Se você está assistindo aos Jogos Olímpicos deve ter observado os estranhos círculos vermelhos espalhados nos corpos dos atletas - entre eles o nadador Michael Phelps, aquele mesmo sempre batendo recordes e colecionando medalhas.
Ventosas a Moda...
Os círculos vermelhos são resultado de uma prática conhecida como ventosaterapia, uma forma milenar de medicina alternativa que emprega ventosas.
A técnica, que é uma forma de acupuntura, consiste em acender líquido inflamável dentro de copos redondos de vidro.
Uma vez que a chama se apaga, forma-se um vácuo parcial no interior do copo.
A diferença entre a pressão interior e exterior acaba por gerar uma força de sucção, estimulando o fluxo sanguíneo e deixando os círculos vermelhos, que desaparecem entre três e quatro dias.
Por que tantos atletas recorrem à técnica?
Atletas dizem que recorrem à técnica para reduzir dores e ajudar com a recuperação da fadiga dos treinos e das competições constantes.
Há também uma série de outras técnicas de recuperação que os atletas usam - incluindo massagem, sauna, banhos de gelo e compressas.
As marcas visíveis no corpo de Phelps enquanto ele competia no revezamento 4x100m estilo livre, 07/08/16, fizeram com que usuários nas redes sociais especulassem sobre o que os círculos vermelhos poderiam ser.
Alguns, inclusive, supuseram que ele teria jogado paintball ou sido atacado por "polvo gigante".
Entenda a técnica
AMADORES — Pessoas que fazem exercícios, mas não são atletas profissionais, também podem apostar na técnica. Ela melhora o resultado e diminui as dores de um novato na academia, por exemplo.
ARTESANAL — Além da técnica com ventosas de acrílico, também são usados copos redondos de vidro, com um líquido inflamável que, quando se apaga, forma um vácuo no interior do copo e é colocado sobre a musculatura.
CIRCULAÇÃO — A técnica pode ajudar pessoas com problemas de circulação, mas cada caso deve ser analisado por um médico. Se a deficiência circulatória for causada por um fator externo, como um edema ou aterosclerose, as ventosas podem ajudar. Mas, se for um defeito da veia, a terapia pode até prejudicar.
DÓI, SIM — A técnica dói, dizem especialistas. Quanto maior o vácuo, maior o desconforto. O Conselho Britânico de Acunputura (BAcC, na sigla em inglês) diz que a ventosaterapia não é dolorida e que as marcas vermelhas deixadas sobre a pele são causadas pelo sangue sendo puxado para a superfície e pela ruptura de pequenos vasos sanguíneos.
OUTRA ADEPTA — A nadadora americana Natalie Coughlin foi outra que aderiu à técnica.
No Instagram, postou foto com as ventosas e escreveu: “Sorrindo porque dói muito. Vai ficar a marca”.
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