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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Jogos Mundiais Militares- Pentatlo Naval

Com 'braçadas de dragão' e piercing no dente, brasileira rouba a cena


Carioca Simone Lima deixa o Brasil em primeiro no pentatlo naval dos Jogos Mundiais Militares após a natação. Atleta alemão bate recorde mundial

Ao sair da água, Simone Lima chamava a atenção na piscina do Cefan.
Não apenas pela grande tatuagem nas costas.
O desempenho da carioca de 29 anos superou todas as expectativas na terça-feira e levou o Brasil à liderança no invidual feminino e por equipes na disputa do pentatlo naval nos Jogos Mundiais Militares do Rio de Janeiro.
Depois de ficar em segundo na natação de salvamento, Simone foi a vencedora da prova de natação utilitária, assumindo o posto de número 1, com 3.776 pontos após três provas.




A ex-líder Caroline Buunk, da Noruegua, que venceu no primeiro dia a pista de obstáculos, agora ocupa a segunda posição, com 3.738. Ainda faltam as provas de habilidades navais e cross country anfíbio.


Com a tatugem de um dragão, Simone Lima brilha no pentatlo naval (Foto: André Durão / Globoesporte.com)- Hoje deu tudo certo.
Consegui ir bem na minha especialidade que é a natação.
No prova de salvamento até poderia ter ido melhor, mas nadei acima do meu tempo porque a água estava muito fria.
Mas tô na disputa e quero trazer a medalha de ouro para o Brasil - comemorou Simone.




Ex-nadadora do Fluminense, a bicampeã brasileira dos 200m e 400m medley (2000 e 2001) tem um estilo um pouco diferente do padrão militar.
Além da tatuagem de dragão, ela usa um piercing dental.
- Acho que fica legal. O dragão tem muito a ver comigo. É guerreiro, lutador e traz boas energias e harmonia também - explicou.





As competições de natação do pentatlo naval também fogem um pouco ao padrão.
Na prova de salvamento, os atletas nadam 50m, regatam um boneco de 60 kg, para depois carregá-lo por mais 25 metros (confira no vídeo ao lado).
No caso dos homens, a prova é feita de roupa, que eles têm de trocar debaixo d’água antes de pegar o boneco.
Já na natação utilitária, os homens nadam 125m e as mulheres, 100m, tendo que ultrapassar obstáculos dentro da piscina.

- As provas tentam simular um ambiente de combate. Você tem que fazer tudo muito rápido, porque sabe que do seu lado estão os militares mais bem preparados do mundo - disse o alemão Joerg Porschhoefer, que bateu nesta terça-feira o recorde mundial da prova de salvamento, com o tempo de 52s31.



A equipe brasileira, formada por Simone, Jéssica Lessa (10ª) e Manuella Correa (4ª), lidera o pentatlo naval feminino com 7.459 pontos.
A Suécia está em segundo entre as oito seleções, com 7.404, e a Noruega, em terceiro, com 7.384.

 
Já no masculino, o alemão Mathias Wesemann segue na ponta, com 3.767 pontos, seguido por Joerg, com 3.761. Max Santos (7º), Carlos Lourenço (10º), Alex Santana (13º), Dilvan Tribuno (15º) e Vinícius Moraes (23º) não tiveram um dia muito bom e saíram da zona de pódio no individual.
Entre as 11 equipes do masculino, o Brasil está em terceiro, com 14.625 pontos, atrás de Polônia (14.873) e Alemanha (14.753).


As disputas do pentatlo naval seguem nesta quarta-feira com as provas de habilidades navais, a partir das 9h.

Por Breno Dines

 
Mas Afinal oque é?
O Pentatlo Naval é uma competição individual e por equipes para competidores homens e mulheres.
 A modalidade é constituída por cinco eventos: Pista de Obstáculos, Natação de Salvamento, Natação Utilitária, Habilidade Naval e Cross Country Anfíbio.


Foi inventado em 1949, quando integrantes do setor de esportes da Marinha Italiana, preocupados com a aptidão física de seus marinheiros, sentiram a necessidade de um cuidado maior com as tripulações embarcadas.
A partir daí, foi estabelecido o programa de treinamento. Em 1951, conseguiram reunir em uma competição as cinco provas de técnica naval.
Seu orientador, o Capitão Giuseppe Vocaturo, propôs ao CISM que a adotasse, já que, a esta altura, já existiam o Pentatlo Militar e o Aeronáutico.

A primeira competição de Pentatlo Naval foi realizada em 1958, em Atenas.
O Brasil é tricampeão Mundial de Pentatlo Naval, em 1967, 1972 e 1986.

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