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quinta-feira, 6 de abril de 2017

Polícia Federal prende presidente da Confederação de Natação em operação contra desvio de verbas



A Polícia Federal realiza, na manhã de 06/04/17 , quinta-feira, a operação Águas Claras, que apura esquema de desvio de recursos públicos na Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). 
Cinco pessoas foram presas, entre elas o presidente afastado da CBDA, Coaracy Nunes, e quatro foram conduzidas coercitivamente a unidades da PF em São Paulo e no Rio. Braço direito de Coaracy, Ricardo de Moura negou que esteja foragido
Coaracy estava à frente da CBDA desde 1988.
Outros 16 mandados de busca e apreensão também foram cumpridos. 
As medidas foram expedidas pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
 As investigações apuram o destino de cerca de R$ 40 milhões repassados à CBDA.
O trabalho é fruto de parceria entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, com a participação da Controladoria-Geral da União e iniciou-se após denúncias de atletas, ex-atletas e empresários do ramo esportivo brasileiro.
No Rio, um dos locais visitados pela PF foi a agência de turismo Roxy, no centro. 
Ninguém foi encontrado no local, e os agentes entraram na agência com o auxílio de um chaveiro da região.




Sede da CBDA teve operação da Polícia Federal Foto: Pedro Teixeira / O GlobHá indícios de um esquema de desvios de recursos públicos captados por meio de convênios e leis de fomento ao esporte, sem a devida aplicação - conforme previsto em lei e nos contratos assinados. Segundo o inquérito policial, ao invés dos valores recebidos serem aplicados corretamente, os recursos eram mal geridos ou desviados para proveito pessoal dos investigados.

Em 23 de março 2017, o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), determinou o afastamento da atual diretoria da CBDA
Na decisão, foi destacado que o mandato de presidência de Coaracy Nunes expirou no dia 9 de março. 
Apesar disso, não houve escolha de um sucessor.


Antes da operação deflagrada pela PF dia 06/04/17 quinta-feira, a CBDA comemorou a vitória na justiça na noite de quarta-feira. 
A entidade ganhou, por unanimidade, o recurso no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que confirmou a decisão anterior do Desembargador Nery da Costa Junior, contra denúncia de fraude no órgão.
Em setembro do ano passado, o Ministério Público Federal, de São Paulo (MPF-SP), protocolou uma ação de improbidade administrativa contra a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), três de seus diretores e dois coordenadores de modalidades esportivas.
Segundo a procuradoria, teria havido fraude na compra de equipamentos para treinamento de atletas para os Jogos Rio-2016. 
A verba teria sido repassada a uma empresa “fantasma” em cujo endereço funcionaria uma pet shop. Na defesa, o advogado Marcelo Franklin alegou que a justiça de São Paulo não poderia julgar aquela ação e que todos os equipamentos comprados foram utilizados nos treinamentos dos atletas. 
Além disso, a mudança de endereço da fornecedora, sem o registro na Junta Comercial, não configuraria ilegalidade. 

Presenciamos nos últimos anos, denúncias e investigações em muitas entidades esportivas, modalidades tradicionais como judô, futebol, atletismo...

A operação Água Clara, não é apenas uma onda que flui atrás de  investigações com maior divulgação como a "Lava Jato" , é consequência de anos de denúncias e situações geradas por  uma política  esportiva obscura. 

Vamos Observar se a Água Clara será  Tsunami ou apenas uma Marola...

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