Ondulação no nado Peito?

Na final do nado peito 100m masculino dos Jogos Olímpicos de Beijing, o japonês Kosuke Kitajima ganhou a medalha de ouro e quebrou o recorde mundial da modalidade.

Oque há de estranho nessa informação?

Não seria uma notícia incomun se o nadador não executasse uma ondulação no término da pernada na filipina, muita gente protestou.

Seria uma evolução, estaria descaraterizando o nado?

A FINA finalmente se posicionou e a polêmica chegou ao fim.

Sim, é válido. Pois não fere as regras, a pernada ou pseudo pernada é simultânea e simétrica acompanhando o movimento do corpo, término da filipina.

A modificação relativamente recente nas regras internacionais autorizou os nadadores de peito a executar um, e somente um movimento propulsivo e simultâneo no plano vertical (golfinhada) durante a braçada conhecida como filipina.

Essa alteração na regra veio na esteira de várias reclamações de que muitos peitistas já executavam uma discreta (mas até então ilegal) golfinhada durante as suas respectivas filipinas, e isso inclui até mesmo o atual Campeão Olímpico e recordista, o japonês Kosuke Kitajima.

Ou seja, optou-se por legalizar o movimento ao invés de tentar bani-lo, mesmo porque a vantagem que ele proporciona favoreceria a redução dos tempos e a quebra de novos recordes.

Aprovada a modificação pela FINA, surgiu logo uma dúvida de natureza biomecânica: em que momento da filipina deve ser feita a golfinhada?

Com que coordenação os movimentos devem ser executados?

Bem isso é assunto ainda controverso e sem uma definição muito clara.

Seja pelo pouco tempo para estudar e implementar adequadamente a novidade, seja pela individualidade que esta escolha implica, o assunto ainda está em aberto.
Pelo que temos visto na prática até aqui nas piscinas do mundo afora, a golfinhada durante a fase final de empurre da puxada longa parece ser mais bem aceita e utilizada do que a executada antes do início da puxada.