Para chegar ao vice-campeonato mundial, Fratus precisou cravar o melhor tempo de sua carreira na distância: 21s27. Dressel, o campeão, marcou 21s15, ainda distante do recorde mundial (20s91), registrado por Cielo no fim de 2009. Na final, o recordista bateu apenas em oitavo, com 21s83. Ele acabou fazendo tempo pior do que na semifinal, quando marcou 21s77.
O Mundial de Natação de Kazan, na Rússia, em 2015. Na ocasião, o paulista Nicholas Santos, aos 35 anos, era um atleta com duas participações olímpicas e estava em seu quinto evento de piscina longa. Suas conquistas anteriores até então aconteceram em disputas menos chamativas, como o Mundial de Piscina Curta, o Pan e a Universíade. Parecia que o nadador de Ribeirão Preto encerraria sua carreira sem deixar sua marca nos grandes palcos.
Nicholas Santos nadou aquela prova dos 50 metros borboleta em 23 segundos e 9 centésimos, conquistou a prata e, de quebra, tornou-se o nadador mais velho da história a conquistar uma medalha em Mundiais.
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Nicholas Santos (a dir.) cumprimenta o inglês Benjamin Proud, vencedor da prova de 50m borboleta no Mundial de Esportes Aquáticos, em Budapeste (Al Bello/Getty Images) |
Infelizmente, essa prova não é olímpica – somente os 50 metros nado livre entram no programa dos Jogos – e o ribeirão-pretano não se classificou para a Rio-2016 nos 100 metros borboleta. A ausência no evento do ano passado quase ocasionou a aposentadoria de Nicholas, que foi convencido a ficar pelo presidente de seu clube, a Unisanta.
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Nicholas Santos é prata nos 50m borboleta no Mundial de Esportes Aquáticos de Budapeste, na Hungria (Al Bello/Getty Images)
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Nicholas Santos provocou a admiração de todos os atletas e técnicos na competição ao conquistar a prata nos 50m borboleta aos 37 anos. O atleta mais velho a subir no pódio da maior competição da FINA.
Em Budapeste, na Hungria, Nicholas Santos repetiu a prata na prova que o consagrou dois anos antes e revelou que tem um objetivo alto antes de parar: quebrar o recorde mundial dos 50 metros borboleta (22 segundos e 43 centésimos), que pertence ao espanhol Rafael Muñoz. A marca foi conquistada em 2009, na época dos supertrajes – maiôs especiais que ajudavam os atletas a nadar mais rápido por repelir a água e comprimir os músculos.
João Gomes Júnior conquistou a medalha de prata na prova dos 50m peito , marcou 26s52 e, além do recorde do continente americano, fez a quarta melhor marca na prova em todos os tempos.
As três primeiras foram do britânico medalhista de ouro Adam Peaty, com 25s99, e que superou o recorde mundial nas eliminatórias (26s10) e nas semifinais (25s95). O bronze foi para o sul-africano Cameron Van der Burgh (26s60) e o quarto colocado, Felipe Lima (26s78).
O revezamento brasileiro 4 x 100m livres conquistou a medalha de prata no Mundial de natação de Budapeste neste domingo (23) ficando atrás apenas nos Estados Unidos (3min10s06). A equipe formada por César Cielo, Bruno Fratus, Marcelo Chierighini e Gabriel Santos fez o tempo de 3min10s34.
Apenas Gabriel Santos, que abriu o revezamento, não conseguiu bater os norte-americanos ao cair na água fazendo o tempo de 48s30 com 1 segundo de diferença para os rivais. Os tempos dos outros brasileiros foram: Marcelo Chierighini 46s85, Cesar Cielo 48s01, Bruno Fratus 47s18. Chierighini teve a melhor parcial da prova.
A medalha encerra um jejum de 17 longos anos no revezamento da natação brasileira e coroa uma geração. Afinal, se Gustavo Borges e cia ganharam o bronze nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000 e no Mundial de Roma, em 1994.
RX da Campanha brasileira no Mundial de Budapeste 2017
O Brasil encerrou sua participação no Mundial dos Esportes Aquáticos de Budapeste com sua segunda melhor campanha em número total de medalhas.
Foram oito pódios no total — 2 ouros, 4 prata e 2 bronzes — somando maratonas aquáticas e natação. Antes, Barcelona 2013 tem o maior número de medalhas (10) e Xangai 2011, o maior número de pódios dourados, com quatro vitórias .
Além das oito medalhas, o Brasil termina o Mundial dos Esportes Aquáticos de Budapeste com sete finais e sete semifinais.
A Mulher Brasileira em Budapeste 2017
Nas maratonas aquáticas Ana Marcela Cunha brilhou sagrando-se a primeira brasileira tricampeã mundial.Venceu em 2011, 2015 e 2017.
A nadadora conquistou o ouro com o tempo de 5h21m58s na prova de 25k.
Ana Marcela também conquistou duas medalhas de bronze nos 5km e 10km.
Etiene Medeiros mais uma vez foi pioneira sendo a primeira brasileira campeã de natação em um Mundial dos cinco esportes da Federação Internacional.
Etiene Venceu a final dos 50 metros costas no Mundial de Esportes Aquáticos que está sendo realizado em Budapeste, com a marca de 27s14.
A brasileira, assim, superou em apenas 0s01 a chinesa Yuanhui Fu, medalhista de prata e que era a sua principal rival na disputa pelo ouro na final, além de ter registrado um novo recorde sul-americano dos 50m costas. Completando o pódio a bielo-russa Aliaksandra Herasimeia, que cravou 27s23 para garantir a terceira posição.
Nas semifinais, quando foi a mais rápida, com a marca de 27s18, quebrou o recorde sul-americano. Na final, melhorou a sua própria marca por 0s04, o que foi determinante para a conquista da medalha de ouro.
Medalhas
Ouro - 50m costas - Etiene Medeiros (Recorde das Américas)
Prata — 4x100m livre — Gabriel Santos, Marcelo Chierighini, Cesar Cielo e Buno Fratus (Recorde Sul-Americano)
Prata — 50m borboleta — Nicholas Santos
Prata — 50m peito — João Gomes Junior (Recorde das Américas)
Prata — 50m livre — Bruno Fratus
Finais
1º — 50m costas — Etiene Medeiros
4º — 50m Peito - Felipe Lima
5º — 100m livre — Marcelo Chierighini - 48s11
5º — 4x100m medley — Guilherme Guido, João Gomes Júnior, Henrique Martins e Marcelo Chierighini6º — 50m borboleta — Henrique Martins
7º — 100m costas — Guilherme Guido
7º — 400m medley — Brandonn Almeida
Semifinais
10º — 200m medley — Joanna Maranhão (Recorde Sul-Americano)
10º — 100m peito — Felipe Lima
11º -— 100m peito — João Gomes Júnior
11º — 200m costas — Leonardo de Deus
12º — 50m costas — Guilherme Guido
14º — 100m livre - Gabriel Santos
14º — 200m borboleta — Leonardo de Deus
Na Hungria, o país termina na 4ª colocação nas maratonas aquáticas, no 9º lugar na natação e em 10º no quadro geral de medalhas.
Entre as 176 nações que participaram em Budapeste, 29 países que subiram ao pódio, apenas cinco eram das Américas: Estados Unidos (1º); Brasil (10º), o Canadá (13º), Equador (22º) e México (20º).
Me atrevo a sonhar... Imaginem se não houvesse corrupção e desvio verbas... Com certeza o primeiro lugar seria nosso!