graves e em evidência
· Trabalho de parto prematuro
· Histórico de três ou mais abortos espontâneos
· Tromboflebite
· Hipertensão séria
· Ruptura de bolsa e/ou sangramentos
· Falta de controle pré-natal
Alguns sinais e sintomas que indicam a interrupção da atividade física:
- qualquer tipo de dor no peito
- contrações uterinas com intervalo pequeno (20 min.)
- perda de líquido (intenso ou leve)
· vertigens e/ou fraquezas
· dificuldade em respirar
· palpitações e/ou taquicardias contínuas
· inchaços que não diminuem
· dor nos quadris ou no púbis
· dificuldade excessiva em caminhar
· dor nas costas intermitentes ou que não aliviam na água ou em posições confortáveis
· falta ou diminuição nos movimentos do bebê.
O profissional deve orientar a gestante a reconhecer e estar sempre atenta ao aparecimento de qualquer sintoma diferenciado no seu dia-a-dia, sempre comunicando a ocorrência ao médico imediatamente.
Vantagens do trabalho aquático na gestação
Durante a gestação a queixa mais comum é a do “corpo pesado”, o que na água é reduzido, fazendo com que as alunas se sintam realizadas durante a execução dos exercícios aquáticos, reforçando o lado psicológico de cada uma.
A flutuação fornece suporte completo a elas, resultando em efeitos que me terra seriam praticamente impossíveis, ou pelo menos desconfortáveis.
A liberdade durante a flutuação ajuda a aumentar a amplitude dos movimentos sem a resistência do atrito, auxiliando a movimentação.
Além disso, com o corpo submerso, o estresse articular também é diminuído, o que deve ser levado em consideração na execução dos exercícios de alongamento.
O trabalho aquático produz ainda uma menor incidência de varizes, um controle maior sobre a freqüência cardíaca materna e fetal, um aumento na diurese diminuindo a formação de edemas, um controle sobre o aumento de peso, o aumento da resistência muscular, um controle postural acentuado e a melhoria na sociabilizarão e auto-imagem.
Desvantagens do trabalho aquático
Os benefícios superam em muito as desvantagens, porém devem ser citados para que os profissionais tenham uma maior noção do gruo especial que têm em suas mãos.
Deve citar:
· A dificuldade na fixação e no isolamento dos movimentos.
· A ansiedade causada em pessoas com medo da água.
· As repetidas saídas da piscina em função do aumento da diurese.
Efeitos terapêuticos da água
Quanto à dor e aos edemas
A água relativamente aquecida reduz a sensibilidade das terminações nervosas sensitivas, proporcionando a diminuição da dor e, pela ação da pressão hidrostática a diminuição de edemas.
Quanto à musculatura
A partir do aquecimento muscular, ocorre a diminuição do tônus muscular, favorecendo o relaxamento e a diminuição dos espasmos musculares, além do alongamento muscular, fortalecendo e aumentando a resistência muscular.
Quanto à articulação
Facilita a mobilidade e a manutenção da amplitude articular com menor esforço.
Quanto ao equilíbrio e esquema corporal
Utilizando-se as propriedades físicas da água, é favorecido o equilíbrio, a recuperação e a conscientização corporal.
Quanto à reeducação da marcha
A relação entre profundidade e descarga de peso corporal favorece a etapa de suporte de peso na reeducação da marcha (alterada pela modificação pélvica). Quanto mais profunda a água, menor a descarga do peso corporal sobre os membros inferiores.
Os trimestres gestacionais
Primeiro trimestre – “ajustamento”
Confirmada a gravidez, aparecem outros sentimentos como: aceitação ou rejeição do bebê; capacidade ou não de levar a gravidez à frente; dúvidas; aumento da necessidade de atenção e carinho: repressão e identificação com o feto; oscilações de humor como esforço de adaptação à nova realidade; desejos e vontades; acentuada languidez e fadiga; intumescimento dos mamilos e micção mais freqüente; além do aumento do apetite.
Devido à influência dos hormônios, é comum no início da gravidez a eliminação das enxaquecas em gestantes que apresentavam, antes de engravidar, esse tipo de problema.
As náuseas e os vômitos apresentados nesse período não têm uma causa específica, embora sua origem possa ser psicológica e/ou física.
Segundo trimestre – “bons momentos”
Geralmente é o período mais estável no que diz respeito ao lado emocional, principalmente por haver uma participação mais ativa do marido (em função de serem percebidos os primeiros movimentos fetais, pois o bebê pesa aproximadamente 35 gramas e mede mais ou menos 10 cm).
Nesse período, podem aparecer alterações na sexualidade, com diminuição da libido (alterações morfológicas, rejeição ao marido, proteção ao feto e fatores culturais) ou aumento da libido (congestão pélvica, necessidade de maior proximidade do parceiro e necessidade de firmar-se sexualmente como a mesma mulher de antes). O medo da irreversibilidade (volta à antiga forma) é constante, além da introversão e passividade.
Como sintomas físicos, apresentam-se as náuseas e vômitos, de forma mais espaçada, e os sintomas de pressão no baixo ventre, além de azia e ventosidade mais freqüente: hemorróidas e varizes também aparecem habitualmente.
Terceiro trimestre – “expectativa”
Neste período, a proximidade do parto e mudanças na rotina provocam na mulher os sentimentos de ambivalência, tais como ter o filho logo ou prolongar a gravidez, medo da própria morte ou a do bebê, ter leite em pouca quantidade ou não tê-lo, alterações no tamanho da vagina, tê-lo mal formado ou doente; fantasias e sonhos completados por informações alarmistas e a falta de apoio psicológico atuam no processo emocional da dor.
Aparecem os sentimentos de ciúme ou rivalidade na relação com o marido, preferência pelo sexo feminino ou masculino.
Nesse período, ocorre o “encaixe” do bebê e as contrações uterinas apresentam-se de forma mais constante.
A ansiedade é aliviada com o planejamento e preparação para o parto e a participação do marido tem um papel importantíssimo, bem como a participação em cursos de preparação para o parto.
Algumas dores na região inferior das costas (lombar) e, às vezes, próxima ao glúteo, com reflexo nas pernas (ciática), são comuns nesse último período, pelo aumento excessivo do peso, alterações posturais e, às vezes, psicologicamente falando, pela ansiedade final.
Respirações mais importantes a serem trabalhadas
· Respiração torácica: É utilizada somente para conscientização corporal e dos padrões respiratórios das alunas. Deve ser praticada com pouca intensidade, se possível, intercalada com outro tipo de respiração
Técnica respiratória – inspirar pelo nariz lentamente, procurando expandir o tórax, e expirar lentamente pela boca, como se estivesse assoprando uma vela.
· Respiração abdominal diafragmática: Deve ser realizada constantemente, pois favorece a descida do diafragma, aliviando prisões de ventre, melhorando a oxigenação sanguínea e, principalmente, proporcionando um relaxamento total.
Técnica respiratória – inspirar pelo nariz de forma gradual e profunda, dilatando o abdômen, como se fosso uma grande bexiga; espirara pela boca, sentindo o abdômen esvaziar
· Respiração de bloqueio: Só deve ser praticada a partir do início do quarto mês até o início do nono mês, interrompendo caso ocorram possíveis dilatações de colo ou contrações esporádicas.
Técnica respiratória – inspirar profundamente pelo nariz, realizando a respiração diafragmática; flexionar o pescoço, trazendo o queixo próximo à região peitoral, e expandir e contrair o abdômen como ser o ar fosse sair pela vagina. Lembrar sempre de forçar o diafragma a descer.
Nadar Durante A Gravidez
Os bebês, mesmo ainda no útero materno, ouvem os diálogos dos pais e aprendem muitas coisas. Por isso, se os pais vivem sempre em harmonia, trocando palavras de afeto, esperança e amor com certeza nascerá uma criança sadia e de boa índole conforme o desejo deles. Num lar de ambiente harmonioso e estimulado, crescem bons filhos.
Durante os nove meses de gravidez, a mulher passa por uma série de modificações físicas, orgânicas e psicológicas. Que a torna diferente em todos os sentidos com necessidades e interesses voltados a esta importante fase de sua vida.
A Natação e a Hidrogestante (ginástica na água para gestante), são as atividades mais indicadas para atendê-las. Por serem realizadas no meio liquido, o corpo receberá inúmeros benefícios advindos das propriedades da água, o que muitas vezes amenizará alguns incômodos comuns na gravidez (dores lombares, prisão de ventre, inchaço e outros).
Essas atividades são indicadas apenas para as gestantes que tenham uma gestação ocorrendo dentro das normalidades, podendo ser realizadas até nos dias bem próximos do parto. É de suma importância o médico (Obstetra), liberá-la para as atividades.
· Redução do edema de membros;
· Melhora a auto-estima;
· Relaxamento e massagem do corpo;
· Mantém e condicionamento físico durante a gestação, com diminuição da dor;
· Fortalece a musculatura postural, fazendo com que o peso corporal seja aliviado e melhor suportado. Dessa forma tornando a Cifolordose compensatória menos acentuada, melhorando a postura e enorme sensação de bem-estar;
Com benefícios já comprovados a atividade física passa a ter grande valor para a saúde de gestante e do bebê.
O método de contagem da idade gestacional começa mesmo antes de ter acontecido a concepção (fecundação). Dessa forma, a semana 1 começa com o 1º dia da sua última menstruação. Ainda não há bebê. A partir da concepção, no final da 2ª semana, pela nossa contagem, o bebê aparece e passará por uma série de transformações.
Nada ainda. Nesse momento está acontecendo o preparo do berço do bebê, ou seja, o útero estará sofrendo profundas modificações para receber o futuro embrião em desenvolvimento.
No final desta semana as células do zigoto se multiplicam enquanto ele caminha pela trompa, dando origem a uma minúscula estrutura (cerca de 0,2 mm de diâmetro - 5 vezes menor que a cabeça de um alfinete) que consiste de várias células agregadas em torno de uma pequena cavidade cística denominada blastocisto.
O embrião em desenvolvimento tem 3 membranas celulares. Na membrana superior (ectoderma), forma-se o tubo neural, que posteriormente se transformará no sistema nervoso (cérebro, medula espinhal), pele, pelos e cabelos, lentes do olho, revestimento dos ouvidos interno e externo, nariz, seios da face, boca, ânus, esmalte dos dentes, hipófise e glândulas mamária.
Nessa fase quase todos os órgãos e estruturas do feto estão formados. Eles continuarão a crescer e desenvolver até o parto. Os dedos das mãos e pés já se separaram e os pelos e unhas iniciam o seu crescimento. Os genitais começam a assumir seu aspecto fin al feminino ou masculino. O líquido amniótico começa a se acumular à medida que os rins do bebê começam a excretar urina.
(tomate)
(laranja)
Estamos na metade do caminho da gestação e o bebê dorme e acorda como um recém-nascido. Os cabelos do couro cabeludo começam a se formar. A presença dos pelos temporários, denominados de "lanugo", aparecem na cabeça. O lanugo cai na segunda semana após o nascimento, permitindo o crescimento dos finos pelos do couro cabeludo.
24
O feto ainda é magro e não possui muito tecido gorduroso. O bebê deve ganhar cerca de 80 gramas esta semana enquanto o corpo começa a se tornar mais rechonchudo. Esse ganho de peso é traduzido por músculos, ossos e crescimento dos órgãos e tecidos. As ondas cerebrais fetais começam a ativar os sistemas auditivo e visual.
de 24 a 27 semanas (beringela)
Seu bebê está crescendo e se desenvolvendo a uma velocidade incrível. As sobrancelhas e os cílios agora estão presentes, e os cabelos estão mais espessos. As pálpebras se abrem e os olhos estão completamente formados. O corpo está mais roliço e rechonchudo. Pesa em torno de 1200-1300 gramas, mede cerca de 35 cm da cabeça aos pés.
de 28 a 31 semanas (repolho)
O feto repousa sobre o útero - não mais flutua. Os olhos se abrem na fase alerta e se fecham durante o sono. A cor dos olhos é geralmente azul, embora a pigmentação permanente ainda não esteja totalmente desenvolvida. A formação final da pigmentação dos olhos (a cor dos olhos) requer exposição à luz e usualmente acontece poucas semanas após o nascimento.
de 32 a 35 semanas
(melão)
de 36 a 39 semanas
(jaca)
Faltando cerca de 4 semanas para o final, o feto está quase pronto para nascer. Ele pode adentrar o canal de parto a qualquer momento a partir de agora. Nesta semana a gordura está preenchendo os ombros e joelhos bem como formando dobras no pescoço e cintura. As gengivas do bebê estão bem duras agora. Ele pesa em torno de 2800-2900 gramas e mede cerca de 46 cm.
40 semanas
A última semana. O bebê pesa em torno de 3300 a 3700 gramas e mede cerca de 50-51 cm dos pés à cabeça. Nessa fase a maior parte do vérnix caseoso já desapareceu e 15% do peso do corpo é representado por gordura, 80% dos quais estão sob a pele, os outros 20% estão em torno dos órgãos; além disso o tórax se expande. No momento do nascimento, o bebe tem cerca de 300 ossos. Alguns deles vão fundir com outros mais tarde, e isto explica o porque que os adultos possuem apenas 206 ossos no corpo. O feto demonstra mais que 70 diferentes sistemas de reflexos comportamentais que são automáticos e não condicionados (não aprendidos); esses são necessários para sua sobrevida.
4 comentários:
adorei as informacoes, acabaram com as minhas duvidas.
A informação é util, mas a cor da letra não permite ler.
Obrigada
Olá, boa tarde! Parabéns pelo artigo, super completo, tirou várias dúvidas minhas e entre elas até coisas que eu nem parava para pensar.
Gostaria de saber se mulher grávida pode executar a virada olímpica. Na última vez em que nadei (semana passada) estava com 20 semanas e executei, bem devagarinho, consegui; mas depois fiquei pensando se era uma boa ideia mesmo ou se deveria evitar. Não encontrei nenhum artigo esclarecedor sobre isso na internet e preciso saber.
Hoje vou nadar de novo e não vou fazer a virada, acho melhor parar de me arriscar. Se puderem me responder agradeço muito, muito mesmo.
Grande abraço!
Bom dia, Prof teria como me passar o nome completo para uma citação em monografia? obrigado
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