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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Natação X Menstruação

Os jogos do Rio 16 sem dúvida mostrou se extremamente feminino.
Não apenas pelas emoções causadas pelas equipes de esportes coletivos mas pela quebra de tabu.
Desde nossa primeira medalha na natação feminina brasileira na prova de águas abertas,  até a empatia gerada pela nadadora chinesa Fu Yuanhui de 20 anos ,
Fu Yuanhui  ganhou  medalha de bronze na prova dos 100 metros costas nos Jogos Olímpicos, mas a ela trouxe humanidade as nadadoras olímpicas  depois de competir os 4x100 medley pela China,  deu uma entrevista para o canal chinês CCTV, Onde Sem nenhuma vergonha, ela admitiu que não nadou bem porque estava menstruada. 
A China ficou em quarto lugar na prova.  Um pouco antes da entrevista, a câmera mostra a nadadora sofrendo com cólicas e estirada no chão. Quando a repórter viu as condições da atleta, ela perguntou: "Seu estômago deve estar doendo muito agora, não?".
“Eu não acho que fui muito bem hoje. Sinto que desapontei meus companheiros de equipe”, disse. Pouco depois ela começou a se contorcer e, questionada pela repórter se estava com dor de estômago, ela respondeu: “Minha menstruação veio ontem, então eu me senti particularmente cansada, mas isso não é uma desculpa. Eu não nadei bem o suficiente”, comentou.


A honestidade de Fu impressiona no meio de uma cultura esportiva que ainda encara a menstruação de uma mulher como um 'tabu'.
Onde infelizmente muitos enxergam nadadoras sem sexo, sem ciclo, sem cólicas e todos com a mesma  quantidade de hormônios.
Afinal, Dá para Nadar Menstruada?
A natação é uma atividade física que gera muito benefícios, principalmente porque durante a sua prática são movimentados grande parte dos músculos do corpo e sem grande esforço, pois os  orgãos estão no meio líquido. Fazer natação pode ser um problema para as meninas quando elas se encontram menstruadas, pois receiam que se note alguma coisa.  Mas sim, é possível praticar natação estando menstruada.
Se você está menstruada, usa absorventes... por isso dentro de água irá fazer o mesmo.

No entanto não é aconselhável que use absorventes externos dentro de água. Além de não ser higiênico, irá notar-se que está usando e pode haver o risco de, com os movimentos, o líquido se espalhar pela água. Evite constrangimento , escolha uma das opções referidas abaixo. 


O absorvente mais indicado é o interno. Se nunca usou este tipo de absorvente é normal que sinta receio, no entanto ele é o mais confortável e higiênico. Ao contrário do que se possa pensar, esse tipo de absorvente não tira a virgindade e, quando bem colocado, não sairá sozinho. Leia o folheto de instruções que o acompanha para ficar mais tranquila e apenas se lembre de esconder bem a cordinha que fica do lado de fora.

Ainda dentro das opções dos absorventes internos tem os coletores. É uma inovação relativamente recente ainda pouco conhecida, mas no fundo ele funciona da mesma forma que o anterior, com a diferença que não é descartável, a higienização do material  deve ser cuidadosa.

Ainda bem desconhecida no Brasil, a esponjinha é muito usada pelas europeias. Ela é indicada para as que possuem alergias aos componentes industrializados dos absorventes. Ela tem uma abertura, em formato de coração, para encaixar o dedo e facilitar a colocação no canal vaginal (entra fechadinha e depois se abre, mas sem riscos de rompimento do hímen). Como todo absorvente interno, a atenção na colocação e com a higiene das mãos deve ser redobrada. Totalmente descartável, a esponjinha deve ser trocada exatamente igual ao absorvente interno, de quatro em quatro horas. Ela promete liberdade total à mulher: permite, sem causar incomodo a natação e/ou contato com mar, sauna, academia, prática de esportes e, o mais inusitado, pode ser usada durante as relações sexuais. A esponjinha pode ser encontrada em algumas lojas virtuais.
A tecnologia evolui vamos ver daqui uns anos.
O importante é a nadadora sentir se bem.
Se o seu problema forem as dores menstruais, a prática de exercício físico ajuda a aliviá-las.  Porém se o desconforto for intenso suspenda a atividade e procure auxílio médico.
No país do Carnaval, samba e rítmos "calientes"  é difícil acreditar que falar sobre menstruação ainda seja um tabu... 
Se culturas tão tradicionais como a chinesa dão sinal de visibilidade da mulher.
Podemos Esperar melhores tempos para a natação feminina...

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

A Especialista e a Dama de Ferro










Se nas provas masculinas Michael Phelps é a grande estrela, nas femininas o trono é dividido por duas campeãs olímpicas e recordistas mundiais: a americana Katie Ledecky e a húngara Katinka Hosszú.
As duas não deram chance para as adversárias, cada uma em suas especialidades no Rio-2016.

Ledecky é uma especialista nas provas de nado livre e nadou também os 800m. O recorde mundial dava de 8min06s68,  baixou para que 8min04s79.

Já a Dama de Ferro da Hungria, que ganhou esse apelido porque sempre disputa muitas provas nos campeonatos de que participa, tem como provas mais fortes as de medley por conseguir nadar bem os quatro estilos. 

DAMA DE FERRO
A húngara Katinka cruzou os cerca de 50 metros da área destinada a entrevistas apressada. O semblante era fechado. A nadadora parecia visivelmente incomodada. Um desavisado diria que, minutos antes, ela fracassara na piscina do Estádio Aquático. 
Katinka, porém, havia conquistado o ouro, seu terceiro nesta Olimpíada, com direito a quebra de recorde olímpico nos 200m medley. Uma hora depois, a Dama de Ferro, apelido que ganhou dos chineses no Mundial de 2013, quando subiu ao pódio cinco vezes em oito disputas, estava bem mais leve. “Esta noite eu não acho que fiz minha melhor prova”, avaliou.
A autoanálise fria e dura deu lugar a um sorriso pouco depois. “Até vir para o Rio eu não tinha nenhuma medalha olímpica. Então eu estaria feliz com uma medalha de qualquer cor”, afirmou Katinka, que é uma colecionadora de medalhas em mundiais.
E talvez tenha sido isso que pressionou a atleta nos últimos tempos. 
A húngara de 27 anos disputou todos os Jogos Olímpicos desde Atenas, em 2004. Na última edição, em Londres, era apontada como favorita para a prova dos 400m medley, mas encerrou apenas na quarta colocação. 
Saiu de lá incomodada. “Nos últimos quatro anos eu trabalhei realmente forte. Quando eu vim para o Rio, eu estava pronta para competir”, comentou Katinka.
Agora, ela já pode dizer que ao lado da cinco medalhas de ouro e quatro de bronze em Mundiais, ela tem outras relevantes. “Conseguir três ouros na Olimpíada é algo surreal. Estou super empolgada”, afirmou a nadadora, que pode ampliar ainda mais a conta 

Katie Ledecky  - Resultados da Especialista no rio 2016

Ouro200m livre feminino     (1:53,73)
Ouro800m livre feminino (8:12,86)OR  (8:04,79)WR
Ouro400m livre feminino
OuroRevezamento 4 x 200m livre feminino (7:43,03)
PrataRevezamento 4 x 100m livre


 Katinka Hosszú. -Os Resultados da Dama de Ferro

Ouro100m costas feminino
Ouro400m medley feminino
Ouro200m medley feminino (2:06,03)
Prata200m costas feminino

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Guerra na água!!! Quando o contato nas águas abertas passa do Limite.

A desclassificação da Nadadora francesa Aurelie Muller movimentou o mar obscuro que quem gosta de natação em águas abertas, normalmente não gosta de sequer de  tocar.
Poliana Okimoto foi a quarta a completar os 10 km do percurso, na Praia de Copacabana, mas a francesa Aurelie Muller foi desclassificada por trombar com a italiana Rachelle Bruni na linha de chegada, um movimento considerado ilegal (o famoso "caldo").
Na batida final, a francesa se apoiou na italiana Rachele Bruni para conseguir chegar à segunda colocação. 
Com a decisão, a italiana também ganha uma posição e ficará com a prata e Poliana Okimoto, do Brasil, ficou com o bronze da competição.

A delegação francesa recorreu  da decisão após a prova, a entidade chegou a entrar com um recurso junto à arbitragem, mas o pedido foi negado. 
O objetivo, agora, é acionar o Comitê Olímpico Internacional (COI) para tentar reverter a decisão dos juízes.
A impressa Francesa fala em "armação" para privilegiar a nadadora brasileira. Alguns falam até que a nadadora Italiana está envolvida no engodo.
Senhores... Se diante das câmeras, numa final olímpica uma nadadora pode agir dessa forma para conquistar uma medalha e não é punida, estamos dando um aval para qualquer nadador fazer mesmo conscientemente.

Veja a porém as imagens da chegada e tire suas dúvidas.

A francesa disputava a terceira posição da maratona aquática palmo a palmo com Rachele Bruni (ITA). 
A duas braçadas do final, no entanto, Aurélie Muller agarrou a italiana e a impediu de bater na frente.

 O comportamento foi considerado obstrução, para o que a punição é a desclassificação automática da prova. Sem nada haver com a confusão, Poliana Okimoto chegou dois segundos depois e herdou o bronze.


“Se houver uma falha, ok, ela deve ser desqualificada. Ela entrou em colapso, coitada”, lamenta Philippe Lucas. “Além disso, ela tem 26 anos. Quando você tem 18 ou 22 anos, fica chateado, é claro, mas diz para si mesmo ‘tenho quatro anos até as próximas Olimpíadas’. Mas até lá (Tóquio-2020) ela completa 30 anos. Está morta, está acabada”, destaca o treinador.
Na águas abertas sempre ocorre muito contato principalmente em fases decisivas como na largada e na chegada, mas o tal "jogo de corpo" ótimo em esportes como hugbi, handebol ou basquete, na natação pode causar lesões sérias e traumas irreversíveis.
A própria Poliana Okimoto já foi vítima de um contato exagerado e teve perfuração do tímpano, outros nadadores em provas de menos visibilidade sofreram agressões que lhe custaram não apenas algumas posições mais meses para recuperação.
Faço votos para que o espírito Olímpico transforme esses nadadores, abandonem o ringue e voltem para água!!

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Quando o Aluno Supera o Mestre...

Quem diria que depois de oito anos Michael Phelps 

seria 

derrotado nas piscinas por esse menino na foto? 


 A imagem correu a internet após a prova dos 100m borboleta na Olimpíada do Rio.
O garoto da foto é Joseph Schooling, que além de vencer o recordista americano, ainda bateu o recorde olímpico na prova. 
A foto foi tirada em 2008, quando Schooling tinha apenas 13 anos e Phelps, 23.

Joe Schooling da Cingapura ganha o primeiro ouro olímpico do seu país num insólito 100m borboleta. 

 Phelps, Cseh e Le Clos foram prata

Em julho de 2008 o senhor Colin Schooling, empresário de Cingapura, organizou a concentração da equipe de natação dos Estados Unidos no seu clube de campo, como preparativo para a Olimpíada de Pequim. 
O filho do anfitrião, Joseph, então com 13 anos e aluno do Colégio Anglo-Chinês de Cingapura, aproveitou a ocasião para tirar uma foto com seu ídolo Michael Phelps. “Vejo a foto agora”, diz, “e comprovo que estava tão emocionado que não sorria. Só abria a boca, atônito!”.Na piscina olímpica do Rio, Michael Phelps voltou a se encontrar com Joseph Schooling, na final dos 100 metros nado borboleta. 
E, pela primeira vez nestes Jogos, o maior nadador que já existiu ficou sem o ouro. A medalha maior foi para Joseph Schooling, que, agora aos 21 anos, se tornou o primeiro campeão olímpico da história cingapuriana.
Poucas vezes tantos nadadores célebres se reuniram numa final olímpica o nado borboleta.
Schooling, que havia obtido o melhor tempo na classificação (50s83), chegou ao bloco de partida encapuzado com um roupão vermelho, como um boxeador.
Atrás deles vinham Phelps, triplo recordista mundial da prova, o húngaro László Cseh, veterano de três olimpíadas e dono de uma marca de 50s86s neste ano, e o estridente sul-africano Chad le Clos, campeão mundial em 2015 e prata olímpica em Londres.O porte físico de Schooling contrastava com o de seus adversários, todos magros, longilíneos e de cintura estreita. 
Ele pertence à espécie dos mesomorfos. 
Em outras palavras, um gordinho. Pura potência. Saiu feito uma bala. Seu tempo de reação foi de 0s61 segundo, igual a Le Clos. Dizem os médicos que o cérebro não é capaz de reagir mais rapidamente do que isso a um apito. 
Schooling se lançou com todo gás e livrou meio corpo de vantagem sobre os demais nos primeiros 50 metros, aos 23 segundos. Cseh passou em 24s06, Le Clos em 24s09 e Phelps em 24s16. A virada é sempre decisiva na prova dos 100m borboleta, sobretudo se Phelps está envolvido.
 Foi na volta que ele caçou Crocker em Atenas, Cavic em Pequim e Clos em Londres. Mas não pôde com Schooling. O novo campeão não só defendeu sua vantagem inicial como ainda virou mais rápido e acelerou para completar a melhor marca da sua carreira nesse trecho: 26s75. Sua marca total, 50s39, faz dele nadador mais veloz que já existiu usando um traje de tecido comum desde Ian Crocker. 

Os 50 metros finais foram uma tempestade de braços empurrando-se pela água para tentar alcançar Schooling. A piscina virou uma confusão. Quando os nadadores se viraram para ver o placar, houve um momento de incredulidade em meio à gritaria do público. Havia acontecido outro fato inédito na história olímpica, um triplo empate, já que Phelps, Le Clos e Cseh tocaram a segunda parede em 51s14. 
Os velocistas tendem a pensar que correm só contra o tempo do relógio. No Rio, esses três velhos colegas de competição descobriram que, durante menos de um minuto, foram o mesmo homem contra um inimigo comum. Ganhou o tempo. Ganhou Schooling. O mais jovem. Os quatro comemoraram dentro da água, aos risos.
Schooling parecia atônito. “Phelps me disse: ‘Bom trabalho’”, contou depois. “Eu disse a ele: ‘Por que você não continua por mais quatro anos e a gente volta a competir em Tóquio?’. 
E ele me disse: ‘De jeito nenhum! Isso não vai acontecer!’.
Treinado desde os 13 anos pelo espanhol Sergi López, primeiro medalhista da história da natação espanhola, nos Jogos de Seul 1988, e atual selecionador de Cingapura, o campeão balançava a cabeça. 
“Foi uma loucura”, disse. “Não caiu a ficha. Acho que vou precisar de alguns dias para compreender a magnitude do que aconteceu. Para mim foi uma honra nadar junto com László, Chad e Michael. Esta corrida foi maior do que eu. É mais importante para a minha família e para o meu país do que para mim.”

A cerimônia de premiação foi tão excepcional como tudo o que acontecera antes. Chad le Clos agarrou Phelps e Cseh pela mão e subiram juntos ao degrau direito do pódio. Ergueram os braços, satisfeitos com essa união. “Chad”, recordou Cseh, “teve uma grande ideia, porque somos bons amigos e estamos há muitos anos competindo juntos. Fazer assim foi o certo”.
Phelps acabava de perder a última prova individual da sua vida. Mas parecia mais feliz do que após vários dos seus triunfos.
 “É grandioso poder inspirar as crianças”, disse. “Isso foi a melhor coisa destes anos. Eu queria mudar a natação. Sempre persegui isso. Que as crianças sonhassem. Que muitas crianças sonhassem. Acho que o melhor desta experiência é que nós – Chad, László e eu – conseguimos isso. Que acreditem em si mesmos e que pensem que o céu é o limite.”“Todo mundo me pergunta se não vou continuar”, ria o norte-americano. “Não! Fico como estou. Não quero nadar mais. 
Voltei para me despedir. E estou contente com esta despedida. Estou contente com a forma como foi esta final. Estou orgulhoso do Joe. 
É evidente que nadou melhor que todos nós. Pude acompanhar de perto a evolução dele. Eu o vi crescer e se tornar o grande nadador que é hoje. Já estou pronto para me aposentar.”


ALGUNS SONHOS SE REALIZAM...Ver imagem no Twitter

Adeus Michael Phelps!




O nadador norte-americano a 5.ª medalha de ouro no Rio, 23.ª da carreira e a 1001 da história do olimpismo norte-americano. 
Foi uma despedida com as dimensões dignas dos  feitos de Michael  Phelps.
OURO
Não podia ser de outra forma. O norte-americano Michael Phelps despediu-se ontem dos Jogos Olímpicos do Rio com mais um primeiro lugar - o 5.º no Rio, o 23.º da sua carreia olímpica -, elevando para 28 o total de medalhas em Jogos. 
O mais titulado atleta olímpico de sempre ganhou o revezamento 4x100 metros Medley, com Ryan Murphy, Cody Miller e Nathan Adrian. 
Phelps foi o terceiro a entrar para a água para nadar Borboleta, o seu estilo mais forte (tem o recorde do Mundo dos 100 e 200 metros), e deu a liderança aos Estados Unidos, para Nathan Adrian fechar a chave de ouro com o tempo de 3.27,95, um novo recorde olímpico.
Depois de comemorar com os colegas, Phelps emocionou-se a cumprimentar o público, ao mesmo tempo que a sua mulher, Nicole, também chorava na arquibancada. 
Com direito à  saudações do público ao receber a medalha e quando mostrou um cartaz onde se lia Thank You Rio (Obrigado Rio) ao público que esperou pacientemente pela cerimônia do pódio. 

Escutou o hino com os olhos rasos de lágrimas e na volta de honra à piscina foi aplaudido de pé pela equipe de árbitros. Aos 31 anos, e salvo uma nova surpresa como aconteceu após Londres 2012, Phelps despediu-se de vez dos Jogos Olímpicos.
A noite que encerrou a natação nos Jogos proporcionou também um marco histórico para o esporte norte-americano, que conquistou no Rio a sua milésima medalha de ouro. Apesar de existirem versões discordantes, o contador de medalhas do comite olímpico norte-americano dava conta de 977 ouros antes dos Jogos do Rio começarem. 
Os atletas Estados Unidos subiram ao primeiro lugar do pódio por 24 vezes, a última das quais através da equipe masculina de 4x100 Medley da qual fez parte Michael Phelps. 
Essa foi a medalha 1001. Antes, coube à equipe  feminina, composta Kathleen Baker, Lilly King, Dana Vollmer e Simone Manuel ganhar a sua prova e dar a medalha 1000 aos Estados Unidos.

As 28 medalhas de Michael Phelps  

Rio  2016

OURO (07/08/2016) - 4x100 livres
OURO (09/08/2016) - 4x200 livres
OURO (09/08/2016) - 200 Borboleta
OURO (11/08/2016) - 200 estilos
PRATA (12/08/2016) - 100 Borboleta
OURO (13/08/16) - 4x100 estilos

Londres 2012
PRATA (29/07/12) - 4x100 livres
PRATA (31/07/12) - 200 Borboleta
OURO (31/07/12) - 4x200 livres
OURO (02/08/12) - 200 estilos
OURO (03/08/12) - 100 Borboleta
OURO (04/08/12) - 4x100 estilos

Pequim 2008
OURO (10/08/08) - 400 estilos
OURO (11/08/08) - 4x100 livres
OURO (12/08/08) - 200 livres
OURO (13/08/08) - 200 Borboleta
OURO (13/08/08) - 4x200 livres
OURO (15/08/08) - 200 estilos
OURO (16/08/08) - 100 Borboleta
OURO (17/08/08) - 4x100 estilos

Atenas 2004
OURO (14/08/04) - 400 estilos
BRONZE (15/08/04) - 4x100 livres
BRONZE (16/08/04) - 200 livres
OURO (17/08/04) - 200 Borboleta
OURO (17/08/04) - 4x200 livres
OURO (19/08/04) - 200 estilos
OURO (20/08/04) - 100 Borboleta
OURO (21/08/04) - 4x100 estilos

R$ 122 milhões de Investimento para a Natação nos Jogos Rio 2016...E a Medalha virou ÁGUA!

Os Jogos do Rio 2016 pode ter deixado mais uma vez aquela sensação que os nadadores brasileiros podiam mais.

Sim, talvez...
Mas pelos tempos e o nível técnico apresentado não fomos tão mal assim, os demais nadadores e que estavam melhores.
Participamos de muitas provas finais e sinceramente o páreo foi difícil para todos.
Sentimos vontade de perguntar: cadê o Cielo para nos salvar?

 O Brasil deixa a competição sem nenhuma medalha conquistada, algo que não acontecia desde Sydney, em 2004. 
E, pior, isso acontece depois de um investimento histórico no esporte. Um investimento de mais de R$ 122 milhões, para ser mais preciso.

O valor, na verdade, é ainda maior que isso. Isso porque a conta leva em consideração os balanços fiscais de 2013 a 2015, dois dos três anos do período olímpico.
Neste período, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) teve receitas superiores a 122 milhões.
Mais de 10% deste valor veio atrás da Lei Piva, com repasses do governo diretamente ao esporte. 
O restante é de patrocinadores. Mas mesmo esse patrocínio é, quase que em sua totalidade, de uma empresa pública: o Correios é responsável por praticamente 90% do montante.
Vale ressaltar que a CBDA também cuida de outras modalidades, como o polo aquático, os saltos ornamentais, nado sincronizado e a maratona aquática. 
Mas não há muitas dúvidas de que a natação seja o mais importante entre eles - até pelo número de medalhas em disputa.
Com tamanho investimento, a expectativa era de pelo menos repetir o desempenho de Pequim ou Londres, quando o país acabou cada um dos Jogos com duas medalhas.

Para isso, havia pelo menos cinco bons candidatos: 

Thiago Pereira 
 200m medley   7º ( 1:58,02 )






Bruno Fratus 
 50m livre     6º (21,79 s)
100m livre   8º (48,41 s  )





João Gomes 
100m peito 5º 





Felipe França 
100m peito 8º (59,38 s)





O Brasil ainda surpreendeu com mais três finais. 
Marcelo Chiereghini 
100m livre 8° (48,41 s)
Etiene Medeiros 
50m livre 8º (24,69 s)
4 x 100m medley masculino
Tempo  3:32,84   Classificação 6

revezamento 4x100m livre 
Tempo  3:32,96   Classificação 5

Assim, o número de finais até que foi acima do esperado, mas a falta de uma medalha acabou frustrando - e muito - a participação da natação brasileira no Rio 2016.
O curioso é que o momento acaba sendo muito parecido com o de 2004, a última vez que o país ficou sem medalhas em uma Olimpíada. Naquela época, o Brasil vivia a transição entre Gustavo Borges e Fernando Scherer, o Xuxa, para a nova geração. Agora, o país acaba de sair do momento histórico de Cesar Cielo.
Ainda bem que a próxima Olimpíada Será em 2020, do Outro lado do mundo...
Deixará para trás esse gostinho amargo, espero que a natação brasileira seja como um bom vinho, melhore com o tempo.