boo-box

domingo, 16 de outubro de 2011

Guadalajara por enquanto tem de tudo...

O Brasil conquistou uma medalha de ouro no primeiro dia de disputa dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Foram mais quatro pratas e dois bronzes.
Com um bom segundo lugar no quadro geral ao final deste sábado 15/10/11, a delegação nacional já dispara em um ranking no México: de reclamações.

Nas derrotas e até mesmo nas vitórias os atletas nacionais abusaram das reclamações para explicar os seus resultados. E não faltaram alvos para as reclamações.
O juiz, a torcida, a falta de sorte e os problemas técnicos foram apontados como culpados por desempenhos abaixo da expectativa.
Confira:
fora da água
JUÍZA CASEIRA
Marcio Wenceslau foi punido duas vezes logo no início da semifinal contra o mexicano Damian Villa, na categoria até 58kg do taewkondo.
Uma das punições foi determinada por ter golpeado o rival quando a luta estava interrompida.
Ao final do combate, questionado se considerou correta a punição, o brasileiro mostrou sua insatisfação.
 "Não concordo com a punição. Não sou ninguém para julgar, mas identifiquei que ela (a árbitra) percebeu que errou, mas ficou com medo da torcida. Pode ser que eu esteja errado".
entrando na água...
ÁGUA FRIA E FALTA DE LUZ

Yane Marques ficou com a medalha de prata e a vaga nos Jogos Olímpicos de Londres no pentatlo, mas saiu da prova extremamente insatisfeita. Ela reclamou de problemas na esgrima, na natação e no combinado (corrida + tiro).
 "Na esgrima, a gente jogava um combate e parava porque não dava para ver a luz e saber quem tocava e quem foi tocado.
Na natação, a água estava muito fria. Estava a 21 graus, tinha de estar, no mínimo, a 26. E o percurso [da prova combinada] estava simplesmente horrível".
mergulhando...
MEDO DA ÁGUA
Nadadora com medo de água?
Parece bizarro, mas aconteceu com Gabriella Silva.
A atleta, que já disputou uma final olímpica, foi eliminada na primeira bateria dos 100m borboleta porque sentiu uma fobia no meio da prova.
 "Antes de cair na água fiquei nervosa. Não era ansiosa. Foi uma fobia, um medo de nadar. Nunca senti isso antes. Nos primeiro 30m a minha vontade era de largar a prova. Não me senti feliz e não senti prazer nenhum em nadar. Não consegui imprimir força e velocidade".
NAS ALTURAS
Até mesmo Thiago Pereira, dono da única medalha de ouro do Brasil no dia, reclamou em Guadalajara. A queixa foi em relação à altitude de 1500 metros da cidade mexicana. "Altitude é sempre um fator, em qualquer esporte. Hoje de manhã eu já tinha falado com o Albertinho sobre isso. A gente estava preocupado. Atrapalha muito."
 ...suspense...  
MEDALHISTA PERDIDA
Reclamações  não é mérito  dos perdedores.
 A Dayanara de Paula, medalha de prata nos 100m borboleta, teve problemas nas eliminatórias. O tempo que ela fez na prova não apareceu no placar, causando grande confusão.
 "Até agora não estou entendendo. Cheguei direitinho. Quero saber meu tempo, não sei o que está acontecendo. Quero saber o que aconteceu com o placar. Não sei moça, estou meio perdida", disse, em entrevista à Rede Record.






Com ouro e três pratas, a natação brasileira começou o Pan-Americano de Guadalajara começou bem neste sábado 15/10/11.
Daynara de Paula inaugurou as medalhas brasileiras na natação com a prata nos 100m borboleta, seguido pelo esperado ouro brasileiro com Thiago Pereira e, mais tarde.

Mais duas pratas vieram ao longo da noite com as nadadoras: Joanna Maranhão fez uma grande prova nos 400m medley, enquanto Daynara de Paula ficou com duas pratas, uma nos 100m borboleta e como integrante do revezamento 4x100 em conjunto com Flavia Delaroli-Cazziolato, Tatiana Barbosa e Michelle Lenhardt.

Em um final emocionante, Joanna começou dominando a prova dos 400m medley.
Depois mas acabou caindo para terceiro lugar.

Quando passou para o nado livre, a nadadora conseguiu uma espetacular reação nos últimos 50 metros e conseguiu terminar a prova em segundo lugar, conquistando a prata.
Ouro e o bronze ficaram respectivamente com as norte-americanas Julia Elizabeth Smit e Allysa Mary Vavra.
Joanna mostrou-se satisfeita com o resultado, consideram que já havia pensado em abandonar essa prova antes.

"Minha tática de prova era essa mesma: começar forte, no peito fazer o que desse e apostar tudo no crawl. Acho que deu certo, quase fui campeã pan-americana. A prata está de ótimo tamanho e todos estão felizes por mim", disse a nadadora.
Com seis medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze no Rio 2007, Thiago Pereira busca repetir a façanha em Guadalajara.
Caso ele mantenha o desempenho apresentado neste sábado ao garantir o primeiro ouro brasileiro no Pan, Thiago poderá ser o mais novo grande medalhista de ouro do evento, superando o mesatenista Hugo Hoyama.

"Foi bom começar com o pé direito. Estou feliz por ser o primeiro brasileiro a ganhar a medalha de ouro no Pan. Mas, prefiro pensar em uma prova de cada vez. O importante é ajudar o Brasil no quadro de medalhas", disse após a conquista do resultado.
Thiago Pereira ainda competirá em maios sete provas, podendo somar mais medalhas para o Brasil.
A estreante Daynara de Paula saiu do primeiro dia da natação de Guadalajara com duas pratas: uma pelos 100m borboleta e outra pelo revezamento 4x100m com Flavia Delaroli-Cazziolato, Tatiana Barbosa e Michelle Lenhardt.
A equipe brasileira começou na piscina com Michelle Lenhardt e distanciando-se das demais competidoras, mesmo que na virada estivessem a menos de um segundo da americana James Madson Kennedy.
 Daynara caiu na piscina na última parte do revezamento, mas não conseguiu alcançar a nadadora Amanda Kendall e ficou com a prata.
Infelizmente, o nadador Lucas Kanieski não conseguiu repetir o ótimo início da natação brasileira.
 O nadador terminou na quinta colocação na prova dos 400m livre, atrás do medalhista de ouro, o americano Charles Gipson Houchin.
A prata ficou com o outro americano Matthew Edward Patton e o bronze com o venezuelano Cristian Quintero.

sábado, 1 de outubro de 2011

Preparação para os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara 2011

Uma mudança de última hora regra definida pela organização dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, a 17 dias do início da competição, pode tirar nadadores e outros atletas de esportes aquáticos da delegação brasileira e de outros países que viajarão ao México.
A decisão já gerou repúdio oficial da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) e membros do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) marcaram reunião, na próxima sexta-feira, com os organizadores da competição para tentar reverter a limitação do número de inscritos nessas modalidades.

Para cortar custos, e por falta de espaço físico para acomodação, a organização do Pan decidiu limitar em 256 (128 homens e 128 mulheres) os nadadores inscritos.
E usou dois critérios para os cortes: o primeiro foi eliminar aqueles que só participarão de provas de revezamento.
Michele Lenhardt só nadaria prova de revezamento
Os outros serão eliminados por critérios de ranking da Fina (Federação Internacional de Natação) – os que tiverem menores tempos de inscrição estarão fora, até se chegar ao número de 256.
Como eram 432 nadadores, 176 ficarão de fora (40%).
A CBDA e o COB não informaram quantos e quais brasileiros seriam prejudicados, chegou ao número de cinco somente pelo primeiro critério:
Ana Carolina Araújo Santos (revezamento 4x200 livre),
 André Schultz (4x200 livre),
Michele Lenhardt  (4x100 livre),
Nicolas Nilo César de Oliveira (4x100 livre e 4x200 livre)
e Rodrigo Octávio Rocha e Castro (4x200 livre).
A CBDA enviou um arrazoado (argumentação em defesa de uma causa) à Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana) alegando que a decisão fere o regulamento da competição e prejudica atletas que ainda buscam o índice para as Olimpíadas de Londres, em 2012.
Pela regra, cada uma das 42 nações filiadas à Odepa poderia inscrever até 52 atletas – o que daria mais de 2,1 mil participantes.
O Brasil havia convocado 40 nadadores, 12 abaixo do limite.

O email avisando a alteração foi enviado às 16h37 desta terça- feira 28/09/11 (18h37 horário de Brasília), informando que o critério havia sido estipulado pela Uana (União Americana de Natação).
Outros esportes aquáticos, como o nado sincronizado e os saltos ornamentais, também serão prejudicados, mas em menor escala – são menos inscritos.