A idade mínima para praticar natação não é consenso entre profissionais da saúde, educação e psicomotricidade.
A natação é uma ótima atividade para o desenvolvimento dos bebês.
A água é um meio relaxante que dá autonomia de movimentos à criança.
Esporte favorito dos médicos no que se trata de evitar lesões e desenvovler a respiração e resistência, a natação é também um dos primeiros contatos preferidos pelos pais para ensinar crianças a nadarem.
Os argumentos para a escolha vão desde a segurança - já que saber nadar é também uma questão de sobrevivência - ao fato de ser uma atividade bastante completa, a medida em que movimenta todos os grupos musculares, desenvolvendo também a capacidade aeróbica e motora das crianças.
“Além da parte física, a natação é um esporte que favorece o lúdico, principalmente quando se trabalha em grupo”, afirma Beatriz Perondi, pediatra e médica do esporte do Instituto da Criança, do Hospital das Clínicas.
Idade recomendada
Entretanto, muitos mitos e dúvidas rondam a prática da natação, principalmente na primeira infância.
A idade recomendada para o início, por exemplo, já é controversa.
Há pediatras que recomendam desde os seis meses e outros acham melhor esperar, pelo menos, até os dois anos de idade, senão mais.
Algumas crianças tem o aval do pediatra ,porém não tem maturidade pra entender a dinâmica da atividade, o convívio com pessoas diferentes.
Outras se adaptam rapidamente as aulas junto com os pais e / ou professor.
De modo geral, é entre 3 e 4 anos de idade que a criança vai obter um rendimento maior na natação.
“Antes disso, a prática pode até ser recomendada mais como uma brincadeira, um momento prazeroso, inclusive entre pais e filhos.
A criança muito pequena não entende o perigo da água, por isso é preciso ter cuidado para que ela não fique traumatizada”, constata Eliane Alfani, pneumonolista e pediatra do Hospital São Luiz.
Aptidões e vontades
A partir do momento em que a criança anda, é fundamental que ela se exercite, ainda que seja de maneira lúdica.
Correr e brincar é essencial para um desenvolvimento físico e emocional saudável.
Portanto, a escolha da natação como atividade física deve considerar as aptidões e vontade da criança.
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Assim como a maioria dos esportes, nadar não tem contra-indicações desde que cada caso, ou seja, cada criança, seja analisada isoladamente.
“Cada criança é de um jeito e tem um histórico clínico diferente.
Crianças com quadros alérgicos de pele - dermatite atópica - ou que apresentem problemas frequentes de infecção no ouvido – otites - devem ser muito bem orientadas antes de iniciarem a prática.
Às vezes é preciso prorrogar a iniciação para que não seja mais prejudicial do que saudável”, diz Paulo Telles, médico pediatra do Hospital Albert Einstein.
O mesmo alerta vale para quem encara o esporte como salvação para crianças asmáticas e com crises de bronquites.
“A natação não cura nada, nem asma, nem outras alergias respiratórias.
Funciona muito bem como um complemento, pois desenvolve a caixa toráxica, o padrão respiratório e pode diminuir o sofrimento das crises. Mas não é tratamento”, frisa a pneumologista Eliane Alfani.
Piscina com pé direito
Segundo os pediatras, atentar para o tratamento da água da piscina em que a criança nada é essencial:
- Uma pequena porcentagem de cloro sempre existe e é obrigatória pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária em todas as piscinas de uso coletivo. Mas hoje muitas são salinizadas ou tratadas com ozônio, o que reduz consideravelmente a quantidade de cloro, que pode induzir alergias de pele, olhos e narinas, minimizando incomôdos frequentes nos pequenos nadadores.
- Uma piscina com pé direito alto é mais recomendável, pois assim o cloro evaporado fica mais longe da respiração da criança”, enfatiza a pneumologista, lembrando que algumas crianças têm sensibilidade ao cloro e podem até ter piora nas crises alérgicas.
- Dar banho após as aulas com sabonete neutro, para tirar o cloro, e logo após passar um hidratante ajuda a não ressecar a pele.
- Lavar o nariz com soro fisiológico depois da aula previne crises de rinite e outros incômodos nas narina .
- Secar bem os ouvidos com a toalha - sem cotonete - ajuda a não infeccionar os ouvidos. Andar sempre de chinelo evita infecções por fungos.
A natação é uma ótima atividade para o desenvolvimento dos bebês.
A água é um meio relaxante que dá autonomia de movimentos à criança.
Entre outros benefícios, fortalece os músculos, estimula o senso de equilíbrio e melhora a postura.
Leia estas dicas e compartilhe esta atividade com o seu filho, reforçando o vínculo entre vocês.
Dicas para Natação para Bebês: - A idade mínima para começar a fazer natação é quando o bebê já desenvolveu minimamente o sistema imunológico (por volta dos 4 meses com variações individuais).
- O bebê deve realizar a atividade sempre com a mãe ou o pai.
- Demonstre segurança ao seu filho. Realize movimentos lentos e relaxados que inspirem a confiança da criança.
- Se o bebê demonstrar medo ou resistência à água, não o obrigue a fazer a atividade. Tenha paciência e promova uma aproximação gradual a cada aula.
- Siga as indicações do professor que estiver coordenando a atividade. Elementos como boias, bolas e pranchas têm um fim educativo, mas é importante utilizá-los de forma progressiva.
- Não exija que o bebê faça mais do que o professor indicar. A natação deve ser um momento de relaxamento e prazer.
- Não exponha o bebê a aulas de mais de 45 minutos. A resistência e os reflexos da criança tendem a sofrer um desgaste após meia hora de exercícios.
- Interrompa a aula se você notar que o seu filho está cansado ou com frio.
- Tenha à mão uma toalha ou saída de banho de algodão para proteger a criança assim que ela sair da piscina.
- Dê um banho cuidadoso no bebê depois de cada sessão para eliminar o cloro e outras substâncias presentes na água da piscina que possam afetá-lo.
Antes de começar as aulas de natação, consulte o pediatra. Ele avaliará se a criança está em condições de desenvolver a atividade.
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