Propaganda de escola de Esteio foi divulgada em jornal da região.
Diretor justifica que objetivo era chamar atenção para afogamento infantil.
Um anúncio de uma escola de natação de Esteio, no Vale do Sinos, Rio Grande do Sul, gerou polêmica nas redes sociais após ser divulgado em um grupo que reúne publicitários e estudantes no Facebook.
A propaganda mostra, em destaque, a foto de um bebê debaixo d'água. Ao lado, menor, está a imagem que abriu a discussão: a do menino sírio-curdo que morreu afogado na Turquia, e tornou-se símbolo da tragédia dos refugiados do Oriente Médio.
Focada na natação para bebês, a propaganda da FitFlex Aquacenter está na página de um jornal impresso.
Reproduzida na internet, gerou diversos comentários e compartilhamentos. "Isso ai é zueira, não!? Diz que é, diz que é, por favor...", escreveu um internauta. "Puxa a intenção é ótima mas a forma ficou chocante. A foto do menino afogado é aquela dos refugiados...", comentou uma mulher. "Alguém avisa que o bom senso mandou um alô!", publicou outra internauta.
O trecho do texto que se refere ao menino sírio diz: "9 meses para nascer, 3 anos para crescer, e 2 minutos pra ficar sozinha em 1 minuto pode morrer afogada."
Ao ser contatado pela impressa por telefone o diretor da escola, Vinícius Maciel, que confirmou que foi a própria empresa que criou o anúncio, divulgado na edição de 3 de março deste ano do jornal da cidade, que é semanal. Ele se diz surpreso com a repercussão negativa.
"Pensamos em fazer algo para realmente chamar atenção. A gente tem uma preocupação muito antiga com isso (...) O objetivo todo era o problema do afogamento infantil", justificou o diretor, que ressaltou que hoje, após a polêmica, ele não usaria mais tal imagem.
Conforme Maciel, pessoas de outros estados estão ligando para a escola para criticar o anúncio. Já na região do Vale do Sinos, onde fica Esteio, o diretor afirma que nenhuma reclamação foi feita. "Dentro da comunidade não se fala isso."
Confira a nota da escola, na íntegra:
A FitFlex vem a público esclarecer fatos sobre material que está circulando na internet, extraído da edição de 03/03/16, do Jornal Destaque de nossa cidade. É importante inicialmente salientar o respeito da empresa por seus clientes e familiares, em especial por todas as crianças que já aprenderam a nadar em nossas piscinas.
No ano de 2011 aumentamos nossos esforços em divulgar e trabalhar com a conscientização do grave problema de afogamentos, que é uma das principais causas de morte acidental entre crianças.
Reconhecimento deste esforço nos levou ao registro no livro dos recordes em conjunto com a Maior Aula de Natação do Mundo, onde contribuímos com o segundo maior número de participantes, ficando atrás do SeaWorld's Waterpark de Orlando, EUA. O que demostra nosso compromisso com a seriedade e respeito a nossos clientes.
No final de fevereiro, após a trágica perda de uma criança ocorrida com uma família próxima da academia, morta por afogamento, decidimos fazer algo para chamar a atenção para este problema, foi então que se publicou esse anúncio.
Tentou-se mostrar que não só em uma guerra se perdem crianças, que ao nosso lado uma criança pode morrer acidentalmente afogada. No Brasil, a segunda causa de morte acidental de crianças é o afogamento, porém pouco se fala deste grave problema. A cada quatro dias uma criança morre afogada em nosso país.
No caso da polêmica que o anúncio criou, em especial no meio da comunicação social, nossa intenção também era chamar a atenção para o grave e real problema de afogamentos. A repercussão foi maior que nossas fronteiras municipais.
Temos plena consciência que esse anúncio viralizou negativamente, onde praticamente nenhum comentário se fez sobre o problema de afogamento infantil.
Fizemos um material para alertar sobre o problema e erramos, mas ao menos fizemos. Pedimos que aqueles que podem fazer algo, que divulguem formas de preservar vidas em suas cidades.
Em nenhum momento foi a intenção faltar com o respeito a quem quer que seja, tanto que ao recebermos o primeiro feedback negativo, retiramos a foto do anúncio.
Respeitosamente,
Academia FitFlex.
Tragédias humanitárias como a que testemunhamos atualmente não deve ser exploradas para gerar benefícios financeiros... Ainda mais utilizando a vida de uma criança, uma família, um povo e principalmente das consequências da guerra.
O trecho do texto que se refere ao menino sírio diz: "9 meses para nascer, 3 anos para crescer, e 2 minutos pra ficar sozinha em 1 minuto pode morrer afogada."
Ao ser contatado pela impressa por telefone o diretor da escola, Vinícius Maciel, que confirmou que foi a própria empresa que criou o anúncio, divulgado na edição de 3 de março deste ano do jornal da cidade, que é semanal. Ele se diz surpreso com a repercussão negativa.
"Pensamos em fazer algo para realmente chamar atenção. A gente tem uma preocupação muito antiga com isso (...) O objetivo todo era o problema do afogamento infantil", justificou o diretor, que ressaltou que hoje, após a polêmica, ele não usaria mais tal imagem.
Conforme Maciel, pessoas de outros estados estão ligando para a escola para criticar o anúncio. Já na região do Vale do Sinos, onde fica Esteio, o diretor afirma que nenhuma reclamação foi feita. "Dentro da comunidade não se fala isso."
Confira a nota da escola, na íntegra:
A FitFlex vem a público esclarecer fatos sobre material que está circulando na internet, extraído da edição de 03/03/16, do Jornal Destaque de nossa cidade. É importante inicialmente salientar o respeito da empresa por seus clientes e familiares, em especial por todas as crianças que já aprenderam a nadar em nossas piscinas.
No ano de 2011 aumentamos nossos esforços em divulgar e trabalhar com a conscientização do grave problema de afogamentos, que é uma das principais causas de morte acidental entre crianças.
Reconhecimento deste esforço nos levou ao registro no livro dos recordes em conjunto com a Maior Aula de Natação do Mundo, onde contribuímos com o segundo maior número de participantes, ficando atrás do SeaWorld's Waterpark de Orlando, EUA. O que demostra nosso compromisso com a seriedade e respeito a nossos clientes.
No final de fevereiro, após a trágica perda de uma criança ocorrida com uma família próxima da academia, morta por afogamento, decidimos fazer algo para chamar a atenção para este problema, foi então que se publicou esse anúncio.
Tentou-se mostrar que não só em uma guerra se perdem crianças, que ao nosso lado uma criança pode morrer acidentalmente afogada. No Brasil, a segunda causa de morte acidental de crianças é o afogamento, porém pouco se fala deste grave problema. A cada quatro dias uma criança morre afogada em nosso país.
No caso da polêmica que o anúncio criou, em especial no meio da comunicação social, nossa intenção também era chamar a atenção para o grave e real problema de afogamentos. A repercussão foi maior que nossas fronteiras municipais.
Temos plena consciência que esse anúncio viralizou negativamente, onde praticamente nenhum comentário se fez sobre o problema de afogamento infantil.
Fizemos um material para alertar sobre o problema e erramos, mas ao menos fizemos. Pedimos que aqueles que podem fazer algo, que divulguem formas de preservar vidas em suas cidades.
Em nenhum momento foi a intenção faltar com o respeito a quem quer que seja, tanto que ao recebermos o primeiro feedback negativo, retiramos a foto do anúncio.
Respeitosamente,
Academia FitFlex.
Academia FitFlex.
Tragédias humanitárias como a que testemunhamos atualmente não deve ser exploradas para gerar benefícios financeiros... Ainda mais utilizando a vida de uma criança, uma família, um povo e principalmente das consequências da guerra.
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