boo-box

domingo, 18 de outubro de 2009

Nataçao faz Crescer...Mito ou Verdade?

Natação faz crescer? ??
Quantas vezes ouvimos falar que nadar ajuda a crescer, mas qual verdade por trás dessa história?
A sociedade atual tem valorizado de forma significativa a aparência alta e esbelta.
Essa constituição física tem sido reforçada desde a infância e atinge a população adolescente, que deseja enquadrar-se nos estereótipos, particularmente aqueles veiculados pela mídia.
Nesse sentido, profissionais de saúde são questionados rotineiramente sobre os efeitos positivos que o exercício físico exerce sobre o crescimento longitudinal de crianças e adolescentes.
Procurei revisar a literatura especializada a respeito dos principais efeitos que o exercício físico exerceria sobre a secreção e atuação do hormônio de crescimento (GH) nos diversos
tecidos corporais, durante a infância e adolescência.
Através dessa revisão, foi possível verificar que o exercício físico induz a estimulação do eixo GH/IGF-1.
Embora muito se especule quanto ao crescimento ósseo ser potencializado pela prática de exercícios físicos, não foram encontrados na literatura científica específica
estudos bem desenvolvidos que forneçam sustentação a essa afirmação.
No tocante aos efeitos adversos advindos do treinamento físico durante a infância e adolescência, aparentemente, esses foram independentes do tipo de esporte praticado, porém resultantes da intensidade do treinamento.
A alta intensidade do treinamento parece ocasionar uma modulação metabólica importante, com a elevação de marcadores inflamatórios e a supressão do eixo GH/IGF-1.
Entretanto, é importante ressaltar que a própria seleção esportiva, em algumas modalidades, recruta crianças e/ou adolescentes com perfis de menor estatura, como estratégia para obten-
ção de melhores resultados, em função da facilidade mecânica dos movimentos (fatores genéticos).
Através dessa revisão, fica evidente a necessidade
de realização de estudos longitudinais, nos quais os sujeitos sejam acompanhados antes, durante e após sua inserção nas atividades esportivas, com determinação do volume e da intensidade dos treinamentos, para que conclusões definitivas relativas aos efeitos sobre a estatura final possam ser emanadas.
Nenhum esporte faz crescer diretamente.
O que ocorre é um aumento no estímulo hormonal (GH/IGF-1) e físico que passa a ser mais solicitado além do fator genético que ainda é muito importante, mas como observamos no decorrer da história nem sempre é o fator principal.
Boa forma e saúde que a natação traz, ajuda o organismo a funcionar melhor, assim melhorando o aproveitamento de suas pontencialidades, entre elas a estatura.
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
FAIXAS ETÁRIAS
  • · Criança = 7 aos 11 anos.
  • · Pré-adolescência = 11 aos 13 anos .
  • · Fase da puberdade para adolescência = 14 aos 15 anos .
  • · Adolescência = 13 aos 17 anos.
  • · Adulto = 17 aos 25 anos.
O crescimento acentuado do músculo no treinamento de força pode ocorrer depois da adolescência, quando os perfis hormonais de homens e mulheres ( adultos ) começam a surgir.

Nos homens da puberdade para adolescência há influência da testosterona.

E após a puberdade com o treinamento de força pode ocorrer o aumento da massa muscular além do crescimento normal.
Sabe-se que não são possíveis em crianças pequenas o crescimento além do normal da massa muscular ( Imaturidade do Sistema Hormonal ).
É importante que não seja prescrito hipertrofia muscular como objetivos.
Alguns meninos pequenos ( 7 aos 13 anos ) como fisicamente eles não desenvolvem seus músculos além do normal, por verem os mais velhos ( 14 a 17 anos ) querem também ter mais músculos e definições.
Só que eles precisam ter paciência e à medida que crescem e passam pela puberdade, os aumentos musculares, especialmente nos homens, são biologicamente plausíveis.
Quando uma criança entra na adolescência (em torno dos 14 ou mais anos), ocorrem ganhos em tamanho muscular, tendo que avaliar o objetivo individual, especialmente para os rapazes e moças entre 14 e 15 anos (fase da puberdade para a adolescência) devido às diferenças típicas de amadurecimento.
O crescimento ósseo cessa variando de cada osso, mas geralmente ele termina em torno dos 18, 20 anos de idade. Pois ao término do crescimento as placas se ossificam (endurecem com o cálcio) e desaparecem.
O expressivo crescimento longitudinal durante a puberdade engloba três distintos fenômenos, que se revelam seqüencialmente. São eles:
  1. O estirão do crescimento com duração aproximada de dois a três anos, caracterizado por velocidade de crescimento reduzida durante a fase pré-puberal, crescimento com velocidade acelerada, conhecido como pico máximo de velocidade de crescimento (PHV), e uma fase de cessação do crescimento, os quais contribuem com mais de 20% na estatura final adulta;
  2. A rápida aquisição de conteúdo mineral ósseo, reconhecida como pico de massa óssea, em que o processo de formação sobrepuja o de reabsorção óssea e que se apresenta como um incremento linear durante a infância e exponencial na segunda década de vida, com maior intensidade entre 13 e 17 anos( por isso muitos adolescentes comem em excesso nessa fase), sendo assinalados como anos críticos para o evento aqueles compreendidos entre 14 e 15 anos de idade;
  3. O processo de maturação esquelética, que se encerra com o fechamento epifisário(extremidade ósseas).

O GH, conhecido também como somatotrofina, é o peptídeo produzido em maior quantidade pela hipófise anterior, exercendo papel de destaque no crescimento ósseo e dos tecidos moles.

Esse hormônio é secretado de forma pulsátil, controlado por um mecanismo complexo envolvendo proteínas hipotalâmicas e o hormônio liberador de GH (GHRH), que age estimulando sua secreção, e a somatostatina, de ação inibitória.

Os picos de maior secreção são observados durante o sono profundo e, embora seja produzido durante toda a vida, os maiores pulsos ocorrem durante a puberdade.
Na promoção do crescimento, o GH atua tanto de forma direta como indireta. Diretamente, através da ligação do GH aos seus receptores na placa de crescimento e, indiretamente, agindo sobre o crescimento no processo de diferenciação celular e na síntese do colágeno tipo I. Esses efeitos biológicos do GH são em grande parte mediados pelos fatores de promoção do crescimento similares à insulina, conhecidos como IGFs (insulin-like growth factors), sendo o principal o IGF-1

Basta observar a equipe de revezamento Norte americana, observe que diferentes biotipos presentes, o desenvolvimento se deu de diversas maneiras oque os difere do indíviduo comum é o treinamento.
Embora muito se especule quanto ao fato de o crescimento ósseo ser potencializado pela prática de exercícios físicos, não foram encontrados na literatura científica específica estudos bem desenvolvidos que sustentem esse paradigma. O que se pode afirmar com ampla fundamentação é que as atividades esportivas adequadamente programadas e supervisionadas potencializam a densidade mineral óssea, particularmente durante a adolescência, quando o pico de massa óssea está por ser alcançado. Estudos apresentam a combinação, dieta rica em cálcio associada ao exercício físico, durante a adolescência, como recurso adequado para a maximização do pico de massa óssea e conseqüente redução do risco de osteoporose futura.
Em se tratando dos efeitos adversos gerados pelo treinamento físico durante a infância e adolescência, aparentemente, o tipo de esporte praticado independe, pois, o grande destaque é para a intensidade do treinamento, reconhecida, de forma geral, como de grande volume diário e/ou semanal, elevado número de repetições e alta sobrecarga imposta ao esqueleto. A alta intensidade no treinamento de várias modalidades esportivas, aqui referenciadas, indicou uma modulação metabólica importante, com a elevação de marcadores inflamatórios e a supressão do eixo GH/IGF-1. Entretanto, deve-se salientar que, por vezes, a própria seleção esportiva recruta crianças e/ou adolescentes com perfis de menor estatura(20) como estratégia para obtenção de melhores resultados em função da facilidade mecânica dos movimentos.
Uma vez que as bases científicas na determinação dos níveis "ótimos" de atividade esportiva para crianças e adolescentes não estejam determinadas, é prudente ter cautela na prescrição de exercício para jovens, uma vez que as duas primeiras décadas da vida são únicas e fundamentais para o crescimento ósseo e o amadurecimento biológico.
Aparentemente, o tipo de esporte não gera restrições de sua prática por crianças e adolescentes, mas a intensidade dos esforços deve ser orientada com fundamentação na treinabilidade já adquirida previamente, nas dimensões corporais, no nível maturacional do jovem e, principalmente, no objetivo a ser alcançado.
"A herança genética parece ter muito mais importância na formação dos atletas atualmente
Ricardo Prado foi um dos maiores campeões de natação que o Brasil já teve. Em 1982 ele registrou o recorde mundial dos 400 metros meddley, uma prova complexa e exigente que combina os quatro estilos de nado. Prado tinha apenas 1,65 metro. "Ele possuía um talento imenso para a natação e seria um campeão em qualquer época", diz Ricardo de Moura, diretor técnico da Confederação Brasileira de Natação. Mas diante de um concorrente com igual talento e com 2 metros de altura, como a maioria dos nadadores atuais, Prado ficaria em desvantagem insuperável.
Foi o que aconteceu em 1984, quando perdeu a medalha de ouro na Olimpíada de Los Angeles para o canadense Alex Baumann, que media 30 centímetros a mais do que ele.
Na natação o que se busca é a máxima eficiência dos movimentos do atleta.
A velocidade do nadador depende da rapidez e da amplitude de suas braçadas. Com braços mais compridos ele terá uma braçada mais eficiente. Por isso são cada vez mais raros os Ricardo Prado.



As piscinas pertencem agora a super-homens como Gustavo Borges, com 2,03 metros de altura e uma envergadura espetacular de 2,33 metros.

Em estilos como o nado de peito e o de costas a estatura hoje em dia é fundamental, assegura Moura.
Já nas grandes distâncias sua influência é menor.
O que dizer de César Cielo então?
Com seus 83kg e 1,95m , não é exatamente um gigante , suas últimas participações em torneios internacionais foram brilhantes(ouro e recordes).
Sendo assim essa teoria se contradiz em parte .
De um lado, o aumento na estatura média da população fez com que os gigantes, que antes eram aberrações, se tornassem produtos naturais da raça. Por outro, o recrutamento e o treinamento precoce dos atletas fazem com que eles possam desenvolver normalmente suas habilidades motoras específicas para a prática esportiva.
Bem... vale o conselho dos nossos avós: Comer bem, dormir cedo e principalmente Nadar para crescer!!!
Empírico, mas verdadeiro...
Fonte:
BARBANTI, Valdir J. Dicionário de Educação Física e do Esporte. São Paulo: Manole, 1994.FLECK, Steven J; KRAEMER, William J. Fundamentos do treinamento de força muscular, Porto Alegre: Artes Médicas Sul LTDA, 1999.POWERS, Scott K.; HOWLER, Edward T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho 3.ed. São Paulo: Manole, 1997.SANTARÉM, José Maria. Atualização em exercícios persistidos: o trabalho de força na criança.;www.saudetotal. com.br/exresist.htm
.1. Lima F, Falco V, Baima J, Carazzato JG, Pereira RMR. Effect of impact load and active load on bone metabolism and body composition of adolescent athletes. Med Sci Sports Exerc 2001;33:1318-23
2. Georgopoulos N, Markou K, Theodoropoulou A, Paraskevopoulou P, Varaki L, Kazantzi Z, et al. Growth and pubertal development in elite female rhythmic gymnasts. J Clin Endocrinol Metab 1999;84:4525-303. Cooper DM. Exercise, growth, and the GH-IGF-I axis in children and adolescents. Curr Opin Endocrinol Diab 1999;6:106-11-Revista IstoÉ , Veja2008/ 2009.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Brasileira Mariana Ohata suspensa por seis anos por Doping

A triatleta brasileira Mariana Ohata, que participou nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, e de Pequim, em 2008, foi suspensa por um período de seis anos, por doping.

A suspensão, anunciada no sítio Internet da União internacional de triatlo (UTI), produz efeitos a partir de 2 de Outubro passado.

Ohata, que completa 31 anos a 26 de Outubro, teve um controle de positivo, que acusou a presença de furosemida, um diurético utilizado para mascarar produtos dopantes, durante uma prova realizada no Iowa (Estados Unidos) no passado dia 26 de Junho.

Segundo os advogados da atleta, citados pela cadeia de televisão brasileira Globo, a furosemida detectada na urina de Mariana Ohata estaria numa chávena de chá que lhe foi oferecida no hotel onde estava hospedada.

Ohata teve um sanção em 2002 por decisão da federação brasileira de triatlo.


Seis Anos é muito tempo, pensando em questões de calendário esportivo.

Torço para que Mariana Ohata dê a volta por cima, mesmo sabendo de todas as dificuldades para tal.
Não me autorizo a julgar o ocorrido, apenas lamento...
Mariana sempre foi uma inspiração para muitas triatletas no Brasil.

Aos 37 anos pode parecer para muitos impossível retornar ao esporte, principalmente um esporte tão vigoroso quanto triatlhon, mas temos exemplos de atletas com ótimas projeções que se cuidam muito e estão sempre presente nos podiuns, como Fernanda Keller.
Doping é algo muito sério não apenas por ser fraude, mas por expor o corpo do atleta a situações de risco letal e mutilação.
Que Mariana Reencontre o caminho ... Queremos vê-la nadando novamente.