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terça-feira, 7 de outubro de 2008

Natação Inclusiva


Natação Inclusiva, inclua-se!!

Para quem está trabalhando com Natação, muitas serão as oportunidades em que aparecerão pais querendo matricular seus filhos para aprenderem a nadar, mas apresentando as ditas necessidades especiais: síndrome de Down, seqüelas de anóxia de parto, surdez, nanismo, paralisia cerebral leve a moderada, malformações congênitas, etc.
Ainda é um assunto bem delicado, mas não deveria ser.
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Na prática Natação Inclusiva exige um pouco mais da equipe e do estabelecimento envolvido.

Segundo professor Bona quando uma situação dessas acontece, é preciso muita cautela e sensibilidade para tratar a questão, pois ela apresenta de pronto, dois aspectos a serem considerados: um emocional e outro racional.
No aspecto emocional é preciso considerar o potencial de integração social deste aluno na turma de crianças "normais" e as possíveis reações de rejeição que ela pode causar (nos colegas e em seus pais).

Esta possibilidade integração será tanto maior quanto as capacidades do aluno de:
  • A) comunicar-se razoavelmente com colegas e professor,
  • B) de portar-se com um mínino de disciplina e organização em aula,
  • C) não comprometer a qualidade da água (alguns tipos de deficiências podem provocar regurgitações e perda de controle dos esfíncteres bexiga e ânus principalmente).
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A transmissão e repercussão das Paraolimpíadas nos últimos anos e campanhas nos meios de comunicação tem ajudado bastante, inclusive com o envolvimento de personalidades como o ex-jogador Romário (que tem uma filha Down) entre outros.
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Infelizmente em Academias Comerciais justificam a recusa desses alunos sob a justificativa de espantar os demais alunos, alegando não ter condições físicas ou técnicas para lidar com a necessidade especial.
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Preconceito com certeza, você dificilmente verá uma grande rede de academias utilizando em suas campanhas de markenting pessoas com nessecidades especiais.
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Daniel Dias
Racionalmente alguns cuidados são necessário para o início da prática aquática:
  • 1. A avaliação do potencial de integração destes alunos deve ser feita juntamente com os pais, de forma bem realista e de modo a que fique claro a sua disposição em aceitar a criança, desde que aquelas condições mínimas existam. É preciso que a inclusão da criança tenha um mínimo de possibilidades de sucesso;
  • 2. Crianças com necessidades especiais devem ser alocadas, de preferência, apenas uma em cada turma. Dessa forma, além de caracterizar-se uma inclusão de fato, por mais que ela absorva as atenções do professor (o que geralmente ocorre no início dos trabalhos), as demais crianças nunca ficarão abandonadas de todo;
  • 3. Deixe claro com os pais e responsáveis pela criança especial que o seu Curso não foi planejado para receber alunos com estas necessidades e que, por isso, muito provavelmente o ritmo e as características do progresso dela serão diferentes das demais. Nas avaliações periódicas esta premissa deve estar sempre em pauta;
  • 4. Os profissionais que vão trabalhar com essas crianças devem ter conhecimento a respeito da condição do aluno (físico, psicologico e identificação literária científica), esclarecimentos dos pais, acesso aos exames da criança, etc. No caso dos surdos, por exemplo, noções da linguagem LIBRAS seriam importantes;
  • 5. Todos (profissionais de Educação Física, recepcionistas, coordenação) devem ter um discurso bem afinado para rechaçar com elegância e firmeza qualquer reação anacrônica de preconceito, venha ela de quem vier: coleguinhas alunos ou seus pais;
  • 6. De início, sempre faça um acordo de um período experimental de pelo menos 30 dias. Depois disso, pais, professores e a Coordenação devem sentar para nova avaliação sobre a pertinência ou não de prosseguir com a iniciativa e para estudar eventuais correções de rumo no trabalho feito até então.

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Fabiana Sugimori Parapan Rio 2007
Assim encerro, faço votos para que todos possamos ver muito além das deficiências. Quem sabe um dia enchergaremos apenas os sorrisos vencedores de muitos outros Daniel Dias e Fabiana Sugimori com naturalidade e orgulho.
Indicações.
Reabilitação: O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo desenvolve programas de reabilitação integral, destinados a portadores de deficiência física. O Hospital conta com recursos tecnológicos avançados para diagnóstico e tratamento nas áreas de lesão medular, hemiplegia, paralisia cerebral, retardo no desenvolvimento neuromotor, entre outros. Atende adultos e crianças de qualquer procedência geográfica.
Hospital das Clínicas Rua Diderot, 43, Vila Mariana – São Paulo Tel: (11) 5549-0111 / fax: (11) 5549-0556
O Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (Centrinho) da Universidade de São Paulo (USP) - Campus Bauru possui equipe multidisciplinar para atendimento ambulatorial e de internação para crianças e adultos. O Centrinho fica à rua Silvio Marchione 3 - 20, Vila Universitária - Bauru (SP), tel.: (14) 223-5688 / 235-8130, fax: (14) 234-7818. Em Santo André, o atendimento é feito pela FUNCRAF - Fundação para o Estudo e Tratamento das Deformidades Crânio-Faciais, à rua Manoel Vaz 59 - Vila Alzira, tel.: (11) 4435-6200, fax: (11) 4435-6212. Em Itararé, o FUNCRAF fica à rua Dr. Pedro de Alencar 295, tel.: (15) 3531-3217.
A Unicamp atende em programa de reabilitação integral a crianças, adolescentes e adultos com deficiência auditiva e visual, por intermédio do Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação "Prof. Dr. Gabriel de Oliveira da Silva Porto", à av. Adolfo Lutz, s/n, Cidade Universitária Prof. Zeferino Vaz, Barão Geraldo - Campinas, tel.: (19) 3788-8809/8801.
A Faculdade de Filosofia e Ciência da UNESP, dispõe de departamento e centro de educação especializados. O CEES - Centro de Educação de Estudos da Saúde realiza orientação vocacional à crianças e jovens em idade pré-escolar e escolar, clínica de fonoaudiologia, oficina terapêutica, programa de registro e recursos de perdas auditivas hereditárias. O Departamento de Educação Especial forma professores nas habilitações em deficiência física, visual, auditiva e mental. O endereço é av. Hygino Muzzi Filho, 737 - Campus Universitário – Marília, tel.: (14) 423-6399 ramal 25 e fax: (14) 422-4797.
Saúde: Unidades de saúde estaduais, municipais ou conveniadas ao SUS - Sistema Único de Saúde presentes em todos municípios do Estado de São Paulo, desenvolvem ações de saúde das mais simples às mais complexas, tendo as ações voltadas às pessoas portadoras de deficiências coordenadas pelas DIRs - Diretorias Regionais de Saúde, de cada região. Dentre sua ações, destacam-se a Prevenção Primária e Detecção Precoce de Deficiências; Prevenção Secundária e Prevenção de Incapacidades; Reabilitação; Emissão de Laudos Médicos. Informações: Disque 1520 e na Capital: (11) 222-5633.
Esporte Especializado: A Escola de Educação Física da USP oferece natação inclusiva, esporte adaptado a portadores de deficiência física, visual e auditiva, à av. Prof. Melo Moraes, 65, Butantã - SP, telefax: (11) 3818-3182. edfisica@usp.br Descrição: Pessoas com problemas motores (ortopédicos ou neurológicos), deficientes visuais ou auditivos, podendo nadar com seus acompanhantes e/ou familiares.http://www.usp.br/eef/cursos
A Secretaria de Esportes e Turismo oferece cursos profissionalizantes para portadores de deficiências e de capacitação para professores de educação física e árbitros, voltados as atividades esportivas e recreativas para portadores de deficiência. Promove também eventos desportivos e recreativos para portadores de deficiência, entre escolas públicas e particulares. Endereço - Praça Antonio Prado 9 - 11º andar, Centro - SP, fone: (11) 239-5822, ramais 317/ 323/ 324, fax: (11) 3107-8767.

fonte:
Pedagogia da NataçãoEscrito por Bona
Apae-sp
APS DOWN

Um comentário:

Rodrigo disse...

Eles não são pessoas deficientes, são pessoas especiais, que fazem aquilo que a maioria das pessoas consideradas "normais" não o fazem! Parabéns pelo blog!