Viradas olímpicas de crawl são utilizadas desde as Olímpiadas do Mexico em 1968.
Até aquela época, os nadadores eram obrigados a tocar com a mão na parede.
A primeira variação foi anexar após o toque da mão na parede uma pequena cambalhota e uma saída da borda mais rápida. (virada simples)
A FINA modificou a regra e permitiu a nova virada que a partir de então deveria ser um toque de qualquer parte do corpo na parede quando todos passaram somente a executar a cambalhota normal.
Neste artigo vamos sugerir dois itens, o primeiro um processo educativo que é de grande validade para as categorias inferiores no processo de formação e aprendizagem da virada olímpica propriamente dito. O processo leva o nadador a executar a virada de crawl deixando a borda na posição de lado. (\"Todas as saídas das bordas em viradas são lado, em todos os estilos\", por Coach Alex Pussieldi 2001)
O segundo item são exercícios específicos para a melhoria na rapidez da execução da virada e com grandes aplicações para nadadores de qualquer nível ou idade, confira:
1) Faça seu nadador executar a cambalhota simples na piscina ficando no mesmo lugar em pé. Em caso de nadadores iniciantes você pode auxiliar o mesmo na execução do giro estando dentro d'agua com seu nadador e facilitando o giro com a sua ajuda. Execute de forma livre ou na propria raia pois isso ajuda ao nadador entender o processo de giro.
2) Tente ensinar a seu nadador que uma bola de ping pong gira mais rápido do que uma bola de basquete, portanto desde o princípio ensine o giro de forma compacta.
3) Faça seu atleta nadar crawl em direção a borda e executar o giro da virada o mais próximo possível da parede, sem tocar a parede e finalizar o movimento em pé junto a mesma. Fazer isso sob forma de competição vencendo aquele que tiver o rosto o mais próximo da borda sem tocar pés ou qualquer parte do corpo.
4) O próximo passado será executar a virada de crawl na parede e sair da borda na posição de costas apenas deslizando em total streamline. Não usar nenhum movimento propulsivo após a execução da virada apenas a impulsao. Isso ajuda ao nadador entender a importância deste movimento de saida da borda.
5) Executar a virada de crawl, o giro para a posição de costas mas so deixar a parede na posicao de lado. Ou seja, entre após a virada e o toque dos pés na parede na posição de costas so deixa-lá após girar o corpo na posição de lado. Deixar a parede em impulsao na posição de lado em total streamline e deslizando até a perda total da velocidade. A saída de lado da parede é algo fundamental!
6) Executar a virada de crawl, sair de lado da parede e deslizar retornando lentamente a posição ventral no deslize sem qualquer propulsao de braços ou pernas. O streamline deve ser mantido durante toda a execução da saída da borda e a execução do movimento até a perda total de velocidade. Não iniciar o nado neste exercício, apenas deslizar até perder a velocidade.
7) Finalmente, executar todos os processos anteriores e encerrar com o inicio de nado de crawl. Praticar a sequencia sem pular nenhum "degrau" antes que o movimento atinja a total perfeição de execução. Boas viradas!!!
EXERCíCIOS PARA ACELERAÇÃO DO GIRO DA VIRADA DE CRAWL
SUPER GIRO 25
1) Solicitar a seus nadadores que executem um tiro de 25 metros para tempo de crawl de cima do bloco de partida e cronometra-los.
2) Repetir o tiro de 25 metros de crawl alguns minutos depois sendo que agora ao invés dos nadadores finalizarem com a chegada eles deverão executar um giro e chegar com os pés na borda, como se estivessem fazendo a virada de crawl. Nao é necessário a saída da parede, apenas o giro e o toque na borda. Cronometrar o tiro e so parar o cronometro com o toque dos pés na parede
3) A idéia aqui é fazer com que os nadadores consigam aproximar ao maximo ou igualar e até mesmo superar o tempo anterior com a chegada normal.
Obs: Este exercício é perfeito para o desenvolvimento de giros rápidos para seus atletas. Faca-o em forma de competição e estimule a melhora geral do grupo. Em suas series de 25 no treinamento inclua alguns com este tipo de chegada, so ira contribuir para a melhora da velocidade do movimento.
SUPER GIRO PARADO VIRADA DE COSTAS
1) Colocar seus nadadores em uma area afastada da parede e na qual eles estejam afastados uns dos outros.
2) Solicitar o giro completo deles na mesma posicao, com a execucao da cambalhota logo apos o seu sinal e sem sairem do mesmo lugar.
3) Executar o trabalho em forma de competicao e estimular aquele nadador que conseguir executar o giro completo voltando a posicao normal o mais rapido possivel.
A mudança da regra da virada de costas no final da década de 80 contribuiu na quebra dos recordes das provas de 100 e 200 costas. Antes, o nadador de costas tinha de tocar na borda com o braço ou a cabeça antes de executar o giro da virada.
A virada nova, assemelha-se ao do nado livre, aonde o nadador somente tem de tocar os pés na parede não mais sendo necessário o toque da parte mais extrema do corpo (braço ou cabeça).
A virada nova, entretanto, gerou um outro problema, o tal do deslize do nadador para a parede. A FINA determina que após o giro o movimento deve ser "contínuo", ou seja, se o nadador executou o giro para a virada de costas e seu corpo ainda desliza para tocar na parede o nadador deve ser desclassificado.
Esta desclassificação é bastante relativa devido ao fato de que o nadador não tira nenhuma vantagem com isso, pelo contrário ele perde tempo deslizando para a parede. O objetivo desta regra é de impedir que haja extra braçada ou pernada após o giro até o toque na parede pelo nadador.
Nossa dica é a respeito da última braçada a ser executada no nado de costas antes do giro da virada.
Observando várias competições internacionais foi observado que a grande maioria dos nadadores de nível internacional usam o giro cruzado, ou seja, a última braçada seria com o braço direito mas o corpo giraria para o lado esquerdo ou vice versa. Fazendo a análise biomecânica do movimento, observa-se que o movimento cruzado acelera a execução da virada com base no giro do corpo propriamente dito.
Ainda existem nadadores que executam a última braçada no mesmo lado que irão executar o giro, o giro normal. Ou seja, o nadador faz a braçada direita e rola o corpo para o lado direito. Neste caso, a última braçada será a braçada que irá dar velocidade no giro do corpo do nadador.
A diferença é bem clara, no giro cruzado a aceleração da virada será proveniente do movimento de giro cruzado do nadador. No giro normal, o nadador usa a última braçada como o fator de aceleração do giro da virada.
Como citamos acima, o giro cruzado é mais utilizado pelos nadadores de alto nível entretanto existem nadadores que preferem o giro normal. Neste artigo, gostaríamos de salientar que ambos os movimentos são corretos e podem ser utilizados sem qualquer problema, apenas nossa sugestão é de que encontrado aquele que melhor se adaptar a seu nadador, executá-lo em profusão e utilizá-lo somente este movimento selecionado.
A técnica é individual e muitas vezes determinados movimentos, mesmo que cientificamente comprovados pela eficiência biomecânica, não se adaptam a determinados nadadores. Assim, nossa sugestão é:
1) Encontre o movimento que melhor se adapta a seu nadador.
2) Pratique-o em profusão para assimilar a melhor técnica e fixar o movimento propriamente dito.
3) Não alterne as diferentes técnicas após determinar o movimento mais adequado para seu nadador.
Ainda vamos sugerir alguns exercícios e atividades específicas para incrementar o giro da sua virada de costas:
Exercício #1 - Espalhar seus atletas e executar giros no mesmo lugar ao sinal de um apito. Motivá-los para execução explosiva do movimento de giro (cambalhota) no mesmo local.
Exerício #2 - Executar o mesmo exercício anterior, sendo que agora utilizar o giro do braço e não mais somente a cambalhota. Este incremento do exercício anterior, é apenas a inclusão do braço afim de acelerar o giro e que agora passará a ser executado de lado e não mais pelo eixo do corpo.
Exerício #3 - Executar séries de viradas para tempo tentando melhorar a velocidade do giro.
Exercício #4 - Executar tiros de 25 metros para tempo encerrando com uma virada.
Exercício #5 - Executar tiros de 20 metros para tempo encerrando com um giro na altura da bandeirola. Sem medo da borda o nadador terá condição de desenvolver grande explosão no giro do movimento na altura da bandeirola.
Por Coach Alex Pussieldi Head Age Group Coach, Fort Lauderdale Swim Team
Se o seu último ciclo de braçada antes de tocar a parede foi curto e rápido, ou longo e deslizado, você em ambos os casos perdeu o seu ritmo, e quebrou o padrão do nado. Viradas de peito corretas são preparadas a partir da forma como você irá tocar na parede. A completa extensão dos braços, combinada com o fechamento do ciclo completo da braçada e pernada seria o movimento ideal de toque na parede antes da virada. Sem qualquer quebra de ritmo e na extensão completa do movimento, a aproximação da borda irá lhe permitir uma execução perfeita da virada. Para isso você tem duas opções de conseguir alcançar esta chamada “perfeição” de movimentos. 1) A primeira é descobrir o número de braçadas que você precisa executar entre a bandeirola e a parede. A bandeirola não serve apenas para o nado costas, é um indicativo que pode ser utilizado para qualquer nado e no nado peito representa o momento adequado para ajustar as braçadas afim de uma conclusão perfeita na aproximação de borda. Trate de contar e ajustar e comece isso logo no treinamento, hoje mesmo! 2) A segunda é para aqueles que não conseguem de maneira nenhuma fechar de forma adequada a virada e precisam começar a ajustar o nado desde a filipina do outro lado da borda. Isto porque muitas vezes um movimento mais longo ou mais curto na filipina irá dar ao nadador a perfeita conclusão do nado na aproximação da virada do outro lado. Ajustar a virada, mais precisamente a entrada e aproximação da virada não quer dizer reduzir a contagem de número de braçadas ou movimentos, a proposta é de fazer com que haja uma otimização dos movimentos finalizando de forma perfeita no toque da borda para a virada.
VIRADA NADO BORBOLETA
Após a saída e na volta, ao nadador é permitido uma ou mais pernadas e uma braçada sob a água que deve traze-Io à superfície. É permitido ao nadador estar completamente submerso até uma distância não maior do que 15 metros após a partida e após cada volta. A braçada deve ser simultânea e os braços devem mover-se para frente por cima d'água. O corpo deve estar sobre o peito a partir do início da primeira braçada após a saída e após cada volta. Os braços se movendo para a frente em baixo d'água é chamado de "recuperação submersa" e não é permitida. Isto acontece quando o nadador julga mal a distância até a parede.
Todo o movimento para cima e para baixo das pernas deve ser simultâneo. A posição das pernas ou dos pés não precisa ser no mesmo nível, mas não podem alternar em relação ao outro. A pernada de peito não é permitida .
Volta e Chegada
Ambas as mãos devem tocar a parede simultaneamente, acima, abaixo ou no nível da superfície d'água, com o corpo sobre o peito.
Principais Ocorrências (desclassificações)
Ø Pernada alternada após a saída, virada (especificar qual) ou no percurso (metragem);
Ø Toque alternado das mãos na borda durante a virada ou chegada do nado (especificar);
Ø Ultrapassar os 15 metros, estando o nadador submerso após a saída ou volta;
Ø Realizar movimentos alternados de braços/pernas no percurso;
Perda do contato dos pés com o bloco antes da partida.
2 comentários:
esse artigo , foi muito util precisava saber mais dessas viradas pois tenho prova na faculdade , muito obrigado
Tá, mas afinal, como nunca consigo aprender a cambalhota, pode fazer a virada tocando a parede com uma das mãos e impulsionar com os pés? Em relação ao nado crawl.
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