Desde o ano passado, quando ele conquistou cinco medalhas de ouro e quebrou quatro recordes mundiais no Mundial de Roma, o maior nadador da história deu um tempo das piscinas. Segundo seu técnico, foi o período em que ele menos treinou desde os 12 anos.
Mesmo assim, fez algo que ninguém antes dele tinha conseguido. Aos 25 anos, ele conquistou seu 49º título nacional, recorde na natação dos EUA, a mais forte de todo o planeta.
O feito foi obtido com o ouro nos 200m borboleta, no torneio em Irvine, na Califórnia, mesma piscina que vai receber, no fim do mês, o Pan-Pacífico, principal competição do ano.
O recorde veio com duas vitórias. Na primeira, nos 200m livre, ele igualou a marca de Tracy Caulkins, que tinha 48 medalhas de ouro na história da competição, nas décadas de 70 e 80. Ele entrou para história com a vitória nos 200m borboleta.
Apesar dos resultados, a fase de Phelps ainda não é boa. Ele venceu os 200m livre com o melhor tempo do ano, mas foi pressionado nos 200m borboleta, a prova que o levou para sua primeira Olimpíada, em Sydney, em 2000. O tempo de 1min56s00 está bem longe de seu recorde mundial (1min51s51) – como comparação, em suas três Olimpíadas, a única em que ele foi mais lento foi em sua estreia, em que ficou em quinto lugar na final da prova com 1min56s6
“Foi horrível. Isso só mostrou que ainda não estou pronto para tanto esforço. Disputar duas provas na sequência é difícil. Nenhuma braçada parecia certa”, disse Phelps, após a vitória. A reação foi bem diferente daquela apresentada após os 200m livre, em que os 1min45s61 o deixam no 1º lugar do ranking mundial em 2010.
“É muito legal nadar contra esses caras. Eles fazem com que você seja obrigado a dar o seu melhor”, completou Phelps, elogiando seu maior rival, Ryan Lochte, segundo colocado na prova e no ranking mundial, com 1min45s78.
Para Bob Bowman, o mentor de Phelps desde os 12 anos, a forma do nadador é normal. Segundo ele, o período pós-Mundial de Roma foi o primeiro em que seu pupilo ficou realmente afastado das piscinas. “Ele vinha treinar duas vezes por semana. O suficiente para me deixar frustrado com ele. Mas isso é normal”, admitiu o treinador.
Para Bowman, a pausa era necessária para o nadador. “Nos últimos dez anos, ele tinha dedicação integral à natação. Se continuasse naquele ritmo, dificilmente chegaria até Londres. Com essa pausa, acho que ganhamos gás para as próximas Olimpíadas”, explicou.
Michael Phelps fez o tempo mais rápido do ano nos 200 metros estilo livre. O norte-americano venceu a prova no campeonato nacional dos Estados Unidos com a marca de 1min45s61, nesta quarta-feira, em Irvine, na Califórnia. Ryan Lochte terminou em segundo, com 1min46s84, a segunda melhor marca de 2010. Em terceiro ficou Peter Vanderkaay, que registrou 1min47s78.
“Ainda fui mais lento do que quero ser. Quero dar um passo a frente nos primeiros 100 m”, disse Phelps, que largou no último bloco, mas dominou a prova de ponta a ponta.
Phelps também dominou os 200 m borboleta, prova que não perde desde 2002 e que considera especial.
O norte-americano ficou na primeira colocação com o tempo de 1min56s00 – 4s49 mais lento que o recorde mundial estabelecido por ele no Mundial de Roma.
Mesmo largando no último bloco, Phelps dominou a prova e venceu com grande vantagem para os demais competidores. O segundo colocado foi Mark Dylla com 1min57s08, seguido de Tyler Clary.
O recordista mundial Aaron Peirsol foi surpreendido por David Plummer nos 100 m costas. O nadador de 24 anos conquistou o primeiro título nacional de sua carreira ao superar o favorito na decisão. Apesar da derrota, Peirsol conquistou uma vaga na equipe que disputará o Pan Pacífico.
Você pode ter tudo planejado para sua vida aquática, mas a grande variante é o indivíduo...
Em qualquer esporte atletas tem altos e baixos não apenas no rendimento, administrar uma carreira a muito tempo não é tarefa fácil ou amadora.
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