boo-box

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

ASPECTOS FISIOLÓGICOS RELACIONADOS À NATAÇÃO



Fisiologia e Natação
No início do século passado, pesquisadores da Escola Escandinava de Fisiologia do Exercício apresentaram os primeiros trabalhos em nadadores, medindo o débito cardíaco e coletando o ar expirado.

Seguiram-se outros a respeito do gasto energético da propulsão na água e da resistência ao deslocamento (drag), do equilíbrio térmico, da contribuição relativa dos braços e das pernas na progressão e da velocidade do nadador nos diversos estilos.

Na realidade, o estudo do homem no meio aquático fica dificultado pela aplicação e manuseio dos instrumentos dentro da piscina.
Foram construídos ergômetros aquáticos de diversos tipos, dentre eles o de turbina com janela lateral de vidro transparente, o de canal circular com 60 m de circunferência, ou a “tethered swimming” que tracionava o nadador por um cinto preso à cintu roldanas presas na borda e em poste fixado na mesma, com anilhara ligado a um cabo que passava pors penduradas opondo a resistência.

Desse modo o estudo do nadador ficou menos dificultado.

Comprovou-se que o gasto energético do deslocamento na água, pela mesma distância percorrida fora d’água, era muito maior, ou seja, a eficiência mecânica da progressão dentro d’água é muito menor.


Gasto energético Estima-se que o gasto energético para uma pessoa nadar uma determinada distância seja quatro vezes maior, do que quando essa distância é percorrida em intensidade semelhante fora d’água (McArdle et al.,1998).

A energia necessária para a flutuação e a força de atrito que a água oferece ao deslocamento contribuem para um gasto energético aumentado, quando os exercícios são realizados no meio líquido.

A resistência oferecida pelo líquido, em qualquer direção e velocidade que os movimentos sejam executados, também contribui para o dispêndio energético do indivíduo.

Com relação aos alunos de turmas de aprendizado da natação, além dos aspectos já citados que favorecem um maior dispêndio energético, eles têm o gasto de energia aumentado em relação a um aluno já iniciado na natação, por apresentarem uma menor eficiência mecânica no deslocamento na água.
É importante ressaltar ainda que, dependendo do estilo adotado para deslocar-se na água, o dispêndio energético será maior ou menor.

O nado mais econômico é o crawl seguido pelo nado de costas, sendo os nados de peito e borboleta os que promovem maior dispêndio de energia, em conseqüência da maior complexidade do ciclo de movimentos de suas braçadas.
Dessa forma, é importante levar em consideração o grau de condicionamento físico do aluno, quando estabelecer a ordem de encadeamento do ensino dos diferentes estilos.



Densidade
O fato da densidade do corpo humano ser semelhante à da água, resulta em um peso corporal menor quando está submerso.


Esta característica do meio líqüido o torna propício à iniciação da prática de atividades aquáticas em qualquer idade, assim como também possibilita que indivíduos com limitações, como por exemplo, os obesos, se beneficiem da diminuição de peso hidrostático tendo maior facilidade para exercitarem-se.
Exercícios subaquáticos são também propícios à reabilitação física, pois o peso do paciente sobre as articulações é reduzido permitindo que pessoas que não suportam o peso do corpo no ar possam fazê-lo na água. Benefício da prática da natação
A grande quantidade de trabalho aeróbio realizado nos programas de natação produz notáveis adaptações no sistema cardiorespiratório, melhorando o transporte de oxigênio para os músculos implicados no nado.

Essas adaptações permitem o desenvolvimento do metabolismo oxidativo, isto é, a capacidade de extrair do sangue arterializado que chega do ventrículo esquerdo a maior quantidade de oxigênio possível, através de uma elevada atividade enzimática oxidativa, associada a maiores massas mitocondrial e capilar advindas com a prática da natação.

Embora seja difícil separar crianças não estão engajadas em programas de qualquer atividade física, daquelas que praticam sob orientação habilitada do professor, a maioria dos autores concorda que a natação, praticada concomitantemente com o progresso contínuo, promove alterações nos volumes cardíacos e pulmonares, principalmente se a puberdade for ultrapassada sem interrupções das atividades físicas do nadador, já competindo normalmente.

Efeitos residuais
Nestes parâmetros fisiológicos, medidos já na fase adulta, mostram que indivíduos que não foram nadadores tinham menores volumes cardíaco e pulmonar em relação a seus pares ex-atletas adolescentes.

É sabido que o exercício em decúbito economiza o trabalho cardíaco por facilitar o retorno venoso e, promovendo maior pressão de enchimento (précarga), resulta em expansão da cavidade ventricular, maior volume sistólico e menor freqüência cardíaca.

A quantidade de ar mobilizada por minuto (VE) é cerca de 30% menor, para o mesmo nível de consumo de oxigênio (VO2), em exercício dentro d’água, devido a pressão exercida pela água sobre o tórax no afundamento normal do corpo ao nadar.
O nadador melhora a resistência aeróbia da musculatura inspiratória, assim como tem que expirar contra a resistência oferecida pela água e, para compensar esta menor VE, tem que melhorar a extração tissular de O2, a nível periférico.
Testes ventilatórios de máxima ventilação voluntária mostram elevados resultados em nadadores, pois apresentam grande mobilidade do sistema tóracopulmonar, indicando baixa resistência elástica do mesmo.

Nesta altura, é bom frisar que não devemos perder a oportunidade de oferecer aos indivíduos em crescimento, a chance de praticar a natação, pois nesta época seus organismos estão sendo formatados pelo ambiente.

Esta fase deverá ser monitorizada por um sistema estruturado em avaliações periódicas dos parâmetros indicadores de um processo auxológico normal.



O professor de Educação Física tem a responsabilidade de verificar a aplicação destas avaliações, sejam elas clínicas, antropométricas, nutricionais ou ergométricas.
A densidade capilar, principalmente nos músculos deltóide e grande dorsais, é aumentada pela prática sistemática da natação, contribuindo para a melhora da capacidade oxidativa desses músculos.

Parece que a prática da natação durante a infância, paralelamente à maturação neurológica, traz benefícios mais pronunciados no aprendizado do ato motor no deslizamento através da água.

Embora os efeitos cardiorespiratórios (volume cardíaco, volumes pulmonares e metabolismo oxidativo da musculatura natatória) ocorram durante todo o período entre a infância e adolescência, seriam mais prevalentes na fase da puberdade, onde a síntese protéica está potencializada e promovendo, deste modo, alterações estruturais que permaneçam residuais por longo tempo.

Asma e natação

Muitos alunos iniciam o aprendizado da natação por orientação médica por serem asmáticos.
A asma, do grego “ofegar”, é uma manifestação dispnéica, que apresenta broncoespasmo frente à exposição a alergenos, aspirina, poluentes, fumaças, anticorpos, emoções e exercício físico, sendo este último muito usado no seu estudo.
O que torna a natação a modalidade física mais freqüentemente indicada pelos pediatras às crianças asmáticas, é o fato de ser a modalidade de exercício menos asmogênica de todas.
A crise asmática se desencadeia devido a permeabilidade aumentada do mastócito ao Ca++ (o ar seco remove a água da superfície do mastócito) que eleva a liberação de histamina, assim como a concentração de leucócitos por secreção de mediadores químicos, promovendo inflamação (edema tecidual).

O tonus parasimpático, via nervo vago, pode iniciar um reflexo broncoconstritor.
Ca++ elevado na musculatura lisa leva à constrição bronquiolar.
O professor de Educação Física tem um excelente instrumento para avaliação dos alunos que apresentem atitude de afastamento das práticas físicas.

O uso de um fluxômetro aéreo (equipamento de baixo custo e disponível no mercado) pode informar o pico de fluxo respiratório (peak-flow) antes e depois da sessão d exercício, se a diferença for maior do que 20% (para menos e após a aula) fica claro o diagnóstico de broncoespasmo.
A intensidade do exercício é diretamente proporcional ao grau do broncoespasmo.
Exercícios acima de 75-80% do VO2MAX, com freqüência cardíaca em torno de 180 bpm e com duração entre 6 a 8 minutos, têm maior efeito asmogênico.


Uma alta VE induz ao resfriamento e ressecamento das vias aéreas.



A crise asmática induzida pelo exercício pode começar durante a sessão, porém é mais comum ocorrer após sua interrupção.

Pode ser amenizada por inalação de aerosol agonista , alguns minutos antes da sessão de exercícios.
É interessante notar que algumas crianças asmáticas respondem com asma induzida pelo exercício (AIE) na primeira fase da sessão e, a seguir, ficam refratárias por até duas horas, até que a AIE se manifeste novamente, logo é bom ficar alerta para estes casos.
Mudanças no clima, por exemplo, dias frios e secos, estão associados à crises asmáticas, mesmo em repouso.
O resfriamento localizado nas vias aéreas tem grande significado nos episódios asmáticos.

O exercício de baixa intensidade, praticado regularmente, que não resfrie nem resseque demasiadamente as vias aéreas é o mais indicado para o asmático.

Na natação, a faixa até 30 cm acima do nível d’água, fica úmida pela evaporação natural da água, facilitando o processo, sendo, portanto altamente recomendada como atividade física para asmáticos.

Temperatura
A exposição à baixas temperaturas estimula adaptações agudas para que a temperatura central do corpo possa ser mantida em níveis ótimos (37oC).
Na natação, o contato com a água com temperatura mais baixa do que a do corpo, desencadeia uma vaso constricção periférica como resposta aguda à mudança de temperatura.
Essa resposta do organismo ao estresse de uma temperatura mais baixa visa desviar o fluxo sangüíneo da superfície da pele para as áreas mais centrais, de modo a conservar a temperatura central estável.

A glândula tiróide e a medula supra renal são estimuladas pela mudança de temperatura e aumentam a produção de tiroxina, adrenalina e noradrenalina elevando a taxa metabólica e a produção de calor.

Essa termogênese química contribui para a manutenção da temperatura interna em níveis ideais.

Outra resposta do organismo à exposição ao frio são as contrações involuntárias sincronizadas denominadas calafrios, que promovem uma elevação da produção de calor no organismo de 4 a 5 vezes em relação ao nível de produção de calor quando em condição de repouso.

Este mecanismo de manutenção da temperatura leva a um aumento no custo energético das atividades aquáticas realizadas em temperaturas mais baixas.
Nedal et al. (1978) constataram que a captação de oxigênio era maior em qualquer velocidade, quando a temperatura da água era mais fria, devido a energia necessária para regular a temperatura interna do corpo.


Na água, o corpo perde calor por condução (transferência de calor entre dois corpos em contato, onde o que tem temperatura mais elevada perde calor para o outro) , com uma velocidade quatro a cinco vezes maior do que no ar devido a melhor capacidade da água de conduzir calor (cerca de 25 vezes maior que a do ar).


Portanto, quando submerso em água o indivíduo perde calor mais rapidamente que no ar, em condições de temperatura semelhantes.






Quando em movimento, o indivíduo terá sua taxa de perda de calor aumentada pois perderá calor também por convecção devido ao movimento rápido da água próximo à superfície do corpo.

Portanto, os exercícios feitos na água fria geram um maior gasto calórico do que em águas temperadas.



Desta forma, adiciona-se ao gasto calórico da atividade física que está sendo realizada, um gasto adicional referente à manutenção da temperatura corporal.








É interessante observar que a quantidade de gordura corporal pode favorecer a manutenção da temperatura interna quando imerso em água fria.





Indivíduos com uma maior quantidade de gordura corporal suportam melhor a exposição à temperatura mais baixa do que os mais magros.

Isso se deve ao fato do tecido gorduroso subcutâneo conduzir calor com um terço da velocidade dos demais tecidos e, desta forma, agir como isolante, dificultando a perda de calor para o ambiente.




Nadadores de águas frias (travessias, triatlo ...) em geral, têm maior quantidade de gordura corporal que nadadores de piscinas, onde a temperatura da água pode ser controlada.





Considerando essa característica isolante do tecido gorduroso subcutâneo, ressalta-se que as mulheres, por apresentarem um maior % gordura corporal que os homens, têm menor gasto calórico na manutenção da temperatura interna em água fria.

O indivíduo consegue manter estável a temperatura central do corpo na piscina quando exposto à temperaturas em torno de 32oC.


Hipotermia




Temperatura da água abaixo de 28oC já oferece risco de hipotermia, que é associada à queda da temperatura central do corpo para valores menores que 35oC.

A hipotermia resulta da maior taxa de perda de calor pelo corpo do que sua capacidade de produção.




O risco de hipotermia aumenta exponencialmente com o declínio da temperatura da água e com o tempo de exposição.

Isso significa que quanto mais baixa a temperatura da água e quanto maior o tempo de exposição, maior a dificuldade do corpo em manter a temperatura central sendo maior o risco de ocorrer a hipotermia.



É importante observar que as mesmas condições ambientais podem refletir de forma diferente para os indivíduos, ou seja, uma mesma temperatura da água que desencadeia hipotermia em um indivíduo pode ser bem suportada por outros.

Explica-se esta resposta pela maior capacidade de produção de calor de uma pessoa em relação a outra, assim como pelo seu nível de hidratação.




Segundo McArdle et al. (1998) a temperatura ideal da água para natação competitiva varia de 28 oC a 30 oC, quando o calor metabólico gerado é transferido com mais facilidade para a água sem aumentos significativos no gasto energético ou redução na temperatura central.




O professor e o técnico de natação devem estar atentos aos alunos que apresentam sinais como:
  • calafrios constantes
  • diminuição da coordenação motora
  • comprometimento da capacidade de julgamentos
  • Esses sintomas são indicação de hipotermia.

Medidas a serem tomadas na hipotermia

Observando-se a instalação da hipotermia, a principal preocupação ao atender a pessoa deve ser fornecer condições que permitam uma menor perda de calor.

Isso é feito retirando a pessoa da água ou do ambiente frio.

As roupas molhadas devem ser removidas e a pessoa deve ser envolvida em roupas secas (toalhas, saco de dormir,...) que cubram toda a superfície da pele.

Em casos de hipotermia leve, é recomendado fazer a pessoa ingerir bebidas quentes para ajudar no processo de aquecimento.

Em condições extremas de hipotermia, quando a temperatura interna cai para valores em torno de 25oC, as providências imediatas a serem tomadas são as citadas anteriormente, sendo que o atendimento médico torna-se essencial.

Nesses casos o tratamento especializado consiste no fornecimento de calor úmido em banheiras ou com sacos quentes em temperaturas adequadas, 43oC.

Esta temperatura permite uma mais rápida reversão do quadro de hipotermia.

Outro risco da exposição à temperaturas extremamente baixas é a possibilidade do enregelamento (congelamento dos tecidos).

Mas para que este ocorra, é necessário exposição a temperaturas abaixo de -290C, que é impossível de acontecer em clima tropical, como o do Brasil.

Contudo, é interessante informar seus sintomas.

O enregelamento ocorre principalmente nos lobos das orelhas, ponta do nariz e nos dedos das mãos e dos pés (extremidades do corpo) em decorrência da vasoconstrição periférica estimulada pela baixa temperatura.

Esse mecanismo que visa preservar a temperatura interna estável deslocando maior volume sangüíneo para o interior do corpo, tem como conseqüência a queda da temperatura nos tecidos periféricos.

Nesses casos é importante o aquecimento da região afetada o quanto antes, pois o prolongamento desta condição provoca prejuízo circulatório e lesão dos tecidos no local afetado.


Pode aparecer gangrena no local afetado após o descongelamento, destruindo a área que ficou congelada por período prolongado.




Reflexo Gauer Henry Constata-se com facilidade a presença dessa resposta fisiológica nas aulas de natação onde é freqüente a criança pedir para ir ao banheiro.



Essa necessidade aumentada de urinar quando em aula de natação é explicada como uma resposta do organismo a imersão em temperatura mais baixa do que a do corpo.
Como dissemos anteriormente o contato com a água fria desencadeia a vasoconstrição periférica que reduz o fluxo periférico, deslocando maior volume de sangue para a região central do corpo.
Essa alteração no volume sangüíneo é constatada por receptores localizados, principalmente no átrio esquerdo, e esses enviam estímulos para a hipófise posterior, que diminui a secreção do hormônio vasopressina (anti diurético).


A diminuição na produção de vasopressina promove um aumento na eliminação de água nos rins, e a urina é eliminada até que o volume sangüíneo se normalize.
Somado a esse mecanismo, o tecido atrial libera o peptídeo atrial natriurético (fator atrial natriurético) que atua nos rins estimulando a diurese e, nos vasos estimulando a vasodilatação.








Bradicardia do mergulho No mergulho, a freqüência cardíaca sofre um aumento inicial , em seguida, decresce com o prosseguimento do mergulho, podendo atingir valores abaixo da freqüência cardíaca de repouso, mesmo com a pessoa exercitando-se (Ästrand, 1980).

Explica-se essa baixa da freqüência cardíaca como um efeito de vários fatores atuando em conjunto, não se devendo apenas a apnéia do mergulho.
Receptores cutâneos participam dessa resposta, visto que ao molhar apenas o nariz (ou a apnéia) a bradicardia é constatada.

No caso do mergulho prolongado, que gera uma hipoxemia progressiva, é também provável que quimioreceptores contribuam nesse ajuste.
Voltando à superfície, com as primeiras respirações, a freqüência cardíaca retorna a valores normais.

Estudos referente a imersão em água aquecida (35oC a 37oC) verificaram que ocorre um aumento da freqüência cardíaca, vasodilatação periférica, hiperventilação, que são revertidos após períodos de adaptação. Essas alterações foram atribuídas a resposta do sistema nervoso central e a receptores periféricos (Faulkner, 1968)
Apnéia exacerbada por hiperventilação
A hiperventilação antes de mergulhar, utilizada para prolongar o tempo de mergulho, tem sido responsável por acidentes fatais em piscinas, entre pessoas que utilizam a técnica na intenção de competir consigo mesmo ou com outras pessoas.
A hiperventilação realizada antes de um mergulho em apnéia promove uma baixa significativa da pressão de gás carbônico (PCO2) arterial.
O valor médio normal da PCO2 arterial, que é 40 mm Hg, com a hiperventilação pode baixar para 15 mmHg.
Essa baixa na PCO2 promove alteração da concentração de ácido carbônico, que é um elemento importante na regulação da respiração e do funcionamento das células, determinando o tempo de permanência em apnéia.
Quando sua concentração está aumentada os centros respiratórios dão o alarme e o nadador sobe a tona para respirar, mesmo contra vontade. Os vários ciclos respiratórios realizados na hiperventilação antes do mergulho permitem que o mergulhador consiga aumentar o tempo de permanência em apnéia, mas, expõe-se a uma perda súbita de consciência ou desmaio, que são situações de extremo perigo quando ocorrem na água.
Na situação de apnéia prolongada as reservas de O2 do nadador são consumidas, enquanto que o sangue tem um nível anormalmente baixo de ácido carbônico decorrente da hiperventilação que precedeu o mergulho.
Dessa forma, até que o nível de ácido carbônico atinja concentração sangüínea que estimule os centros nervosos e o mergulhador sinta a necessidade de voltar a tona, será necessário um tempo maior.
Assim os níveis de O2 podem descer a ponto de o nadador perder os sentidos, podendo, dessa forma, se afogar.

Câimbra muscular

A câimbra é uma contração involuntária, duradoura e dolorosa, que aparece espontaneamente podendo se prolongar por vários minutos.

Ela ocorre em um determinado músculo ou grupo de músculos, e pode ocorrer durante o sono ou em outra situação de repouso, durante a atividade física ou horas após.

É descrita por desportistas de diferentes modalidades e predominam nos membros inferiores e podem ser uma contração concêntrica prévia do músculo que está em repouso.
Em atletas ela mais comum à noite após períodos de treinamento intensos, ocorrendo principalmente, nas grandes massas musculares.


Observa-se que a ocorrência de câimbras pode ser em função de alterações metabólicas decorrentes do treinamento, ou em função de fluxo sangüíneo deficiente para um grupo muscular.




A presença de câimbras também está associada à exposição à baixas temperaturas.
As chamadas câimbras do “calor” são observadas em decorrência de exercícios prolongados, feitos em ambientes com temperatura elevada e com uma alta taxa de sudorese que acarreta uma perda excessiva de líquido e baixa acentuada nos ions corporais.
Não está bem definido o mecanismo responsável pela câimbra, mas algumas teorias são levantadas.

Monod e Flandrois (1994) citam dois prováveis mecanismos:
- Uma co-ativação de nível anormal dos músculos agonistas e antagonistas pode desencadear a câimbra.
- Uma modificação do conteúdo de Ca++ do sarcoplasma devido a uma insuficiência de ATP, não permite o retorno do Ca++ para o retículo sarcoplasmático e o relaxamento do músculo não ocorre.


O que fazer: Em geral a câimbra é mais rapidamente eliminada quando se promove a extensão do grupo muscular afetado.



É isso aí ! Vivendo e aprendendo...


REFERÊNCIAS Ästrand, PO, Rodahl, K. 1986. Textbook of work physiology: physiological bases of exercise, McGraw Hill College. Kizaki, T; Haga, S; Sakata, I; Ookawara, T; Segawa, M; et al.. 2000. Swimming training prevents generation of suppressor macrophages during acute cold stress. Medicine & Science in Sport & Exercise. 32(1):143-148. McArdle, W.; Katch, F.I.; Katch, V.L. (1998). Fisiologia do exercício, energia, nutrição e desempenho humano. 4edição. Interamericana. Rio de Janeiro. Manod, H; Flandrois, R. 1994. Physiologie du sport - Bases physiologiques des activités physiques et sportives, Paris, 3e édition, Masson. Maglischo, EW. 1999. Nadando ainda mais rápido. Manole, São Paulo. Nadel, ER; Holmér, I; Bergh, U; Ästrand P-O; Stolwijk, JAJ. 1974. Energy exchange of swimming man. Journal of Applied Physiology. José Ney Ferraz (UFRJ) Fátima Palha de Oliveira (UFRJ)

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Síndrome de Down na Natação

Ter um parente ou um amigo portador de nescessidades especiais , nos confronta com realidades que normalmente passa desapercebidas por outros.A imagem “http://3.bp.blogspot.com/_p5eM5ysXu40/Sc5YJDDyfpI/AAAAAAAABmc/scnFYj21oqI/s400/NATA%C3%87%C3%83O+2.jpg” contém erros e não pode ser exibida.
A inclusão social é ainda um grande desafio para as pessoas portadoras de qualquer tipo de necessidade especial e suas famílias.
Mesmo que a legislação brasileira já garanta esse direito, na prática, ele não é exercido de maneira satisfatória.

Quando pensamos em atividade física em geral, ainda é uma grande desafio pelo despreparo de muitos profissionais, preconceito e limitação física de muitos estabelecimentos.

E em alguns casos a própria família subestima o potencial do deficiente, limitando-o.

Por mais obstáculos que existam, ainda é possível praticar natação para boa parte dos portadores de necessidades especiais, o trabalho maior é encontrar locais adequados que se indentifiquem com a sua necessidade e seus objetivos.
A imagem “http://www.meioemensagem.com.br/mmonline/conteudo/fotos/94200810400metasocial_nota.jpg” contém erros e não pode ser exibida.

Portadores de necessidades especiais ganham maior visibilidade na mídia, mas ainda há muito preconceito.

A imagem “http://universofantastico.files.wordpress.com/2009/03/monica-_diferencas1.jpg” contém erros e não pode ser exibida.

Existem muitas associações, Clubes , academias, Escolas e até centro educacionais Esportivos que desenvolvem trabalhos na área de Natação. Um Exemplo é o Centro Olimpíco que alguns anos tinha uma equipe,

É bom Saber: Dia Mundial da Síndrome de Down (21 de março).
Mas, Oque é SÍNDROME DE DOWN?
A síndrome de Down (SD) é a síndrome genética melhor conhecida. É responsável por 15% dos portadores de atraso mental que frequentam instituições próprias para crianças especiais. Sua primeira descrição clínica foi publicada em 1866 por Langdon Down.

O diagnóstico preciso é feito através do cariótipo que é a representação do conjunto de cromossomos de uma célula.
O cariótipo é, geralmente, realizado a partir do exame dos leucócitos obtidos de uma pequena amostra de sangue periférico.

É também possível realizá-lo, antes do nascimento, depois da décima primeira semana de vida intra-uterina, utilizando-se tecido fetal.


A causa da SD é o excesso de material genético proveniente do cromossomo 21.
Seus portadores apresentam três cromossomos 21, ao invés de dois, por isto a SD é denominada também Trissomia do 21.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

As características clínicas são congênitas e incluem, principalmente:

Aproximadamente cinqüenta por cento de todas as crianças com a síndrome têm uma linha que cruza a palma das mãos (linha simiesca), e há, freqüentemente, um espaço aumentado entre o primeiro e segundo dedos do pé. Freqüentemente estas crianças apresentam mal-formações congênitas maiores.


Alterações


  • As principais são as do coração (30-40% em alguns estudos), especialmente canal atrioventricular, e as mal-formações do trato gastrointestinal, como estenose ou atresia do duodeno, imperfuração anal, e doença de Hirschsprung.

  • Alguns tipos de leucemia e a reação leucemóide têm incidência aumentada na síndrome de Down. Estimativas do risco relativo de leucemia têm variado de 10 a 20 vezes maior do que na população normal; em especial a leucemia megacariocítica aguda ocorre 200 a 400 vezes mais nas pessoas com síndrome de Down do que na população cromossomicamente normal. Reações leucemóides transitórias têm sido relatadas repetidamente no período neonatal.

  • Entre oitenta e noventa por cento das pessoas com síndrome de Down têm algum tipo de perda auditiva, geralmente do tipo de condução. Pacientes com síndrome de Down desenvolvem as características neuropatológicas da doença de Alzheimer em uma idade muito mais precoce do que indivíduos com Alzheimer e sem a trissomia do 21.
    Cuidados especiais

As crianças com síndrome de Down necessitam do mesmo tipo de cuidado clínico que qualquer outra criança. Contudo, há situações que exigem alguma atenção especial.



A síndrome de Down acontece por um problema na formação de um cromossomo, um dos trechos do nosso DNA.
É uma das ocorrências genéticas mais comuns e acontece com todas as raças. Ela causa dificuldades de desenvolvimento físico, facial e das habilidades de compreensão, o que torna a aprendizagem mais devagar. Por isso, o portador requer mais estímulos nas atividade.
A síndrome não é uma doença.



Portanto, os portadores dela não são pessoas doentes.
A Natação

Existem poucos trabalhos sérios nessa área, mas entretanto um dos disponíveis na Internet conduzido pela professora Rita de Cássia P. P. Homem e Jônatas F. Barros, da Faculdade de Educação Física UnB.

Porém há um consenso entre profissionais da área de saúde e educação sobre os benefícios da natação, crianças com a Síndrome de Down podem ter um bom desenvolvimento, bastando que para isso tenham oportunidade e sejam acompanhadas por profissionais experientes. Como não poderia deixar de ser, essas crianças são classificadas em grupo especial e para fazer atividade física o profissional de Educação Física deve estar alinhado com a equipe multidisciplinar que em princípio já as acompanha desde o nascimento.
Mas cuidado:

A imagem “http://www.educacaofisica.com.br/blogs/dentrodagua/imagens/Image/Natacao_inclusiva2.jpg” contém erros e não pode ser exibida.
A Síndrome de Down tem algumas características que precisam ser respeitadas, importantes na questão da saúde diretamente relacionadas com a atividade física adequada caso a caso, são elas:


Cardiopatias congênitas Podem estar presentes em 50% dos casos. A criança deve passar, logo ao nascimento, por um minucioso exame cardiológico a fim de detectar qualquer alteração na estrutura e funcionamento do coração e ser corrigido o mais breve possível. Por isso ao iniciar um treino ou aula mais intensa verifique se o aluno fez todos os exames necessários.
Os mais comuns são um defeito do canal atrioventricular, a comunicação interventricular ou inter-atrial e a Tetralogia de Fallot.

Diagrama anomalias cardíacas defeitos presentes latetralogía de Fallot(bastante comum SD): A. Estenose pulmonar, B. Aorta acabalgada, C. Defeito no septo ventricular, C. Defeito do septo ventricular, D. Hipertrofia do ventrículo direito.

Mais tarde alguns sinais podem ser indicadores de problemas não manifestados antes, tais como o baixo ganho de peso, desenvolvimento mais lento quando comparadas a outras crianças com a mesma Síndrome, malformações torácicas, cianose de extremidades e cansaço constante
A imagem “http://4.bp.blogspot.com/_0pM4Fsu3s7w/SH4FetL9XXI/AAAAAAAAAII/OHTBZfyu0sY/s320/ni%C3%B1o+con+sondrome+down+nadando.bmp” contém erros e não pode ser exibida.




Problemas Respiratórios
Quando não existir impedimentos médicos a natação é bastante aconselhada por conta de um trabalho preventivo do sistema respiratório. As crianças com a Síndrome de Down são suscetíveis a constantes resfriados e pneumonias de repetição por causa de uma predisposição imunológica e à própria hipotonia da musculatura do sistema respiratório. Como o uso repetido de antibióticos é desaconselhável os exercícios de sopro, a respiração forçada na água e todos que aumentem a resistência cardiorrespiratória são sugeridos especialmente nos períodos de boa saúde da criança. Como a natação por si só, não é uma atividade natural do ser humano, tendo que aprender a dominar as características físicas da água para flutuar, se deslocar e respirar, para as crianças com Down já representa mais um desafio que elas normalmente se adaptam com facilidade. Além disso, associa-se o cuidado com a higiene nasal e manobras que evitem o acúmulo de secreção. À essas crianças não deve ser imposta regras fixas. Através de brincadeiras na água elas podem exercitar o fundamento específico. No caso da natação, deve-se ter também mais cuidado com as possíveis inflamações de ouvido, uma vez que 60 a 80% dessas crianças apresentam rebaixamento auditivo uni ou bilateral podendo causar desde leves déficits auditivos até aumento de cera no canal do ouvido e acúmulo de secreção.
A imagem “http://blogs.librodearena.com/myfiles/atinando/down.jpg” contém erros e não pode ser exibida.

Instabilidade Atlanto-Axial (Coluna Cervical) Trata-se de um espaço maior entre a 1ª e 2ª vértebras, respectivamente Atlas e Áxis, que essas crianças podem apresentar por conta de alterações anatômicas e pela hipotonia dos músculos e ligamentos do pescoço. O exame de Raios-X a partir de dois anos e meio a três nas posições de flexão, extensão e neutra tira a dúvida e conduz ao tratamento certo. Em função disso as atividades de impacto e os movimentos bruscos que podem ocorrer no nado golfinho, nas cambalhotas e saídas ou mergulhos brucos que causem impactos são contra indicados. No caso destas atividades as crianças liberadas pelo médico podem e devem praticar, com bons resultados. Muita atenção pois há registros de muitos acidentes devido a instabilidade com portadores SD que levam a tetraplegia ou morte.
As crianças com Síndrome de Down se desenvolvem normalmente se acompanhadas, tratadas e estimuladas cedo. Vários trabalhos mostram que as respostas fisiológicas induzidas pelo exercício físico são semelhantes às não portadoras e a expectativa de vida aumentou a partir do acesso à informação ajudando a quebrar o preconceito.
Para Pensar...
A síndrome de down não impediu Humberto de traçar uma carreira e nem de namorar
O estudante de Educação Física, Humberto Suassuna, de 28 anos, é down e pode servir como exemplo para muitos outros. Morador de Recife, Pernambuco, ele está no último ano da faculdade e já atua na área.
Também faz estágio em um clube há um ano, onde ajuda duas professoras de natação para iniciantes.
"A síndrome nunca me impediu de estudar e trabalhar. Dou aulas de segunda a sexta. Estou com sete turmas, incluindo uma de criancinhas que ainda não sabem nadar e grudam em mim!", conta feliz.

Humberto nunca sofreu preconceito na faculdade e no estágio, mas quando trabalhava no Ministério do Trabalho se sentia discriminado. A sensação só passou quando foi demitido e, então, resolveu se dedicar à educação física. Não é preciso de muito para um down fazer exatamente as mesmas coisas que as outras pessoas fazem.
O portador da síndrome apenas precisa de mais estímulos que as outras pessoas.
E foi com esses estímulos que Humberto criou uma rotina diária atribulada, e ainda arrumou uma namorada, a Rafaela. Os dois estão juntos há oito meses e querem noivar no final do ano. "Pretendemos casar daqui dois anos. Quero ser uma ótima pessoa para ela, respeitando-a e a tratando como ela merece", finaliza entusiasmado.
Para quem acha que as palavras do nobre colega Humberto não tem percepção da realidade.


Rogério Albuquerque


EM FAMÍLIA
Valentina não herdou a deficiência intelectual do pai, Fábio, nem a síndrome de Down da mãe,

O portador da SD que quer praticar natação pode procurar , clubes e associações como : APAE ,AMEI em Marília,
A imagem “http://2.bp.blogspot.com/_p5eM5ysXu40/SWDrf2QMhSI/AAAAAAAABaw/5eLlrDLKBoo/s400/1214445509.jpg” contém erros e não pode ser exibida.
Caso já seja atleta ou tenha interesse em praticar com mais intensidade como atleta deve procurar a ABDEM, a Associação Brasileira de Desportos de Deficientes Mentais .



http://www.aleph.com.br/cdi/

ARDEM ASSOCIACAO REG DE DESPORTO E DEFICIENTES MENTAIS EST SP
+55 (11) 6341-3606 R JOAO BATISTA MENDO, 150,
SAO PAULO, SP


ASSOCIAÇÃO REGIONAL DO DESPORTO DE DEFICIENTES MENTAIS
Endereço: Rua Batista Mendo, 150 - Jd. Avelino - Zona Leste
CEP: 03227-040
Telefone(s): 6341-3606
E-mail:
ardem@terra.com.br
Site:
http://www.ardemsp.com.br
Clubes filiados
ACPD – Associação Capixaba Paraolímpica de DesportoEndereço: Rua Alcides Vianna, 35. Jardim Camburi / Vitória - ES CEP: 29090-530
ADD – Assoc. Campo-Grandense Para-Desportiva Driblando as DiferençasEndereço: Travessa do Touro, 50. Ginásio Avelino dos Reis – Guanandizão. Campo Grande/MSCEP: 79081-130 Telefone: (67) 3325-0386E-mail:
add.ms@ibest.com.br
ADEFU – Associação dos Deficientes Físicos de UberabaEndereço: Rua Francisco Moreira Araújo, 70. Cj. Uberaba 1. Uberaba/MGCEP: 38073-182 Telefone: (34) 3315-7477 / (34) 3338-9799E-mail: jcjeronimo@netsite.com.br
ADFEGO – Associação dos Deficientes Físicos do Estado de GoiásEndereço: Av. Independência, 3026. Vila Nova. Goiânia/GOCEP: 74645-010 Telefone: (62) 2202-3313E-mail: adfego@terra.com.br
ADFISA – Associação dos Deficientes Físicos de SantosEndereço: Rua Dr. Luiz de Faria, 126/03. Gonzaga. Santos/SPCEP: 11060-481 Telefone: (13) 3289-6814 / (13) 3561-6888E-mail: emrodas@uol.com.br
ADFP – Associação dos Deficientes Físicos do ParanáEndereço: Rua XV de Novembro, 2765. Auto da Rua XV. Curitiba/PRCEP: 80050-000 Telefone: (41) 3264-7234E-mail: esporte@adfp.org.br
AETERJ – Associação de Equoterapia / Equitação Terapêutica do Estado do Rio de JaneiroEndereço: Av Bartolomeu de Gusmão, 453. São Cristóvão. Rio de Janeiro/RJCEP: 20941-160
AMDD – Associação Maringaense de Desportos para DeficienteEndereço: Av. Colombo, 5790. UEM – C.A.P (CAIC). Zona 07. Maringá/PRCEP: 87030-121 Telefone: (44) 3222-6810 / (44) 3263-8310E-mail:
dbaroni@wnet.com.br
AMDF – Associação Mogiana de Deficientes FísicosEndereço: Rua Navajas, 616. Shangai. Mogi das Cruzes/SPCEP: 08710-250 Telefone: (11) 4799-0660 / (11) 4798-4531E-mail: amdfmogiana@terra.com.br
ANDEF – Associação Niteroiense dos Deficientes FísicosEndereço: Estrada Velha de Marica, 4830. Rio do Ouro. Niterói/RJCEP: 24330-000 Telefone: (21) 3262-0050E-mail: andef.esportes@terra.com.br
APARU – Associação dos Paraplégicos de UberlândiaEndereço: Rua Juvenal Martins Pires, 281. Jd. Patrícia. Uberlândia/MGCEP: 38414-186 Telefone: (34) 3217-0777E-mail: aparu@aparu.org.br
APBS – Associação Paradesportiva da Baixada SantistaEndereço: Rua das Galhetas, 435. Bl. 9-41. Astúrias. Guarujá/SPCEP: 11420-100 Telefone: (13) 3383-9552E-mail: apbsantista@ig.com.br
APCB – Associação de Paralisia Cerebral do BrasilEndereço: Rua Álvaro Alvim, 37. Sala 604. Centro. Rio de Janeiro/RJCEP: 20031-070 Telefone: (21) 2240-3807E-mail: apcb@apcb.org.br
APDEF – Associação Petropolitana dos Deficientes FísicosEndereço: Rua Chile, 106B. Apt. 7. Alto da Serra. Petrópolis/RJCEP: --- Telefone: (24) 2242-4921E-mail: mcampeao@terra.com.br
APODEC – Associação dos Portadores de Deficiência de CaruaruEndereço: Rua Professor Sérgio Coelho, S/N. Lot. Rosa de Saron. Cedro. Caruaru/PECEP: 55002-971 Telefone: (81) 3722-90638E-mail: apodec.caruaru@ig.com.br
APPD – Associação Paraense das Pessoas com DeficiênciaEndereço: Passagem Alberto Engelhard (Vila Teta), 213. São Brás. Belém/PACEP: 66040-130 Telefone: 3249-4849E-mail: appd.appd@yahoo.com.br
APTS – Associação Paradesportiva em Taboão da SerraEndereço: Rua Olímpia Thomaz de Aquino, 105. Jd. Das oliveiras. Taboão da Serra/SPCEP: 06765-370 Telefone: (11) 4701-9376E-mail: aptstaboao@orolix.com.br
CAD – Clube Amigos dos DeficientesEndereço: Rua Cenobelino de Barros Serra, 1936. São José do Rio Preto/SPCEP: 15030-000 Telefone: (17) 3231-7463E-mail: cadriopreto@yahoo.com.br
CADEF – Centro de Apoio do Deficiente Físico do Rio Grande do NorteEndereço: Av. Nascimento de Castro, 954. Dix. Dept. Rosado. Natal/RNCEP: 59054-180 Telefone: (84) 2223-5594E-mail: cadefrn@uol.com.br
CAIRA – Centro Arco Íris de Reabilitação AlternativaEndereço: Rua Arlindo de Andrade, 67. Centro. Campo Grande/MSCEP: 79008-370 Telefone: (67) 3321-0960E-mail: yarayule@hotmail.com
CLUBE DO OTIMISMOEndereço: Rua Hemengarda, 487. Méier. Rio de Janeiro/RJCEP: 21853-480
CEDE – Clube Esportivo dos DeficientesEndereço: Rua Quinze de Novembro, 2765. Alto da Quinze. Curitiba/PRCEP: 80050-000 Telefone: (41) 3669-5047
CEMDEF – Clube Paradesportivo CEMDEFEndereço: Rua José Passarelli, 37. Belo Horizonte. Campo Grande/MSCEP: 79090-200 Telefone: (67) 3331-5305E-mail:
fut7pantanal@yahoo.com.br
CEPAC – Associação Criança Especial de Pais CompanheirosEndereço: Travessa Catarina Magela Ramos, S/N. Jacareí/SPCEP: 12310-070 Telefone: (12) 3951-1888 / (12) 3951-6032E-mail: cepac@bighost.com.br
CEPE – Centro Esportivo para Pessoas EspeciaisEndereço: Rua Benjamin Constant, 684/404. Bairro América. Joinville/SCCEP: 89210-035 Telefone: (47) 3425-3943E-mail: cepe1@brturbo.com.br
CETEFE – Associação de Centro de Treinamento de Educação Física EspecialEndereço: SAIS – Área 2-A. Edifício ENAP – Ginásio de Esportes. Brasília/DFCEP: 70610-900 Telefone: (61) 3345-0197E-mail: ulisses@ucb.br
CPRJ – Centro de Amparo ao Incapacitado FísicoEndereço: Rua Virgem Peregrina, 146. Piedade. Rio de Janeiro/RJCEP: 21381-070 Telefone: (21) 2218-5709 / (21) 2597-0249
CPSP – Clube dos Paraplégicos de São PauloEndereço: Rua Pedro de Toledo, 1651. Sala 20. Vila Clementino. São Paulo/SPCEP: 04039-034 Telefone: (11) 5575-6675E-mail:
cpsp.sp@terra.com.br
CRFLA – Clube de Regatas do FlamengoEndereço: Avenida Borges de Medeiros, 997. Lagoa. Rio de Janeiro/RJCEP: 22432-040 Telefone: (21) 21590-100E-mail: albere@opelink.com.br
CVI – Centro de Vida IndependenteEndereço: Av. Colombo, 5790. UEM – C.A.P (CAIC). Bl. T14. Maringá/PRCEP: 87030-121 Telefone: (44) 2263-8310E-mail: cvi_mga@wnet.com.br
IBDD – Instituto Brasileiro de Defesa dos Direitos da Pessoa com DeficiênciaEndereço: Rua Artur Bernardes, 26. Loja A. Catete. Rio de Janeiro/RJCEP: 22220-070 Telefone: (21) 3235-9290E-mail: ibdd@ibdd.org.br
INSTITUTO SUPERAREndereço: Rua Victor Civita, 66, bloco 2, ed 04, sala 205. Barra da Tijuca. Rio de Janeiro/RJ.CEP: 22775-040 Telefone: (21) 3535-9473E-mail: julia@institutosuperar.com.br
RCP – Rondônia Clube ParaolímpicoEndereço: Rua Algodoeiro, 5490. Cj. Cohab Floresta. Porto Velho/ROCEP: 78911-250 Telefone: (69) 3227-5832 / (69) 3221-4541E-mails: rcp-rondonia@bol.com.br / silviocubio@bol.com.br
SADEF – Sociedade Amigos do Deficiente Físico do Rio Grande do NorteEndereço: Rua Dr. Luís Antônio, 661. Alecrim. Natal/RNCEP: 59030-070 Telefone: (84) 3231-4783E-mail: sadefrn@terra.com.br
SUZANO – SPEndereço: Rua Expedicionário Abílio Fernandes, 150. Centro. Suzano – SPCEP: 08675-100
TTC – Tijuca Tênis ClubeEndereço: Rua Conde de Bonfim, 451. Tijuca. Rio de Janeiro/RJCEP: 20520-051 Telefone: (21) 3294-9300E-mail:
aquatico@tijucatenis.com.br
TRADEF – Trabalho de Apoio ao DeficienteEndereço: Rua José malozze, 975. Mogilar. Mogi das cruzes/SPCEP: 08773-200 Telefone: (11) 4790-3255 / (11) 4790-1685E-mail: tradef.apoio@ig.com.br
UFPE - PEEndereço: Rua Professor Moraes Rego, 1235. Cidade Universitária. Recife/PECEP: 50670-901Telefone: (81)2126-8461/2126-8462E-mail: aaaufpe@hotmail.com / snefdc@ufpe.br
UNC - Fundação Universidade do Contestado Campus Canoinhas/Núcleo Porto União Endereço: Rua Joaquim Nabuco, 314. Cidade Nova. Porto Uniao/SCCEP: 89400-000Telefone: (42)3523-2328E-mail:
projeto_superacao@pu.unc.br
Avenida Almirante Barroso, 6 - salas 501, 502, 503 - Centro - Rio de Janeiro / RJ - CEP 20031-000
© 2009 Associação Nacional de Desporto para Deficientes Projeto web:
RJNET
Aconteceu, mas com certeza quase ninguém soube(no Brasil)...
Global Games é a maior competição desportiva internacional para pessoas com deficiência intelectual




Aconteceu entre os dias 5 e 14 de julho de 2009.
O Global Games 2009 reuniu cerca de 1400 atletas de 40 países em nove modalidades (Atletismo, Ciclismo, Natação, Basquete, Futsal, Tenis de mesa, Tenis, Remo in Door e o Judo como modalidade de demonstração).
Os Jogos Global 2009 é organizado pela Federação Internacional de Esportes para Pessoas com Deficiência um Intelectual (INAS-FID) e República Checa, através da Associação Desportiva para deficientes Intelectuais (CSAMH)
O Brasil participou com 54 atletas.
A primeira edição dos Global Games aconteceu na Suécia, em 2004.
O Global Games, é a maior competição desportiva internacional para pessoas com deficiência intelectual.
Brasil conquista bons resultados no Global Games
Por mais que nossos atletas e dirigentes se esforcem o Brasil ainda está engatinhando no Desporto para deficientes intelectuais, tivemos excelentes resultados, mas vai demorar um pouco para bandeira verde amarela tremular no primeiro lugar do pódium.

Agora Dê o Primeiro Passo...Dispa-se do seu Preconceito...



Bibliografia
Apego e perda. São Paulo: Martins Fontes.BOWLBY, J. (1993). (2 volumes)- Formação e rompimento dos laços afetivos. São Paulo: Martins Fontes.BOWLBY, J. (1997).- Uma base segura: aplicações clínicas da teoria do apego. Porto Alegre: Artes Médicas.BOWLBY, J. (1989).- Aspectos psicológicos da síndrome de Down. In: J. S. Schwartzman (Ed.). Síndrome de Down. São Paulo: Memnon.CASARIN, S. (1999).- Os vínculos familiares e a identidade da pessoa com síndrome de Down. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, (Dissertação de Mestrado). CASARIN, S. (2001).- A dinâmica do drama é personalidade. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Especial. Integração, Brasília, p. 29-30.CHACON, M. C. (1995).- A máscara e o rosto da instituição especializada. São Paulo: Memnon, p. 35.D’ANTINO, M. E. F. (1998). - Projeto ação conjunta: a importância do trabalho/grupo de famílias de portadores de deficiência mental para a inclusão social. Trabalho desenvolvido pela equipe interdisciplinar da APAE de São Paulo. Temas sobreDesenvolvimento, 10 (57), p. 45-48. GALVANI, C. et. al. (2001).- Orientação familiar. São Paulo: Papirus.KNOBEL, M. (1992).- A criança retardada e a mãe. São Paulo: Martins Fontes, p. 42.MANNONI, M. (1991).- Aprendiendo a conocer a las personas con síndrome de Down. Málaga: Ediciones Aljibe.MELERO, M. L. (1999).- Que he aprendido yo? Mi pensamiento antes y después del Proyecto Roma. Anais del Primeiro Congreso Internacional del Reflexión y Conclusiones. MELERO, M. L. (1997). del Proyecto Roma (p. 35-80). Málaga.- Pensando as dificuldades de aprendizagem à luz das relações familiares, Anais, V Congresso Brasileiro Psicopedagogia/I Congresso Latino-Americano de Psicopedagogia/IX Encontro Brasileiro de Psicopedagogos (p. 131-144).12 a 15 de julho, São Paulo, SP.POLITY, E. (2000).- Família y desarrolo humano. Madri: Alianza Editorial.RODRIGO, M. J. & Palácios, J. (1998).- Síndrome de Down. São Paulo: Memnon.SCHWARTZMAN, J. S. (Ed.) (1999).- O aluno surdo e sua família. Seminário repensando a educação da pessoa surda Rio de Janeiro: INES, Divisão de Estudos e Pesquisa. Rio de Janeiro, p. 68.STELLING, E. (1996).- VYGOTSKY, L. S. (1988). A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, p. 99.veja mais em : http://www.down21.org/bibliografia/bibliografia.htm

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Super Maiô- A SAGA.

Fina decidiu que maiôs de natação terão que ser de outro material
Peças também precisarão cobrir área menor do corpo .
Alain Bernard quebrou o recorde mundial dos 100m livre usando o X-Glide, da Arena
Um dia após anunciar o veto aos supermaiôs, a Federação Internacional de Natação (Fina) chegou a uma nova conclusão.
A partir de 2010, os trajes terão de ser feito de material têxtil e não mais de poliuretano. E eles também terão que cobrir uma área menor do corpo. No ano passado, 180 recordes mundiais foram quebrados com os modelos.
Mesmo nadadores que utilizaram maiôs menores apresentaram excelente desempenho.
Mas nadadores considerados medíocres (sem querer ofender ninguém), continuaram com seus tempos altos, e cometeram erros incríveis (tocar a raia, errar virada e por aí vai).
Francês Frederick Bousquet com o maiô polêmico
Neste mundial (09) não é necessário maiores comentários.
Os maiôs espaciais usados pelos principais nadadores do mundo são feitos de poliuretano, material que repele a água, tornando mais fácil o deslocamento do nadador.
As novas orientações, porém, ainda devem de ser explicadas com certeza.
A FINA informa ainda que a notícia foi suficiente para que vários técnicos comemorassem, pois ela significa tirar o foco das atenções da roupa para o desempenho dos atletas.

Agora Pense: Será depois de todo esforço dos brasileiros como
Cesar Cielo, Fabíola Molina , Henrique Barbosa, Felipe França e muitos outros seus tempos foram obtidos só por causa do Maiô?
Seria muita ingenuidade achar que uma roupa mágica me tornaria muito mais rápido, a ponto de estar entre os 10 melhores do mundo , com certeza cientificamente ajuda, mas não é tudo isso.

Tivemos neste mundial uma "briguinha de Meninas", não sei se todos lembram:
Provocado por sérvio, Milorad Cavic, Phelps quebra o recorde mundial na "prova do centésimo".
Fenômeno americano vence os 100m borboleta, conquista seu quarto ouro em Roma e faz propaganda pelo fim dos supermaiôs.
Engasgado, Milorad Cavic tentou vencer antes mesmo de entrar na piscina. Queria escrever mais um capítulo de uma história que começou no ano passado, com a derrota por um centésimo na final dos 100m borboleta dos Jogos de Pequim. No roteiro dos sonhos, a vingança do sérvio seria neste sábado, no Mundial.
Chegou ao Foro Itálico com uma bandeira do Roma sob os braços. A ideia era contar com a torcida e provocar aquele que estava na raia cinco, bem a seu lado: Michael Phelps.
Mas, depois de 49s82, os aplausos eram todos para o "vizinho".
Vitória. Em dobro. O fenômeno americano chegou 13 centésimos à frente do adversário: levou o ouro - o quarto - e derrubou o recorde mundial, que pertencia justamente a Cavic - 50s01, na véspera.
Phelps creditou sua derrota anterior para Cavic ao maiô do nadador.
Depois de ser batido pelo alemão Paul Bierdermann na final dos 200m livre, Phelps venceu os 200m borboleta com recorde mundial. Também foi campeão em dois revezamentos, no 4x100m livre e no 4x200m livre.
Phelps largou mal e virou em quarto. Cavic liderava com sobras. Parecia que iria levar a melhor no tira-teima. Mas o americano tirou forças para buscar uma incrível reação.(Coisa de Americano)
Afinal, Phelps é Phelps.
Michael Phelps vence e mostra seu 'maiô velho' speedo
Phelps não se conteve. Esbravejou, tirou a touca, socou a água. Mostrava sem parar o maiô. Na véspera, Cavic tinha dito que não queria saber das reclamações contra os trajes e que estava cansado de escutar que o mau desempenho de Phelps era culpa de seu maiô.
Phelps (à esquerda) e Cavic na chegada dos 100m borboleta: 13 centésimos de diferença
O americano usa o modelo LZR, considerado mais lento que o Jaked e o Arena. O sérvio chegou a dizer que poderia comprar um modelo novo para o rival. Mas foi justamente a "roupa velha" que ganhou um acessório dourado.
- O esporte voltará a ser dos homens. Agora, é só o maiô - disse Phelps, referindo-se ao fato de que, a partir do dia 1º de janeiro, os trajes de poliuterano serão proibidos.
Gostaria de lembrar que os fabricantes fizeram uma vasta distribuição de maiôs a todos nadadores, em uma tentativa de deixar a coisa mais "justa", Phelps pode ser um fênomeno nas piscinas, mais já provou que toda vez que sua boca está em evidência fora dela vem prejuízo pela frente.
Na minha humilde opinião não é apenas o maiô que evoluiu, mas tudo!
Desde do método de treinamento até a forma profissional que a grande maioria de nadadores encaram as provas.
Quando Speedo (patrocinador da equipe americana) era o maiô mais rápido estava tudo bem, as outras marcas evoluiram, pesquisando, testando.
Não justo tirar o mérito de todos, do técnico ao atleta passando pelos pais.
Acredito que seja uma questão meramente financeira de quem manda na natação.
Não creio que esteja encerrada a discusão, tudo caminha para uma "pizza" meio a meio deixando todos felizes e principalmente de bolsos cheios.