Os Jogos do Rio 2016 pode ter deixado mais uma vez aquela sensação que os nadadores brasileiros podiam mais.
Sim, talvez...Mas pelos tempos e o nível técnico apresentado não fomos tão mal assim, os demais nadadores e que estavam melhores.
Participamos de muitas provas finais e sinceramente o páreo foi difícil para todos.
Sentimos vontade de perguntar: cadê o Cielo para nos salvar?
O Brasil deixa a competição sem nenhuma medalha conquistada, algo que não acontecia desde Sydney, em 2004.
E, pior, isso acontece depois de um investimento histórico no esporte. Um investimento de mais de R$ 122 milhões, para ser mais preciso.
O valor, na verdade, é ainda maior que isso. Isso porque a conta leva em consideração os balanços fiscais de 2013 a 2015, dois dos três anos do período olímpico.
Neste período, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) teve receitas superiores a 122 milhões.
Mais de 10% deste valor veio atrás da Lei Piva, com repasses do governo diretamente ao esporte.
O restante é de patrocinadores. Mas mesmo esse patrocínio é, quase que em sua totalidade, de uma empresa pública: o Correios é responsável por praticamente 90% do montante.
Vale ressaltar que a CBDA também cuida de outras modalidades, como o polo aquático, os saltos ornamentais, nado sincronizado e a maratona aquática.
Mas não há muitas dúvidas de que a natação seja o mais importante entre eles - até pelo número de medalhas em disputa.
Com tamanho investimento, a expectativa era de pelo menos repetir o desempenho de Pequim ou Londres, quando o país acabou cada um dos Jogos com duas medalhas.
Para isso, havia pelo menos cinco bons candidatos:
Thiago Pereira
Bruno Fratus
100m livre 8º (48,41 s )
João Gomes
100m peito 5º
Felipe França
100m peito 8º (59,38 s)
O Brasil ainda surpreendeu com mais três finais.
Marcelo Chiereghini
100m livre 8° (48,41 s)
Etiene Medeiros
50m livre 8º (24,69 s)
4 x 100m medley masculino
Tempo 3:32,84 Classificação 6
revezamento 4x100m livre
Tempo 3:32,96 Classificação 5
Assim, o número de finais até que foi acima do esperado, mas a falta de uma medalha acabou frustrando - e muito - a participação da natação brasileira no Rio 2016.
O curioso é que o momento acaba sendo muito parecido com o de 2004, a última vez que o país ficou sem medalhas em uma Olimpíada. Naquela época, o Brasil vivia a transição entre Gustavo Borges e Fernando Scherer, o Xuxa, para a nova geração. Agora, o país acaba de sair do momento histórico de Cesar Cielo.
Ainda bem que a próxima Olimpíada Será em 2020, do Outro lado do mundo...
Deixará para trás esse gostinho amargo, espero que a natação brasileira seja como um bom vinho, melhore com o tempo.
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