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sábado, 28 de março de 2009

REVISÃO TÉCNICA

Pense rápido!
Oque todos estilos ou nados tem em comum?
Pensou muito e percebeu que muitos detalhes são parecidos.
Vamos rever as descrições técnicas:
Crawl
O corpo fica na posição horizontal em decúbito ventral (barriga para baixo).
O rosto submerso, com água na altura da testa, olhando para frente e para baixo ao mesmo tempo.
As pernas realizam movimentos alternados, iniciando à partir da articulação coxo-femural, em rítmo ativo e passivo.
No ativo, o movimento é de cima para baixo, com a perna levemente flexionada e, com o pé ligeiramente voltado para dentro e o tornozelo relaxado concentrando a força no peito do pé e; no rítmo passivo é o relaxamento do ativo, com extenção total da perna, até que o calcanhar atinja o nível da água.
Deve-se dar muita importância a pernada de Crawl, pois além da propulsão, ela é responsável pelo equilíbrio e sustentação (flutuação).
Os braços executam movimentos de rotação alternados e diferenciados, divididos em 4 fases. Na Fase de Pegada ou apoio, a mão entra na água, ligeiramente inclinada para fora (± 45º do nível da água) a partir do polegar e indicador, bem á frente da cabeça, na linha dos ombros, alongando em seguida o braço a uma distância máxima.






A Fase de Puxada ou tração, após os braços entrarem na água, tem o padrão de um "S" alongado, realizando um pequeno movimento da mão para lateral (apoio), depois aproximando-se do corpo (altura do quadril), mantendo o cotovelo alto, com o objetivo de "pegar grande quantidade de água em pontos diferentes" (Princípio de Bernoulli) e, acelerando o movimento gradativamente.
A Fase de Finalização, ocorre quando a mão passa próxima à coxa, sendo o cotovelo o primeiro a romper a linha da água.
A Fase de Recuperação é na lateral do corpo, o braço fora da água flexionado tendo o cotovelo como ponto mais alto e relaxando à frente para iniciar a Fase de Pegada. Não esquecer de tirar bem o ombro fora da água, pois além de diminuir a resistência frontal, auxiliam o giro da cabeça no movimento da respiração.
Quanto a respiração, ela ocorre no meio da Fase de Puxada de um dos braços (o lado escolhido pelo aluno), enquanto o outro braço encontra-se no momento final da recuperação e próximo à Pegada.
A cabeça faz um giro lateral (para o lado escolhido), mantendo uma das orelhas submersas e a boca livre para inspiração. A cabeça retorna para água juntamente com o braço do lado escolhido, sendo que ela retornará mais rapidamente que ele e o outro braço estará iniciando a Puxada.

Tipos de respiração do Nado Crawl (nº de braçadas x nº respiração): 2 x 1 e 4 x 1 (respiração unilateral); 3 x 1 e 5 x 1 (respiração bilateral).


Costas

O corpo encontra-se na posição horizontal em decúbito dorsal (barriga para cima), com a cabeça fixa e o rosto fora d´água e as orelhas submersas porém na linha da água.

A pernada é o grande segredo de um nado Costas bem executado.
Uma pernada forte significa um melhor posicionamento horizontal, mantendo o corpo flutuando na linha da água, diminuindo a resistência frontal.
As pernas executam movimentos alternados e diferenciados, partindo da articulação coxo-femural, como no Crawl, porém, muda o rítmo ativo e passivo. No ativo, o movimento da perna é de baixo para cima, levemente flexionada, com o pé voltado para dentro, até atingir o linha da água.

Na passivo, ocorre a extensão total da perna e o movimento se dá de cima para baixo.

Não deve-se esquecer que uma boa força abdominal também auxilia o nadador de Costas a manter o quadril elevado na linha da água.
Os braços executam movimentos de rotação alternados e diferenciados.
Na Pegada, o braço entra totalmente extendido bem à frente da cabeça, na linha do ombro, a palma da mão voltada para fora entrando na água primeiramente com o dedo mínimo para uma melhor posição hidrodinâmica.

A Puxada, tem o padrão de um "S" alongado, iniciando após a entrada da mão na água a mais ou menos uns 20cm da superfície.

A elevação do ombro contrário a braçada, auxilia a mão a afundar.

Caso o nadador não afunde a mão, realizará o movimento na maior distância e empurrando a mesma água, contrariando o Princípio de Bernoulli.


Após afundar a mão o nadador movimenta a mão para lateral ou ligeiramente para cima, empurrando a água para trás e para baixo aproximando-se do corpo na altura do quadril, mantendo o cotovelo baixo e acelerando o movimento, com o auxílio do ombro.


A Finalização, ocorre quando da extensão total do braço próximo ao corpo, ao lado da coxa, com a palma da mão voltada para o fundo da piscina empurrando a água para baixo (força de sustentação - objetivando elevar mais os quadris), com ligeira rotação do corpo.


Inicia-se a fase de Recuperação, dando ênfase na elevação do ombro.

O polegar é o primeiro a romper a linha da água, onde o braço encontra-se estendido, porém relaxado.


Executa-se um movimento de rotação do braço e na altura da cabeça, a mão realiza um giro para que o braço entre estendido no prolongamento do ombro e com o dedo mínimo primeiro (Pegada).


Peito

O nadador encontra-se em decúbito ventral, o corpo levemente inclinado com a cabeça mais alta que as pernas (na maior parte da execução do nado).
Durante a pernada a cabeça fica submersa e queixo próximo ao peito.


As pernas realizam movimentos simultâneos. Primeiramente, há uma flexão das pernas, afundando levemente os joelhos e aproximando os tornozelos e calcanhares do quadril.

Com um pequeno movimento dos pés contraídos para fora, e concentrando a força na planta dos pés, empurra-se a água para o lado e para trás, primeiramente afastando a perna e depois a coxa, ocorrendo em seguida a extensão total das pernas e uma rápida aproximação para diminuir a resistência da água e facilitar o deslize do corpo.



Enquanto isso, os braços ficam estendidos à frente da cabeça, para diminuir a resistência frontal e também facilitar o deslize.


Após a finalização da pernada e o deslize do corpo, inicia-se a fase da Pegada, onde os braços que encontram-se estendidos à frente da cabeça, e com a mão ligeiramente inclinada para fora, realizam a braçada afastando lateralmente os braços (este movimento também é propulsivo), até atingirem a linha dos ombros, onde começa a fase da Puxada, que tem o padrão "ovalado" de tracionar a água para trás e para o lado, mantendo os cotovelos mais altos que os antebraços, até atingirem a linha dos ombros e abaixo do corpo.


Até esse momento, a cabeça permanece na água e as pernas relaxadas.


Ao final da Puxada e início da Finalização, onde ocorre a rápida aproximação dos cotovelos ao corpo, com ligeira rotação dos antebraços, eleva-se a cabeça para o início da respiração, recuperação dos braços e recuperação das pernas.


A fase de Recuperação dos braços poderá ser realizada com as mãos acima da linha da água .


Deve-se estender os braços rapidamente à frente da cabeça, e colocando ao mesmo tempo a cabeça na água.


Durante esse mesmo instante será realizada a pernada.
Uma observação deve ser dada para quem realiza a recuperação com a mão acima da linha da água. O dedo mínimo deverá ficar próximo da àgua e os cotovelos não poderão sair de dentro da água .


Nesse estilo, o atleta que eleva muito as mãos poderá ter problemas quanto ao desgaste fisicológico.



Borboleta


O corpo fica na posição horizontal em decúbito ventral.


Toda a cabeça submersa (a não ser no momento da respiração) e queixo próximo ao peito (osso externo).
A pernada no Borboleta é fundamental, pois além da propulsão, também ajuda na sustentação do corpo no momento da respiração.
Elas realizam movimentos simultâneos, a partir da articulação coxo-femural (com reflexo no restante do corpo - movimento ondulatório), num rítmo ascendente/descendente. As pernas e os pés encontram-se para trás, no movimento descendente e ligeiramente flexionados no movimento ascendente (até que os tornozelos atinjam o nível da água).

O iniciante deve manter o quadril relaxado e concentrar a força no peito dos pés.
Os braços entram simultâneamente na água (fase Pegada), bem à frente da cabeça na linha dos ombros.
As mãos ficam a mais ou menos 45º do nível da água, com sua palma voltada para fora, entrando na água primeiramente com o polegar.

A Puxada tem o padrão do "S" alongado, para cada braço, iniciando-se de forma subaquática, afastando os braços para lateral logo após a entrada na água, aproximando-se do corpo (na altura do quadril), mantendo os cotovelos altos, coincidindo com a elevação da cabeça, respiração e pernada (movimento descendente).


A Finalização ocorre quando as mãos passam próximos às coxas, com a palma voltada para dentro, rompendo a linha da água primeiramente com o cotovelo.
Durante a Recuperação dos braços, primeiramente coloca-se a cabeça na água após a respiração, depois os braços passam pela lateral do corpo por cima da água, flexionados e os cotovelos altos, entrando novamente bem à frente da cabeça para iniciar a fase da Pegada. Quanto a coordenação braço-perna-respiração, inicia-se a braçada com uma pernada, e durante a aproximação das mãos(na altura do quadril), realiza-se outra pernada e a elevação da cabeça para respiração. A respiração ocorre quando as mãos estão próximas do abdome e execução de uma pernada.

Todos os nados tem fases bem parecidas, basta pensar que o objetivo maior é o deslocamento eficiente e econômico.
Para isso os princípios básicos como vencer a resistência, tração, propulsão e hidrodinâmica não podem ser desprezados.
Com maior ou menor enfase o DESLIZE e DESLOCAMENTO estão presentes em todos os estilos.
Um pouco Técnica é muito bom!

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