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quinta-feira, 26 de junho de 2008

POLÊMICA OLÍMPICA


As bonitas e modernas instalações construídas para os Jogos de Pequim já dão a idéia do sucesso que promete ser a competição na povos.No entanto, uma série de protestos e brigas políticas tem provado que nem tudo serão flores . As constantes manifestações contra o governo chinês e as ameaças de boicote aos Jogos são tantas que até mesmo o roteiro do revezamento da tocha olímpica sofreu alterações.

Manifestante tibetano pede um boicote às Olimpíadas de Pequim




História

A cada quatro anos são disputados os Jogos Olímpicos, uma verdadeira confraternização mundial entre os povos. No entanto, nem sempre as edições de Olimpíada foram marcadas pelo espírito de Paz.
Jogos da paz ou da guerra?
Jogos da paz ou da guerra? (Crédito: Fotomontagem de Luiz Claudio Dionysio)

Confira abaixo as interferências políticas que marcaram a história olímpica:

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A comemoração do Centenário da Olimpíada deveria acontecer em Atenas, onde foi a realizada a primeira edição dos Jogos da Era Moderna, em 1896. No entanto, a pressão exercida pela Coca-Cola, antigo patrocinador do Comitê Olímpico Internacional (COI), foi decisiva para a escolha de Atlanta. Na inexpressiva cidade do estado americano da Geórgia fica a sede da companhia de refrigerantes.

Apesar do seu gigantismo, com a participação de mais de 10 mil atletas, a Olimpíada de Atlanta foi muito criticada. Houve graves problemas de organização, principalmente no transporte e na segurança, culminando com a explosão de uma bomba na madrugada do dia 27 de julho no Centennial Park. A presença de mais de 35 mil soldados foi insuficiente para impedir o atentado em que morreram duas pessoas e outras 111 ficaram feridas.


Barcelona-1992

A cidade catalã de Barcelona, na Espanha, anunciou ao COI sua intenção de sediar as Olimpíadas de 1992 com enorme antecedência, em 17 de junho de 1980. Questões separatistas.

O Barão de Coubertin, fundador do Comitê Olímpico Internacional (COI), já tinha prometido a Olimpíada a Barcelona em 1924. Mas em cima da hora escolheu Paris, capital da França, seu país natal. Em 1936, os espanhóis também estiveram perto de sediar a Olimpíada, mas a eclosão da Guerra Civil naquele ano exigiu o adiamento do sonho olímpico. Quando enfim ganharam o direito de realizar os Jogos, os espanhóis fizeram um bom trabalho. A remodelação sofrida por Barcelona foi considerada um exemplo para o mundo todo dos benefícios que uma Olimpíada pode trazer.

Entre os Jogos de Seul e Barcelona, o mundo passou por profundas transformações geopolíticas. O mais significativo deles foi a fragmentação da União Soviética em 15 repúblicas, em 1991. Os países bálticos (Lituânia, Letônia e Estônia) voltaram a participar da Olimpíada e os demais países da ex-União Soviética formaram a Comunidade dos Estados Independentes (CEI), que desfilou sob a bandeira do Comitê Olímpico Internacional (COI). Porém, os vencedores das provas tiveram içadas as bandeiras de suas próprias repúblicas.

Além disso, a Alemanha - reunificada em 1989, após a queda do Muro de Berlim - competiu sob uma só bandeira, o que não acontecia desde 1956. A África do Sul, livre do regime segregacionista do apartheid, pôde retornar à Olimpíada. A Albânia, que estava ausente dos Jogos havia 30 anos, também retornou. A única nação impedida de participar pelo COI foi a Iugoslávia por causa da agressão militar da Sérvia contra Croácia e Bósnia, que tentavam se tornar independentes. Ainda assim, só os esportes coletivos foram atingidos pela proibição. Os demais esportistas puderam participar como "atletas olímpicos independentes".

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Los Angeles-1984 (Russos deram o troco e não foram aos EUA em 84)

Se a intenção dos soviéticos em Moscou-1980 foi mostrar ao mundo a eficiência do modelo socialista, os americanos incorporaram bem o espírito do capitalismo em 1984। Pela primeira vez a Olimpíada foi totalmente financiada pela iniciativa privada, sem apoio governamental, e ainda deu lucro de US$ 150 milhões. Tudo foi colocado à venda: desde o percurso da tocha olímpica por 40 estados americanos até a piscina olímpica, construída pela rede de lanchonetes McDonald's.
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A União Soviética e seus aliados socialistas acusaram os americanos de corromperem o espírito olímpico de amadorismo e não compareceram. Era na verdade uma represália ao boicote liderado pelos americanos em 1980. Ainda assim, conseguiu-se um recorde de países participantes: 140. A ausência dos soviéticos fez com que os Estados Unidos liderasse o quadro de medalhas com o triplo da Romênia, segunda colocada. Já a China retornou às competições após 32 anos de ausência.

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Moscou-1980 (Nos Jogos do ursinho Misha, o maior boicote da história)

Os Jogos de 1980 foram marcados pelo maior boicote da história. Liderados pelos Estados Unidos, cerca de 60 países desistiram da disputa num suposto protesto pela invasão da União Soviética ao Afeganistão, um ano antes. Alguns países, como França e Inglaterra, não mandaram delegações, mas permitiram que seus atletas viajassem por conta própria. Como conseqüência, os Jogos de Moscou tiveram apenas 80 países participantes, o menor número desde Melbourne-1956. Em 1984, os soviéticos seguiram o exemplo e arrumaram um pretexto para boicotar a Olimpíada de Los Angeles.

Apesar do boicote, a Olimpíada de 1980 foi uma das mais emocionantes, sobretudo por causa das cerimônias de abertura e encerramento. Os gastos chegaram a US$ 9 bilhões. O ponto alto foi no encerramento, quando milhares de pessoas seguraram placas formando a imagem do ursinho Misha - o mascote da Olimpíada - chorando ao se despedir dos atletas.

Com o boicote, o nível técnico da Olimpíada ficou um pouco comprometido


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Montreal-1976

Após a tragédia de Munique-1972, quando 18 pessoas (entre eles 11 atletas) morreram numa ação terrorista, os canadenses investiram pesado em segurança. Os Jogos foram protegidos por 16 mil soldados e nenhum incidente foi registrado. No entanto, os organizadores falharam na construção das instalações, que ficaram prontas às vésperas dos Jogos. Algumas sequer foram terminadas.

A Olimpíada de 1976 sofreu também com um megaboicote. Após a cerimônia de abertura, 22 países africanos, liderados pela Tanzânia, abandonaram os Jogos em protesto contra a participação da Nova Zelândia. A seleção de rúgbi daquele país havia excursionado pela África do Sul, que estava excluída do movimento olímpico devido ao apartheid (política de segregação racial).

Iraque, Líbano e Guiana também boicotaram a Olimpíada. Outro incidente aconteceu dias antes do início dos Jogos, quando o Canadá, que não reconhecia oficialmente Taiwan, proibiu a entrada dos atletas do país. Após pressões do Comitê Olímpico Internacional (COI), os canadenses autorizaram a entrada, mas os dirigentes de Taiwan se recusaram a participar.

A imagem “http://aliberdadedeimagem.blogs.sapo.pt/arquivo/Mascote%20Munique%201972.gif” contém erros e não pode ser exibida. Munique, massacreA imagem “http://images.ig.com.br/publicador/ultimosegundo/olimpiada/454/203/1/597145.munique_1972_145_199.jpg” contém erros e não pode ser exibida.

Munique-1972 (Terrorismo envergonha mundo na volta dos Jogos à Alemanha)

As disputas políticas que ameaçaram tirar o brilho dos Jogos do México-68 mancharam de vez a Olimpíada quatro anos depois, em Munique. Uma organização terrorista palestina chamada "Setembro Negro" invadiu o alojamento da delegação de Israel na Vila Olímpica, matou dois atletas e fez nove reféns. Ao final de um dia de negociação, em que as competições foram suspensas, uma tentativa de resgate fracassada resultou na morte dos nove reféns, de dois policias alemães e dos cinco terroristas. O terrorismo que tanto preocupa os organizadores atualmente em Pequim, fazia sua estréia em Olimpíadas.
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No total, o incidente paralisou os Jogos por 34 horas. Holanda e Noruega chegaram a abandonar a competição, mas voltaram atrás. Até o presidente do Comitê Organizador dos Jogos, o alemão Willi Daume, pediu o cancelamento do evento, mas o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu seguir em frente.

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Antes do início das competições, houve ameaça de boicote por parte de países da África, com o apoio da Iugoslávia e dos negros dos Estados Unidos, de ilhas do Caribe e do Paquistão. O motivo era a participação de uma delegação da Rodésia (onde hoje estão Zâmbia e Zimbábue), ex-colônia britânica que praticava o apartheid. O COI então retirou o convite à Rodésia.



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Cidade do México -1968

No ano de 1968, o mundo fervilhava. A China vivia o início da Revolução Cultural. Na antiga Tchecoslováquia, tanques soviéticos esmagavam os protestos populares no que ficou conhecido como "Primavera de Praga". Na França, o governo enfrentava manifestos estudantis e nos Estados Unidos foram assassinados o presidente Robert Kennedy e o líder negro Martin Luther King. No Brasil, os protestos contra a Ditadura Militar eram duramente repreendidos, no que culminaria com a assinatura do Ato Institucional número 5, em dezembro.

Mesmo o México vivia problemas políticos. Pouco antes do início dos Jogos, 300 mil estudantes e professores entram em greve. Dez dias antes da cerimônia de abertura, tropas do governo abriram fogo contra manifestantes na Praça das Três Culturas, matando centenas de jovens.

John Carlos (à direita) e Tommie Smith fazem o famoso gesto no pódio dos 200 m do atletismo

Arquivo/AE - 16/10/1968

John Carlos (à direita) e Tommie Smith fazem o famoso gesto no pódio dos 200 m do atletismo


O clima de revolta em todo o mundo se refletiu na cerimônia de premiação dos 200m rasos. Os americanos Tommie Smith e John Carlos, respectivamente ouro e prata na prova, ergueram o braço esquerdo com o punho fechado, reproduzindo a saudação dos movimentos de resistência negra. Os dois velocistas foram mandados de volta aos Estados Unidos, mas outros atletas negros continuaram fazendo protestos até o fim dos Jogos.

Pela primeira vez as duas Alemanhas competiram separadas, com os nomes de Alemanha Oriental (comunista) e Ocidental (capitalista). África do Sul e China não foram convidadas a participar.


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Tóquio-1964

Os Estados Unidos ajudaram o Japão a realizar os Jogos de 1964, que custaram US$ 3 bilhões. Os japoneses agradeceram a ajuda, mas não se furtaram a lembrar do horror que os americanos haviam causado 19 anos antes, com a explosão da bomba atômica em Hiroshima. Durante a cerimônia de abertura, a pira olímpica foi acesa por um estudante que nasceu em Hiroshima, no dia da explosão: 6 de agosto de 1945. A realização da Olimpíada em Tóquio era um sonho antigo. A cidade já tinha sido eleita para realizar os Jogos de 1940, que foram adiados devido à Segunda Guerra Mundial.

Para mostrar ao mundo que estavam recuperados das seqüelas da guerra, os japoneses investiram pesado em tecnologia. Pela primeira vez, foram usados computadores no lugar dos cronômetros. A partir de Tóquio, os tempos param quando os nadadores tocam as paredes da piscina no final da prova. Uma mudança significativa, já que recordes passaram a ser quebrados em quase todas as competições.

A África do Sul, por causa de sua política de apartheid, e a China, pelo conflito com Taiwan, seguiram sem participar. O Comitê Olímpico Internacional também proibiu a participação da Indonésia, porque o país tinha proibido a participação de Israel e Taiwan nos Jogos Asiáticos de 1962, em Jacarta. A Coréia do Norte também se absteve de participar. Durante a cerimônia de abertura, o Iraque se recusou a desfilar ao lado de Israel. Foram os últimos Jogos em que as duas Alemanha apresentaram uma delegação única - fato que só voltou a ocorrer em Barcelona-92, após a queda do Muro de Berlim.

Graças ao satélite Telstar, lançado ao espaço pelos Estados Unidos em 1962, alguns países de fora do continente asiático puderam assistir aos Jogos ao vivo. Na Olimpíada de Roma-1960, apenas os europeus haviam visto os Jogos em tempo real.

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Roma-1960

Novamente problemas diplomáticos, que já tinham complicado os Jogos de Melbourne, voltaram a se manifestar em Roma. A África do Sul participou pela última vez de uma Olimpíada antes de ser banida por causa da sua política de segregação racial, o Apartheid. Os sul-africanos só voltariam 32 anos depois, em Barcelona-92. A China, que abandonara o Comitê Olímpico Internacional (COI) em 1958, decidiu não participar enquanto Taiwan fosse reconhecida.


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Melbourne-1956(Apesar da Guerra Fria e dos boicotes, os 'Jogos da Amizade')

A Guerra Fria estava no auge e os Estados Unidos viveram uma situação que não acontecia desde Londres-1908, quando os britânicos lideraram o quadro de medalhas: os americanos ficaram em segundo na colocação geral. O primeiro colocado foi, claro, a União Soviética, que conquistou cinco ouros a mais do que os rivais. No entanto, a disputa foi tão leal que o evento ficou conhecido como os "Jogos da Amizade".

Pela primeira vez a Olimpíada foi disputada no Hemisfério Sul, longe do eixo Europa-América do Norte. Buenos Aires foi candidata a sede olímpica, mas Melbourne a superou por um voto. A distância entre a Austrália e o Ocidente fez com que o número de atletas diminuísse. Como o governo australiano impôs uma quarentena de seis meses a todo cavalo procedente de outro país, as provas de hipismo acabaram sendo realizadas em Estocolmo.

Mais uma vez, a política interferiu na Olimpíada. Egito, Iraque e Líbano boicotaram os Jogos em protesto contra Israel, que levou apenas três atletas, já que o resto da equipe teve de reforçar o exército. Já no continente europeu, Holanda, Espanha e Suíça anunciaram que não disputariam o evento para protestar contra a invasão soviética à Hungria. A China foi outro país em boicotar os Jogos. O motivo era a presença da delegação de Taiwan, que os chineses consideravam uma província rebelde.

A tensão entre União Soviética e Hungria era tão grande, que numa partida de pólo aquático entre os dois países os atletas trocaram socos na piscina. A polícia teve trabalho para acalmar os quase quatro mil espectadores, que queriam agredir os soviéticos. No encerramento dos Jogos, 45 atletas da delegação húngara pediram asilo político.

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Helsinque-1952

A União Soviética aceitou participar pela primeira vez dos Jogos, mas sua delegação e as dos outros países da "Cortina de Ferro" ficaram hospedadas numa Vila Olímpica à parte, no litoral do Mar Báltico. A entrada dos soviéticos fez com que os Estados Unidos tivessem pela primeira vez desde 1908 um rival à altura na disputa pelo quadro de medalhas. Esta disputa particular entre americanos e soviéticos duraria até a última Olimpíada do período da Guerra Fria, em Seul-1988.

Alemanha e Japão, que estavam ausentes dos Jogos desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, foram readmitidos. A delegação alemã se apresentou unida, sem nenhuma distinção entre os lados ocidental e oriental, apesar de todos os atletas serem da Alemanha Ocidental, pois nesta época o Ocidente não reconhecia o lado Oriental como um estado legítimo. Esteve presente também a delegação do Sarre, uma região no sul da Alemanha independente desde o final da Guerra. Quatro anos depois, em seguida a um plebiscito, o Sarre voltaria a ser uma região alemã.

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Londres-1948 (Olimpíada do Pós-Guerra)

Nem a destruição causada em Londres pela Segunda Guerra Mundial (1939-45) - que impossibilitou a realização das Olimpíadas por duas vezes -, impediu os ingleses de organizarem os Jogos em 1948. O Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta época também estava destroçado. O barão de Coubertin e o belga Henri Baillet-Latour, seu substituto, haviam morrido durante a guerra. Ainda assim, o presidente interino, o sueco Sigfrid Edstroem, levou os Jogos adiante, doze anos após a última edição, em Berlim-36.

Assim como os Jogos de 1920 aconteceram em Antuérpia, uma homenagem do Comitê Olímpico Internacional ao sofrimento do povo belga durante a Primeira Guerra Mundial, Londres teve a honra de organizá-los pela segunda vez em virtude do martírio que a cidade havia sofrido durante a guerra, especialmente com os bombardeios perpetrados pela força aérea nazista durante o período de 1940-41, que devastaram a capital inglesa.

Depois de seis anos de um conflito com milhões de vítimas e um custo financeiro impossível de se calcular, tanto a Europa quanto a Grã-Bretanha estavam arrasadas economicamente, o que tornou extremamente árdua a tarefa de organizar os Jogos. De qualquer modo, os organizadores conseguiram fazer um evento digno, restaurando o famoso Estádio de Wembley - hoje já demolido e refeito novamente - para servir como palco central dos Jogos Olímpicos.

Alguns atletas também morreram na guerra. Várias nações pediram a exclusão dos países perdedores no conflito, mas apenas a Alemanha não foi convidada. O Japão recusou o convite e a Itália decidiu mandar seus atletas. A União Soviética preferiu manter sua política de isolamento e ficou ausente dos Jogos, como já havia acontecido nas cinco edições anteriores.


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Hegemonia ariana , supremacia Nazista
Berlim-1936 (Os Jogos de Hitler)

Os Jogos de Berlim foram os mais polêmicos da história. O ditador Adolf Hitler tentou usá-los como uma maneira de divulgar o nazismo para o mundo e provar a supremacia dos alemães. Em termos de resultados, a Alemanha não decepcionou seu "führer": liderou o quadro de medalhas e organizou uma das melhores Olimpíadas até então. No entanto, o herói de Berlim-1936 foi o negro americano Jesse Owens, que conquistou quatro medalhas de ouro e recebeu suas medalhas diante do bigode indignado de Hitler, que se retirou às pressas da cerimônia.

Olimpíadas de Berlim, 1936: um negro norte-americano prova ser melhor que os atletas arianos.





Preocupados com a ascensão do nazismo, o Comitê Olímpico Internacional (COI) e os Estados Unidos tentaram desde 1933 tirar os Jogos de Berlim. Os americanos chegaram a propor uma Olimpíada alternativa em Barcelona, que quase foi aprovada.

Mobilizados pelo regime, os alemães aderiram em peso à Olimpíada: mais de três milhões de espectadores estiveram nas arquibancadas.


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Amsterdã-1928

Uma década depois do fim da Primeira Guerra Mundial, mais de 3 mil atletas tomaram parte nas competições e países impedidos de disputar a Olimpíada por causa das suas posições no conflito retornaram, como Alemanha, Áustria, Hungria e Bulgária.

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Antuérpia-1920

Uma das exigências dos belgas para abrigar os Jogos Olímpicos foi a exclusão dos países derrotados na Primeira Guerra: Alemanha, Áustria, Bulgária, Hungria e Turquia.

AP
A tensão pós-guerra ainda chamava a atenção na Antuérpia. Na foto, a delegação norte-americana
Reprodução
Medalha
Pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos Modernos, mas não pela última vez, disputas políticas impediram a participação de algumas nações. O ressentimento da Bélgica tinha explicação: o país havia sido invadido pelos alemães durante a guerra.

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Saint Louis-1904


Thomas Hics cambaleia na linha de chega


Apesar dos insistentes convites do então presidente americano Theodore Roosevelt, o Barão de Coubertin se recusou a comparecer às competições, revoltado que estava com mais uma organização deficiente.


Zulus africanos, que se tornaram os primeiros negros a participarem de uma Olimpíada da Era Moderna



















































Os jogos de Saint Louis ficariam depois com a fama de "os piores da história".

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Paris-1900

'Em casa', França vence Olimpíada-1900

Um retumbante fracasso. Assim podem ser definidos os Jogos Olímpicos de 1900. Por questões políticas, as competições foram integradas à Exposição Universal de Paris e se arrastaram por cinco meses - o Barão de Coubertin não pôde assistir de perto a uma edição condizente com os seus ideais. O Comitê Olímpico Internacional não teve grande participação na organização, o que coube aos responsáveis pela Exposição Universal. A zona foi tão grande que não havia complexos desportivos, e as provas de atletismo foram disputadas em bosques, enquanto as de natação ocorreram no Rio Sena.
Paris 1900 - Saída feita de um modesto deck de madeira situado no Rio Sena


Junto com a Olimpíada, outras atividades eram realizadas, como motonáutica, corridas em balão, natação sub-aquática, natação com obstáculos e tiro aos pombos, mas tais modalidades não foram consideradas integrantes dos Jogos.



O caos se estendeu à contagem de atletas, já que o COI contabilizou 997 atletas, número que varia de acordo com os registros da ocasião.

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Atenas-1896

Sem apoio político, a Grécia sofreu para organizar a Olimpíada, que só ganhou impulso com a demissão do premier grego, em 1895.
No dia 6 de abril de 1896, cerca de 60 mil espectadores assistiram ao retorno dos Jogos Olímpicos no Estádio Panatinaico, construído em mármore branco no pé da Acrópole.

O apoio financeiro foi dado por um milionário membro da comunidade grega de Alexandria, no Egito.

EVOLUÇÃO TÉCNICA
Fonte: Notinat

A idéia polêmica da Omega que lançou um novo bloco de partida e que gerou uma grande polêmica por ocasião do Teste Evento em Beijing ganhou asas. Asas nas discussões da polêmica e também na história deste esporte.
Um excelente levantamento histórico feito pelo site Notinat dos amigos Guillem Alsina e Roger Torne traz a evolução dos blocos de partida nos Jogos Olímpicos desde a sua primeira edição na Era Moderna.

Saint Louis 1904 - Saída de um deck improvisado agora num tanque














Em Atenas 1896, os nadadores disputaram a modalidade no mar e a saída foi feita de um barco। Esta foi a única edição em que não foram encontradas imagens da largada.























































LMolbileAntuérpia 1920 - Uma piscina de 100 x 18 com água muito fria e a saída feita pela primeira vez com uma pistola

Paris 1924 - A primeira piscina de 50 metros x 18 agora com cordas separatórias

1928 - Nenhuma mudança para a saída e os blocos de 1928 Amsterdam



Los Angeles 1932 - Agora mais larga 50 x 25 mas ainda saltando da borda

Berlim 1936 - Os primeiros blocos de partida são introduzidos mas nada para o nadador de costas agarrar

Londres 1948 - Mesmo com 12 anos de intervalo, os blocos continuam os mesmos

Helsinque 1952 - Duas asas são adicionadas facilitando o agarre do nadador de costas

Melbourne 1956 - As asas viram uma barra que fica na frente do bloco que agora tem números na frente e nos lados

Roma 1960 - Um bloco mais estilizado com material anti-derrapante em cima e os números só visualizam nos lados

Tóquio 1964 - Os primeiros blocos com inclinação e mais estilizados

Cidade do México 1968 - Pouca variação no bloco

Munique 1972 - O ângulo cai para 15 graus de inclinação e a introdução da grab start pelos americanosNotinat
Montreal 1976 - A mudança está nos agarres que agora pela nova versão do bloco podem ser feitos na frente ou do lado
Notinat
Moscou 1980 - Sem novidades apenas novo design
Notinat
Los Angeles 1984 - Poucas mudanças no bloc
Barcelona 1992 - Evolução e melhora técnica
Seul 1988

Atlanta 1996 - Blocos com agarre em estrutura para ficar dentro d´água










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Sydney 2000 - Blocos para não serem esquecidos pelos americano




Atenas 2004 - Mesmo logo, mesmo formato

Beijing 2008 - Será que vão aprovar???







Não é a primeira nem espero que seja a última olimpíada com tanta polêmica, outros jogos no decorrer da história já foram menos ou até mais questionados, a política e a guerra sempre presente . Vamos observar com muita atenção e ver o resultado.
A imagem “http://www.terra.com.br/istoeonline/images/especial_sydney.gif” contém erros e não pode ser exibida.
Tratamento aos aborígenas (nativos australianos).


A imagem “http://terra.com.br/istoe/1620/fotos/sydnei_thumb.jpg” contém erros e não pode ser exibida. Atenas destruição de monumentos

A imagem “http://www.estadao.com.br/fotos/johncarlos_olimpiada_mexico_1968.jpg” contém erros e não pode ser exibida.Questões Raciais

Um comentário:

José Antonio Garcez disse...

Muito interessante a questão das piscinas e dos blocos.

Parabéns pela pesquisa.