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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Sereias em Londres 2012

Um dos principais nomes da natação feminina brasileira nos últimos tempos, Flávia Delaroli não terá a chance de disputar uma última Olimpíada antes de encerrar a carreira no final deste ano.
Ela não conseguiu fazer o índice na prova dos 50 metros livre, nesta quinta-feira, durante a Tentativa Olímpica, no Rio, e não irá aos Jogos de Londres.


Na última chance de conseguir índice para a natação brasileira, Flávia Delaroli teve duas oportunidades nesta quinta-feira para atingir a marca necessária nos 50 metros livre: 25s20.
Durante a manhã, ela cravou 25s63.
Depois, fez 25s43 à tarde. Assim, não poderá ir para a terceira Olimpíada seguida da carreira.



"A minha proposta era fazer o máximo que eu pudesse.
Colocar todo o coração para fora e toda a garra na piscina. E foi o que eu fiz, mas não deu pra mim. Saí de alma lavada. Tentei com o máximo da minha força, com o máximo da minha vontade e com isso estou feliz", afirmou a nadadora de 28 anos, que já anunciou que irá se aposentar em 2012.



"Esse é meu último ano. Vou até o final e quem sabe pego ainda um Mundial (Mundial em piscina curta de Istambul, em dezembro). Estava tentando a cereja do bolo, ir para mais uma (Olimpíada), mas não saio triste de maneira nenhuma, nem guardo arrependimento. Estou feliz", declarou Flávia Delaroli, que tem seis medalhas de Pan no currículo.



Assim como Flávia Delaroli, nenhuma outra nadadora conseguiu fazer o índice nos 50 metros livre durante a Tentativa Olímpica.
Diante disso, a única representante do Brasil nessa prova na Olimpíada será Graciele Herrmann,

 uma das quatro mulheres brasileiras já classificadas para Londres - junto com Daynara de Paula,

Fabíola Molina

e Joanna Maranhão.

Natação brasileira terá 18 atletas nos Jogos de Londres

Com a classificação de Glauber Silva nos 100 metros borboleta e a definição da equipe do revezamento 4x100m livre, a natação brasileira terá 18 atletas nos Jogos Olímpicos de Londres.
A novidade do time do revezamento ficou por conta de Marcelo Chierighini, que terá como companheiros Cesar Cielo, Nicolas Oliveira e Bruno Fratus.


Tanto Glauber Silva quanto Marcelo Chierighini definiram suas vagas na Olimpíada neste sábado, durante o último dia da Tentativa Olímpica, que estava sendo disputada no Parque Maria Lenk, no Rio de Janeiro. Esta era a última chance para os atletas brasileiros tentarem índice para os Jogos.
Desta forma, o time brasileiro que vai a Londres está definido.

A única novidade pode ficar por conta da inclusão de reservas no time de 4x100m livre masculino com os melhores tempos depois do quarteto principal.
Caso isso aconteça Nicholas Santos deve ficar com a vaga.
O elenco completo e o programa da preparação para os Jogos serão anunciados na próxima quarta-feira pela CBDA.



Confira os nadadores brasileiros garantidos nos Jogos Olímpicos de Londres:


Masculino (14):

Bruno Fratus - 50m livre

Cesar Cielo - 50m livre / 100m livre

Daniel Orzechowski - 100m costas

Felipe França Silva - 100m peito

Felipe Lima - 100m peito

Glauber Silva - 100m borboleta

Henrique Barbosa - 200m peito

Henrique Rodrigues - 200m medley

Kaio Márcio - 100m borboleta / 200m borboleta

Leonardo de Deus - 200m borboleta / 200m costas

Marcelo Chierighini - 4x100m livre

Nicolas Oliveira - 100m livre

Tales Cerdeira - 200m peito

Thiago Pereira - 200m medley / 400m medley



Feminino (4):




Daynara de Paula - 100m borboleta

Fabíola Molina - 100m costas

Graciele Herrmann - 50m livre

Joanna Maranhão - 400m medley

Agora é só aguardar...

Não adianta ficar nervoso...

Se Embora pra Londres!

sexta-feira, 4 de maio de 2012

O peso de uma Medalha Olímpica

Muitos tem problema para controlar sua dieta, como todo mortal a balança é o principal motivo para melhorar seu desempenho.
O paulista Felipe França não se parece com um campeão mundial de natação.
Fora da piscina, ele parece baixo demais para estar entre os melhores do planeta em um esporte cada vez mais dominado por grandalhões.
A estrutura física também não conta pontos a favor.
Felipe parece forte demais, tem os ombros largos, mais característicos de um judoca ou levantador de peso.




Mas, quando cai na piscina, o brasileiro derrota competidores mais altos e esguios. Cada vez mais.

Ele usa a força em seu favor para imprimir uma técnica apurada, que só tem melhorado desde 2008, quando França disputou sua primeira Olimpíada, em Pequim - conseguiu índice nos 100 m peito e caiu nas eliminatórias.


Nos quatro anos do ciclo olímpico, a vida de Felipe França mudou.
 Em 2009, ele foi vice-campeão mundial dos 50 metros peito, em Roma.
Na época, a medalha de prata parecia uma grande conquista - mas França dava mostras de que estava frustrado e queria mais.

Em 2010, ele conquistou o ouro no Mundial de piscina curta em Dubai, na mesma prova.
Além disso, foi bronze nos 100m peito e no revezamento 4x100m medley.
No mesmo ano, França conquistou, também, o Pan-Pacífico, um dos principais campeonatos do calendário.

Mas o ano que mudaria de vez a carreira de Felipe França foi mesmo 2011.
Com acompanhamento de nutriciostas, ele começou uma dieta para perder peso.
 O sacrifício fez efeito já no Mundial e xangai - o resultado foi a medalha de ouro nos 50m peito. No Pan-Americano de Guadalajara, sete quilos mais magro, ele subiu novamente ao pódio nos 100m peito.


Economia - Entre a medalha no Pan e a estreia em Londres, Felipe França teve de adotar um verbo como mantra: economizar.
Primeiro, na hora de comer. "Eu cortei todas as besteiras.
Bolo de chocolate, doces. Pra isso eu tive de fechar a boca", afirmou o nadador. Desde o Pan, ele perdeu mais cinco quilos. Falta mais um para chegar a Londres no auge do preparo físico.

"Não adianta só perder peso. Eu tenho de perder gordura, não força. Pelas medidas dos nutricionistas, é isso que estou fazendo: perdendo gordura e ganhando força. Vou ficar parecendo o Hulk", disse o nadador ao ESPN.com.br.



Transformar-se em super-herói é um passo importante na busca pela medalha em Londres. Mas não é o único. A técnica de Felipe França também teve de ser adaptada. Especialista na prova dos 50 metros - que não é olímpica - França terá aprimorar sua segunda metade de prova para competir com os melhores do mundo nos 100 m peito. E a receita envolve o mesmo verbo: ecomonomizar.



"Eu tenho focado muito na volta. Por minha característica física, não tenho como ganhar resistência em pouco tempo. Então meu foco é melhorar a passagem na volta. E para isso, preciso economizar força na primeira metade e reduzir a frequência de braçadas na parte final", afirma.



Confiança - A mudança no peso, os resultados cada vez melhores e o bom desenvolvimento nos treinos mudaram, também, o discurso de Felipe França. Embora ainda seja tímido, o nadador agora mostra uma assertividade impressionante ao falar dos possíveis adversários em Londres.



"Meu único adversário é a minha mente. Eu já vi e participei junto com esses caras que foram campeões olímpicos e mundiais, e já ganhei deles sem ter forma física nenhuma de atleta, principalmente de nadador. Já venci todos pesando 25 quilos a mais do que eles", disse.